terça-feira, 8 de setembro de 2015

Carta do grupo popular do Parlamento Europeu ao Comissário Phil Hogan


Setembro 04
12:38
2015

Nesta carta, os eurodeputados, onde estão incluídos os portugueses Nuno Melo e Sofia Ribeiro, mostram a sua preocupação sobre a difícil situação que vivem alguns sectores agrícolas, como a carne de porco, a carne de bovino, as frutas e legumes e o leite.

No que diz respeito ao sector do leite, lembram que os preços têm estado sujeitos a grande pressão, devido ao embargo russo, à difícil situação na China e ao aumento da produção mundial, bem como dos custos de produção.

As áreas mais desfavorecidas, como as de montanha, são as mais atingidas pela crise.

A produção pecuária, como é o caso do leite, é a mais vulnerável às volatilidades do mercado e, também, dos factores de produção.

Outro problema grave é a fraca posição do sector pecuário face à grande distribuição, o que faz com que os preços sejam esmagados, por vezes, através de medidas comerciais desleais.

As medidas postas actualmente em prática, como as ajudas à stockagem privada e a intervenção pública, têm sido insuficientes para manter um preço aceitável.

A evolução do mercado internacional é feita de incertezas, com o embargo russo e a crise chinesa.

Durante as negociações da Política Agrícola Comum, em 2013, o Parlamento Europeu expressou a sua vontade de haver um aumento do preço de intervenção, no entanto, durante a discussão, o Conselho de Ministros foi sempre muito relutante em mexer no preço de intervenção, pelo que, neste momento, é preciso fazer lembrar ao Conselho as suas responsabilidades.

Devem ser postas em prática medidas, como a antecipação dos pagamentos directos e melhor apoio por parte do Banco Europeu de Investimentos.

O dinheiro proveniente do super levy (multas por ultrapassagem das quotas leiteiras) deve ser usado para apoio ao sector do leite.

Os eurodeputados lembram também que em Dezembro de 2013 elaboraram um relatório sobre a necessidade de manter a produção de leite em zonas de montanha, o que, actualmente, devido ao embargo russo, ainda tem maior relevância.

A carta termina pedindo ao Comissário que tenha estas propostas em consideração.


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