segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Ministra do Ambiente destaca compromisso abrangente assumido em Durban

11.12.2011
Lusa
A ministra do Ambiente, Assunção Cristas, considera que a cimeira de
Durban foi um passo em frente para conter as alterações climáticas, ao
aceitar um acordo abrangente, incluindo países poluidores que até
agora tinham rejeitado compromissos.
"Foi um passo em frente, um passo de que muitos duvidavam, um passo
num caminho que será com certeza um caminho de intensas negociações
até se chegar ao instrumento de 2015, mas eu diria que nós hoje
estamos muito mais optimistas e muito mais bem posicionados para
conseguirmos os nossos objectivos de mantermos a subida de temperatura
abaixo dos dois graus", afirmou Assunção Cristas, à chegada a
Portugal, neste domingo.

A ministra do Ambiente participou em Durban nos trabalhos da cimeira
do clima, na qual 195 países concordaram em iniciar as negociações de
um novo acordo que os coloque sob o mesmo regime legal e reforce o
compromisso de controlo da emissão dos gases de estufa que deverá
entrar em vigor, o mais tardar, até 2020.
"Era preciso que ficasse definido com clareza, do ponto de vista do
tempo, como é que se ia processar, e saímos de Durban com a plataforma
a dizer-nos que vamos começar a trabalhar para em 2015 já termos um
instrumento abrangente e depois, a partir daí, vermos até quando e em
que moldes vai entrar em vigor", explicou Assunção Cristas.
"A liderança" da União Europeia
A ministra do Ambiente destacou o papel "da liderança" da União
Europeia, que "conseguiu agregar junto a si" os países menos
desenvolvidos num bloco que juntou mais de 120 nações, o que "deu
força à Europa para conseguir a viragem de países como os Estados
Unidos, a China e a Índia", que não rectificaram o protocolo de
Quioto.
"Se não chegássemos a esta solução veríamos os maiores emissores de
gases com efeitos de estufa a ficar de fora das obrigações, o que
seria catastrófico para o planeta", disse a governante.
Assunção Cristas destacou ainda "a acção concertada relevante"
adoptada pelos países da CPLP. "Pela primeira vez houve uma declaração
conjunta dos países da CPLP, onde se assumia a necessidade do
protocolo de Quioto e deste roteiro vinculativo", afirmou, realçando a
postura do Brasil: "Uma peça importante para ajudar os outros países
emergentes a mudarem de atitude."
O pacote aprovado em Durban, após duas semanas de árduas conversações
e uma maratona negocial que obrigou a prolongar a cimeira em mais de
24 horas, inclui ainda o estabelecimento do fundo verde para o clima
acordado no México, para ajudar os países em desenvolvimento a fazer
face aos danos das alterações climáticas.
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1524588

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