quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Mau tempo. Plantações de tomate no Ribatejo sofreram prejuízos entre 25% e 30%

Segundo Assunção Cristas, o Ribatejo foi a zona mais afetada pelas chuvas mais recentes, assim como algumas produções do Alentejo e da Península de Setúbal
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, disse hoje à Lusa que as chuvas persistentes que ocorreram a partir do dia 06 de setembro deste ano provocaram "prejuízos entre 25% e 30% nas plantações de tomate" do Ribatejo.

Numa visita realizada esta tarde aos campos de plantação de tomate de Vila Franca de Xira, Assunção Cristas esteve reunida com cerca de 20 agricultores da zona do Ribatejo, onde "cerca de quatro mil hectares foram afetados pelo mau tempo".

"É uma dor de alma assistir a estes prejuízos, aquilo que no fundo quis levar foi uma palavra de conforto e ânimo" aos produtores de tomate, disse a ministra, após a visita.

Segundo Assunção Cristas, o Ribatejo foi a zona mais afetada pelas chuvas mais recentes, assim como algumas produções do Alentejo e da Península de Setúbal.

"A terra está encharcada e as máquinas não podem trabalhar, não tem condições para poderem trabalhar", descreveu.

Esta é a altura da apanha do tomate, porém, antes do mau tempo, "muitos já tinham sido apanhados, mas muitos ainda estavam por apanhar".

"O tomate que está na terra, na terra ficará. Agora vai ser necessário tirar as tiras de irrigação para deixar depois preparar a terra, para que daqui a uns meses haja novo plantio", explicou.

A produção de tomate pode ser salvaguardada através de "um seguro de colheita, específico para as chuvas persistentes".

"Os agricultores com seguros estão agora a começar o trabalho com as seguradoras para verificar os danos", informou.

A ministra sugeriu que os produtores que não têm seguro o façam no próximo ano, "porque é o melhor instrumento de proteção a situações como estas de chuvas muito precoces e que acabaram por estragar uma boa parte da colheita".

"Os seguros de colheitas foram todos revistos, deu-se um salto muito significativo, em geral, no país. Do ano passado para este ano aumentou o capital segurado em 26% e os preços dos seguros diminuíram em cerca de 25%", reforçou Assunção Cristas.

Para a ministra da Agricultura, "quanto mais agricultores tiverem sistemas de seguros de colheita, seguramente que os preços de seguros vão ser mais baratos".

A responsável referiu que a cultura do tomate tem contribuído largamente para as exportações no setor agroalimentar.

"O sector agroalimentar continua a trabalhar bem a substituir importações por produção nacional, a aumentar as exportações, seja de produtos primários, seja de produtos transformados, e esta área em concreto do tomate para indústria é uma área por excelência de exportação", frisou Assunção Cristas.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

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