sexta-feira, 6 de junho de 2014

Câmara da Proença-a-Nova diz ser urgente revitalizar a indústria da resina

 05-06-2014 
 


 
O presidente da Câmara de Proença-a-Nova disse ser urgente revitalizar a indústria da resina e considerou o projecto apresentado pela Associação de Destiladores e Exploradores de Resina (Resipinus) como uma «excelente solução».
 
«É um excelente projecto, que vem ao encontro daquilo que tenho vindo a defender, ou seja, há necessidade e é urgente revitalizar a indústria da resina e por essa via alavancar a produção do pinheiro bravo», referiu à agência Lusa João Paulo Catarino.
 
A Associação de Destiladores e Exploradores de Resina (Resipinus) defendeu e a reactivação do sector da resinagem e disse já ter apresentado um programa de acção que quer ver integrado no Plano de Desenvolvimento Regional (PDR) 2014-2020.
 
«O programa foi enviado ao secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural em Março e, até hoje, não teve qualquer resposta. O objectivo é reactivar uma produção que tem escoamento garantido e que presta um serviço público de enorme importância na defesa contra os incêndios», disse à agência Lusa Pedro Cortes, dirigente da Resipinus.
 
O presidente da Câmara de Proença-a-Nova e da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) falava no final do encontro promovido pela Resipinus, na vila de Proença-a-Nova.
 
O autarca referiu que o projecto «é uma forma que o sector encontrou de, no novo quadro comunitário de apoio, arranjar uma solução para que volte a haver resineiros e também, por essa via, fazerem um trabalho de vigilância da floresta».
 
«Se a ministra da Agricultura e do Mar estiver sensível, como espero que esteja, para esta proposta, isto possibilita que no próximo quadro comunitário os proprietários de pinhal adulto possam beneficiar de um rendimento que de outra forma não tinham e incentiva as pessoas a limpar a floresta», sublinhou.
 
João Paulo Catarino disse que com este projecto «possibilita-se que volte a haver um rendimento periódico anual ao proprietário», uma das grandes lacunas do pinheiro bravo.
 
«As pessoas levam muito tempo a retirar rendimentos da sua propriedade de pinheiro bravo e isso tem sido um grande incentivo ao abandono» da floresta, adiantou o autarca.
 
A criação de postos de trabalho na região foi outro dos pontos que o presidente do município de Proença-a-Nova realçou.
 
«Estamos numa região em que grande parte das pessoas teve emprego na floresta. Foi uma das principais fontes de rendimento desta região e por esta via julgo que podemos voltar a ter gente na floresta», concluiu.
 
Na década de 1970, Portugal tinha 1,3 milhões de hectares de pinho bravo e, actualmente, a mancha florestal pouco ultrapassa os 500 mil hectares. Nesse período, o país chegou a produzir 100 mil toneladas de resina, sendo que hoje não consegue ultrapassar as seis mil toneladas/ano.
 
Fonte: Lusa

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