quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Grandes superfícies comerciais promovem importações desnecessárias e esmagam a produção agro-alimentar nacional

É necessário regulamentar as cadeias de distribuição e comercialização
de bens agro-alimentares para defender o emprego agrícola, para
reduzir as importações, para criar condições à melhoria dos preços à
produção, para promover a produção e a economia nacionais.
Uma cadeia de grandes Superfícies Comerciais iniciou o novo ano com
mais uma agressiva campanha, dita "de promoção" de diversos produtos,
incluindo bens alimentares.
Assim, e como exemplos, há leite UHT importado de Espanha que com um
desconto de 75% fica a 13 cêntimos o litro; há batata vinda de França
que fica a 16,5 cêntimos o kg; há néctares (sumos) a 20 cêntimos o
litro e com a indicação "fabricado na UE" …
Mesmo os produtos nacionais incluídos nestas campanhas são sujeitos a
grande pressão para lhes rebaixar os preços.

Estas são práticas que indiciam manobras de "dumping" (vender abaixo
de preço a que foi adquirido o produto) e de especulação por parte das
grandes cadeias de distribuição, matérias que deviam ser alvo de
intervenção urgente nomeadamente por parte da Autoridade da
Concorrência e da ASAE.
São práticas que eliminam, ilegitimamente, a possibilidade de
concorrência por parte do pequeno e médio comércio e que esmagam os
preços e a produção nacional, muito contribuindo para o agravamento do
nosso défice agro-alimentar e do défice da balança de pagamentos do
nosso País com o exterior.
São práticas que também contribuem para a degradação de qualidade
alimentar dos portugueses.
Agora, são de esperar mais campanhas semelhantes por parte de outras
cadeias de distribuição e comercialização.
Os Consumidores, no imediato, são "aliciados" mas …
Os Consumidores acabam por "ficar presos" aos "pontos do cartão" que
acumula o valor dos descontos (75%) mas, depois, têm que comprar
outros produtos na mesma cadeia comercial. Ou seja, os Consumidores
são obrigados a gastar noutros produtos a "poupança" que julgaram
fazer nos produtos agora "em promoção"…
Entretanto, a mesma cadeia comercial vai poder utilizar, nas suas
manobras financeiras, dinheiro dessa forma "avançado" pelos
Consumidores e permite-se a pagar aos Fornecedores a 90 dias e até a
mais!!
Órgãos de soberania devem regulamentar - urgentemente - as grandes
cadeias de distribuição e comercialização
As práticas comerciais e especulativas em causa já duram há demasiado tempo.
É pois urgente que os Órgãos de Soberania, a Autoridade da
Concorrência, e o Governo em especial, regulamentem - com firmeza - as
actividades das grandes cadeias de distribuição e comercialização, no
caso de bens agro-alimentares.
Para defender o emprego e a actividade agro-rural!
Para criar condições à melhoria dos preços à Produção Nacional!
Para promover a economia nacional, a qualidade e soberania alimentar
dos Portugueses!
CONCENTRAÇÕES DE AGRICULTORES
SÁBADO - 7 DE JANEIRO - 2012
10H30 - FRENTE À DRAP NORTE - SRª DA HORA - MATOSINHOS
E A SEGUIR FRENTE A UMA GRANDE SUPERFÍCIE COMERCIAL NA MESMA ZONA
O objectivo principal destas iniciativas é a denúncia de certas
práticas comerciais e especulativas utilizadas pela Grande
Distribuição e Comercialização e de apelar para os Órgãos de Soberania
tendo em vista a regulamentação/correcção - urgentes - dessas
actividades.
Os Agricultores e as suas Organizações reservam-se no direito de
continuar a defender os seus interesses e a Produção Agro-Alimentar
Nacional.
Porto, 5 de Janeiro de 2012
As promotoras destas iniciativas - FENALAC - CONFAGRI - CNA - APLC - APROLEP
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/01/05f.htm

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