terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Jovens de regresso à terra necessitam de reforço de apoio

AGRICULTURA
por LusaHoje

Os jovens parecem estar a responder aos apelos para regressar à terra
e, por essa razão, seria importante que a linha do PRODER destinada
aos jovens agricultores fosse reforçada, disse hoje um consultor do
setor.
Segundo o responsável da empresa Espaço Visual José Martino, "estão a
voltar à terra muitos jovens sem formação e sem experiência", bem como
jovens técnicos desempregados e outro tipo de pessoas sem trabalho,
mas "sobretudo licenciados", que necessitam de apoio e de capacitação.
Esta movimentação surge em resposta aos apelos feitos ao longo do
último ano quer pelo Presidente da República, quer pela ministra da
Agricultura, acerca da necessidade de retomar as atividades agrícolas
e a forma de como estas podem ser um escape para o desemprego que se
faz sentir na atualidade.

Por esta razão, José Martino considera importante que a ação 113 do
Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) dentro da promoção de
competitividade, destinada à "instalação de jovens agricultores", seja
reforçada, uma vez que se encontra, a dois anos do fim do
programa-quadro vigente, com uma taxa de compromisso de 88 por cento e
de contratação de 77 por cento, face a médias respetivas de 65 e 61
por cento.
"Parece-nos importante que este quadro de apoios aos jovens
agricultores se mantenha estável", declarou José Martino,
acrescentando que "neste momento há uma adesão muito grande porque os
jovens começam a notar que é um quadro que funciona e que os apoios
são interessantes", indo até um tecto máximo de 250 mil euros por
projeto.
Segundo José Martino, o que tem vindo a acontecer no passado é uma
recanalização de verbas, após autorização de Bruxelas, de ações com
menos utilização e "interesse público".
Em 2011, a empresa de José Martino trabalhou com um investimento total
de 16 milhões de euros investidos em projetos de jovens agricultores,
dos quais resultaram 224 postos de trabalho.
De acordo com o recenseamento geral agrícola de 2009, citado no mais
recente boletim informativo do PRODER, tem-se verificado um
"envelhecimento muito significativo dos agricultores ativos no
território de Portugal continental, tendo cerca de 85 por cento uma
idade superior a 50 anos".
Segundo este boletim, "no universo de jovens agricultores [da ação
113], 24 por cento destes têm menos de 25 anos", enquanto no
recenseamento de 2009 o escalão de idade inferior a 25 anos era
"praticamente nulo".
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2217899&page=-1

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