terça-feira, 4 de novembro de 2014

Actividades de promoção do Alvarinho marcam Dia Europeu do Enoturismo

04-11-2014 
  
Os municípios de Monção e Melgaço vão comemorar, no próximo dia 09 de Novembro o Dia Europeu do Enoturismo com várias acções de promoção do Vinho Alvarinho.

A Rota de Vinho Verde Alvarinho, com o apoio das autarquias de Monção e Melgaço, vai promover visitas guiadas a adegas integradas naquela rota, descontos e ofertas especiais em alojamentos, actividades de turismo da natureza/aventura, programas de saúde e bem-estar, provas de vinho e entradas gratuitas em espaços culturais das duas localidades.

Em Monção, estão previstas diversas atividades lúdicas e recreativas, entradas gratuitas na Casa Museu de Monção/Universidade do Minho e no Centro Interpretativo de S. Caetano, em Longos Vales, passeios pelo casco muralhado da vila raiana, e visitas/provas de vinho no Palácio da Brejoeira.

O Dia Europeu do Enoturismo foi instituído em 2009 pela Rede Europeia das Cidades do Vinho com o objectivo de promover o turismo vinícola e divulgar as diferentes rotas existentes na Europa. Deste organismo faz parte a Associação Nacional de Municípios Portugueses do Vinho (ANMP), onde se integra a Rota de Vinho Verde Alvarinho.

Fonte: Lusa

A compostagem



Miguel Mota


É bem conhecida a importância da matéria orgânica na fertilidade do solo agrícola. No entanto, muita matéria orgânica, que podia ser utilizada para esse fim, é levada para aterros. Para reduzir esse desperdício devemos procurar forma de a usar.
Já repetidas vezes lembrei a produção de biogás, uma forma de energia renovável que Portugal tem negligenciado, mas que é utilizada noutros países. Tratarei hoje de um outro caso, especialmente aplicável aos muitos quintais que existem junto às habitações: a compostagem.

A Câmara Municipal de Oeiras, em tempos, distribuiu gratuitamente umas caixas de madeira, com cerca de um metro cúbico, onde se podiam acumular os detritos orgânicos da casa e do quintal, para se decomporem e formarem aquilo a que se chama "composto". Também há à venda, para o mesmo efeito, caixas em plástico. Mas essas caixas são dispensáveis, especialmente se o quintal não for  muito pequeno e houver abundância de detritos de material vegetal. Basta ir empilhando os detritos, quando possível encostados a um muro. Para dar ao monte de detritos a forma de um cubo ou de um paralelipípedo, para melhor aproveitamento da superfície ocupada, podem ser cravadas canas ou varas, como se fossem os lados da caixa, como se mostra na figura.
No verão convém regar a pilha do composto porque sem humidade não há decomposição da matéria

O tempo que os materiais orgânicos levam a decompor-se varia muito. Folhas e caules verdes decompõem-se facilmente, mas materiais mais grosseiros, como caules muito lenhificados, levam mais tempo. 
O produto final é um excelente fertilizante, muito bom fornecedor de azoto, um dos elementos de que as plantas necessitam em grande quantidade.

A propósito, talvez valha a pena lembrar que as cinzas das lareiras também são um bom fertilizante. São fornecedoras de fósforo e potássio, outros dos elementos que as plantas consomem em grande quantidade. São, portanto, um bom complemento do composto e, como este, devem ser deitadas no solo a cultivar e enterradas com a cava ou sacha.

Pode parecer insignificante um tal aproveitamento. Mas, considerando os muitos milhares de quintais a que ele pode ser aplicado, são toneladas de lixo que deixam de ter de ser transportadas para os aterros e é o aumento de fertilidade do solo de milhares de hectares, para incrementar a produção de mais e melhores frutos, hortaliças e flores.

Os medronhos andam por aí


 Notícias do Nordeste  10 horas atrás  Ciência
Portugal é um país em que o sector florestal tem um importante impacto socio-económico. No entanto, nos últimos anos, vários problemas têm afectado as plantações florestais com particular incidência no pinheiro-bravo, espécie que tem sofrido um acentuado decréscimo em termos de área.


 Medronheiro
Embora não tão graves, diversas pragas e doenças têm também atacado outras espécies florestais importantes no nosso país, como o sobreiro e o eucalipto. Estes condicionalismos tornam premente a necessidade de diversificar as espécies com potencial económico de forma a melhor se aproveitarem os nossos recursos endógenos.

De entre as espécies com potencial para serem exploradas no nosso país destaca-se o medronheiro, uma espécie arbustiva ou arbórea de pequeno porte conhecida pelos seus frutos vermelhos que nesta altura do ano são comuns um pouco por todo o país. 

O medronheiro é uma árvore que cresce bem em solos marginais, com uma vincada tolerância ao stresse hídrico e que regenera bem após incêndios florestais. Estas características fazem dela um importante componente dos ecossistemas, em particular na região centro do país e no Algarve. Dos seus frutos obtém-se uma aguardente aromática muito apreciada e o pólen é utilizado para a produção de um mel de excelente qualidade.

Os frutos vermelhos, ricos em antioxidantes, podem também ser consumidos frescos ou processados para a produção de compotas. Apesar deste potencial o medronheiro é ainda uma espécie pouco explorada, talvez em virtude dos produtores não encontrarem no mercado material vegetal de qualidade. 


Nos últimos anos, a Universidade de Coimbra, através do Centro de Ecologia Funcional e da Associação UC InProPlant tem desenvolvido uma intensa actividade de investigação com o objectivo de tornar o medronheiro uma espécie mais interessante em termos de produção. Os ensaios efectuados permitiram desenvolver métodos de clonagem eficazes com o propósito de fornecer aos agricultores material propagado não a partir de semente, como é prática comum, mas a partir de árvores selecionadas, com uma maior garantia de produção e de fitossanidade. Para além disso, tem sido preocupação deste grupo de investigação desenvolver plantas de medronheiro com novas características, melhor adaptadas a ambientes particulares.

Com este objectivo têm sido realizados cruzamentos entre árvores selecionadas estando os produtos desses cruzamentos em fase de avaliação. Os testes laboratoriais permitiram também a obtenção das primeiras plantas tetraplóides de medronheiro embora o procedimento experimental necessite ainda de ser optimizado.

Mais recentemente, as estruturas secretoras das folhas e caule do medronheiro foram caracterizadas tendo sido verificado que produzem um composto que combate os pequenos insectos que atacam as partes jovens e em crescimento activo desta espécie. Em colaboração com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra estão em curso ensaios com vista à identificação de metabolitos secundários de interesse. 

No âmbito destas actividades de investigação, financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, pelo programa PRODER e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, tem havido uma estreita colaboração com outras instituições de investigação, designadamente a Escola Superior Agrária de Castelo Branco, a Escola Superior Agrária de Coimbra o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, a Associação de Defesa do Património de Mértola e diversos produtores de medronho. Espera-se que estas sinergias, e outras que venham a ser estabelecidas, possam tornar a fileira do medronho um importante componente do sector agro-florestal.

Jorge Canhoto 
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

Corticeira Amorim vai pagar dividendos extra de 8,8 milhões de euros

Com o lucro a crescer 15,5%, atingiu os 29 milhões de euros no terceiro trimestre a Corticeira Amorim vai propor um dividendo extraordinário de sete cêntimos por acção.

Os accionistas da Corticeira Amorim reúnem-se a 27 de Novembro para deliberar sobre o pagamento de um dividendo extraordinário de 0,07 euros por acção. No dia em que apresentou um lucro de 29 milhões de euros para os primeiros nove meses do ano, mais 15,5% do que há um ano, a administração da empresa justifica esta decisão com "o sólido crescimento da actividade e dos resultados dos últimos exercícios". EmAbril, a empresa havia já distribuído um dividendo de 12 cêntimos por acção.

Em comunicado enviado ao mercado, a Corticeira Amorim garante que é assim possível distribuir dividendos "sem colocar em causa a manutenção de uma eficiente estrutura de capitais".

A empresa presidida por António Rios Amorim diz que atingiu nos primeiros nove meses do ano vendas totais de 430 milhões de euros, com uma valorização de 2,5% face a igual período do ano passado, tendo igualmente conseguido reduzir os custos para 163,7 milhões de euros, menos 1,7% do que em 2013, altura em que se verificou um aumento de 6% da actividade. Assim, "o aumento das vendas e os ganhos de eficiência operacional" conduziram a um crescimento de 11,8% do EBITDA ('cash flow' operacional) que atingiu os 66,1 milhões de euros, contra os 59 milhões registados há um ano. A empresa sublinha que os resultados foram afectados "pela desvalorização das suas principais divisas de exportação", o que teve um impacto negativo de 5,9 milhões nas vendas e de 4,7 milhões nos resultados.
Entre Janeiro e Setembro, a Corticeira Amorim reduziu a dívida em 11,1%, situando-se actualmente nos 94,2 milhões de euros. A empresa realça que a "função financeira melhorou mais uma vez, registando-se gastos líquidos de 3,2 milhões, o que representa uma melhoria de 0,8 milhões", face aos primeiros nove meses de 2013. A empresa informou ainda o mercado que dispõe actualmente de "reservas livres distribuíveis no montante de € 10.774.641,04 e reservas legais no montante de € 12.243.010,17".

Ao nível de unidades de negócios, a empresa destaca o comportamento da Unidade de Negócios Rolhas, que com um crescimento de 5,8% chegou a um volume de vendas de 275,8 milhões. "O efeito de um melhor 'mix' de vendas permitiu um preço médio mais favorável, tendo este anulado o efeito cambial", dizem os gestores.

Tal como o Diário Económico noticiou em Agosto, a Corticeira Amorim tem em marcha um plano de investimentos de 74 milhões de euros, dos quais 35 milhões se encontram garantidos por financiamento do Banco Europeu de Investimento. O plano de investimentos visa o desenvolvimento de novos produtos à base de cortiça, a aquisição de novos equipamentos produtivos e uma maior eficiência energética.

Impostos dos combustíveis aumentam mais de 20 cêntimos por litro em 10 anos

Com a fiscalidade verde e a incorporação de mais biodiesel, aumento entre 2003 e 2015 pode chegar aos 25 cêntimos por litro

Evolução dos impostos nos combustíveis entre dezembro de 2003 e janeiro 2015
DGEG e APETRO
03/11/2014 | 15:31 |  Dinheiro Vivo
Os impostos que os portugueses pagam nos combustíveis aumentaram mais de 20 cêntimos por litro nos últimos 10 anos, ou seja, entre dezembro de 2003 - o último mês antes da liberalização efectiva do mercado em 2004 - e outubro de 2014. E em 2015, por via da reforma da fiscalidade verde e da incorporação de biocombustíveis, o aumento será de 25 cêntimos por litro desde 2003.
As contas são da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO) que, num comunicado enviado hoje sobre a evolução da fiscalidade nos combustíveis desde a liberalização do mercado em 2004, isto porque antes os preços era fixados administrativamente pelo Governo e não pelas empresas.
De acordo com o documento e com a imagem em baixo, o preço da gasolina em dezembro de 2003 era de 96 cêntimos por litro, dos quais 19 cêntimos eram referentes à cotação do petróleo, 10 cêntimos à logística e distribuição e 66 cêntimos diziam respeito aos impostos.
Em outubro deste ano, o preço do litro de gasolina era já de 1,5 euros, com a parte logística a pesar 14 cêntimos por litro, a cotação do petróleo a representar 49 cêntimos por litro e o peso dos impostos a disparar para 87 cêntimos por litro, ou seja, 21 cêntimos mais caro que em dezembro de 2003.
Por fim, em janeiro de 2015, a APETRO assume que a parte logística se mantém e estima que não haverá grandes alterações na cotação, mas atenta que o peso dos impostos deve chegar aos 91 cêntimos por litro no preço final a pagar, ou seja, os já referidos 25 cêntimos por litro de aumento face ao final de 2003.

Evolução do preço da gasolina entre 2003 e 2015
DGEG e APETRO
 
Já no gasóleo, o preço por litro era, em dezembro de 2003, de 71 cêntimos, dos quais, 12 cêntimos eram para a logística, 18 cêntimos eram para a cotação do petróleo e 41 cêntimos eram para os impostos. Em outubro deste ano, os preços dispararam para 1,27 cêntimos dos quais 61 cêntimos eram para impostos, o que dá 20 cêntimos por litro mais caro que em 2003.

Evolução preço do gasóleo entre 2003 e 2015
DGEG e APETRO
 
E em 2015, o peso dos impostos no gasóleo poderá ser já de 65 cêntimos por litro, ou seja, um acréscimo de 24 cêntimos face ao final de 2003.
De acordo com a APETRO, este aumento explica-se com o agravamento do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP) - que inclui a Contribuição de Serviço Rodoviário e a futura taxa de carbono - e também do IVA, que incide também sobre o ISP e que aumentou 4% desde 2005, ou seja, de 19% para 23%.
Assim, pelas contas da associação, na gasolina, o ISP sofreu um agravamento de oito cêntimos por litro até outubro, "que será previsivelmente de 11 cêntimos por litro em 2015", e no gasóleo, o ISP vale agora mais sete cêntimos que poderá chegar a mais 10 cêntimos no próximo ano.

Academia das plantas aromáticas e medicinais de Alqueva promove “DIA ABERTO” na Aldeia da Luz

A Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva vai promover dia 07 de Novembro, um DIA ABERTO para demonstração prática de equipamentos de corte, peneira vibratória e secador.

Esta actividade terá início com a apresentação dos participantes às 10:00 horas, no Canteiro da Luz, aldeia da Luz, no concelho de Mourão, com concentração junto ao depósito de água.

Às 10:30 horas haverá uma visita à exploração seguida da apresentação e demonstração dos equipamentos pela Engenheira Armindo Barbosa, da MC Leça e pela Engenheira Goreti Oliveira, da Chatron.

Para dúvidas e esclarecimentos adicionais estarão disponíveis os proprietários do Canteiro da Luz, Filipe e José Rui Lopes, bem como Joaquim Cunha, do Monte do Menir e Rui Perdigão da Delta - Grupo Nabeiro.

A participação é gratuita e para tal basta dirigir-se ao local no dia e hora marcada.

A Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva foi criada pela EDIA, pelo CEVRM - Centro de Excelência e Valorização dos Recursos Mediterrânicos e pela empresa "Monte do Pardieiro" e mais recentemente pelo "Canteiro da Luz", com o objectivo de dinamizar a agricultura de regadio associada à pequena propriedade, e fornecer apoio e enquadramento aos projectos instalados e a instalar neste sector.

Esta Academia é uma unidade de demonstração e divulgação de produção projectada para, em pequena escala, produzir durante todo o ano, por forma a divulgar junto dos agricultores interessados, as diferentes espécies, as operações culturais a realizar, os factores de produção necessários, bem como os processos de comercialização.

Numa altura em que se verifica a existência de um conjunto de interessados na área das "Plantas Aromáticas e Medicinais" (PAM), este DIA ABERTO vem permitir um maior contacto com realidades já instaladas e ao mesmo tempo a recolha de experiências em contexto real e aplicação prática de técnicas associadas àquela tipologia de agricultura.


Fonte:  EDIA

Vinho espanhol usado para falsificar marcas portuguesas


por Rute CoelhoHoje2 comentários


Vinho espanhol usado para falsificar marcas portuguesas
Fotografia © Carlos Manuel Martins/Global Imagens

Num ano, a ASAE apreendeu 1,2 milhões de litros de vinho português adulterado. Alguns em restaurantes e supermercados
E se o seu alentejano preferido, que comprou para agradar aos amigos num jantar, fosse na realidade vinho espanhol? Alguns armazenistas nacionais estão a mandar vir produto espanhol para encherem garrafas que acabam por levar um rótulo falso de DOC (Denominação de Origem Controlada) português de qualquer região - Alentejo, Douro ou Bairrada, por exemplo. A situação está a preocupar as autoridades, confirmou ao DN um elemento da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), mesmo porque este é um dos setores de atividade mais relevantes para o país. No ano passado, as exportações de vinhos portugueses representaram 724,5 milhões de euros, segundo os dados do Eurostat, valendo já este ano, até junho, 314,4 milhões.
Trata-se de uma fraude transnacional que envolve grandes armazenistas e afeta todas as regiões vinícolas com DOC, como têm revelado as apreensões de vinhos adulterados pela ASAE. "Os grandes armazenistas engarrafadores têm armazéns em todas as regiões", explica Filipa Vasconcelos, do Núcleo de Operações da ASAE. O vinho espanhol é, por regra, menos denso e mais claro do que o português, pelo que alguns falsificadores "aproveitam as nossas uvas carregadas de cor e misturam-nas para incrementar o volume".

Os três graus que fazem a diferença na Taylor's

Empresa famosa pelo vinho do Porto desenvolveu um modelo de viticultura com base num sistema inovador de terraplanagem que contribui para a biodiversidade e sustentabilidade da região
Tiago Oliveira
15:52 Segunda feira, 3 de Novembro de 2014 |

Os patamares estreitos com apenas uma fila de videiras e inclinação de três graus são o cerne do modelo
Os patamares estreitos com apenas uma fila de videiras e inclinação de três graus são o cerne do modelo
D.R.
Douro vinhateiro. A mais antiga região demarcada do mundo. O berço do vinho do Porto é uma das áreas agrícolas mais emblemáticas do país e para responder aos desafios modernos, tenta não perder o comboio da sustentabilidade. A Taylor's tem contribuído para a causa e destaca-se por um inovador método de plantação que mantém a qualidade dos seus produtos, sem perder de vista as preocupações ambientais.

"A base do modelo é a construção de patamares estreitos, cada um dos quais com apenas uma fileira de vinhas", explica Ana Maria Morgado da Taylor's. "Os patamares são desenhados com muita precisão, usando máquinas de terraplanagem em que o operador é guiado por um sistema inovador de orientação a laser. Isso permite a inclinação dos patamares com exatamente três graus com a horizontal. Com esta inclinação, é possível atingir o equilíbrio entre a penetração da água da chuva no solo e o escoamento do excesso ao longo do patamar, evitando a erosão do solo", garante.

Outro dos objetivos que guiam estas práticas biológicas prende-se com eliminar o uso de herbicidas no controlo da vegetação indesejável. Por isso, um caminho entre a linha de videiras e a base do talude permite o acesso de máquinas para não impedir crescimento natural das ervas no declive. Ao longo dessas linhas, realiza-se uma plantação temporária de um tapete de espécies selecionadas.

Clássico do mundo

O coberto acaba por morrer naturalmente e pode ser cortado mecanicamente para formar um restolho (nome dado às folhas e caules de cereais que são deixados nos campos após as colheitas). Desse modo, reduz-se a perda de água ao mesmo tempo que se mantém a integridade das encostas e se proporciona um refúgio para os insetos com benefícios claros para a biodiversidade nas vinhas.

A ausência de herbicidas permite que a vegetação se regenere com facilidade e naturalmente em cada ano.

Ana Maria Morgado esclarece que foi "em 1992 que se começou a trabalhar para esta estratégia" e que prémios já atribuídos, como por exemplo o BES Biodiversidade, são um garante que o caminho trilhado está a ser o correto. Presente em 72 países e com um volume de negócios na ordem dos €59 milhões, a Taylor's sente-se na obrigação de ser parte integrante na preservação da região que é o seu sustento. "O futuro do Vale do Douro e do seu ambiente único é também o futuro do vinho do Porto, um dos grandes vinhos clássicos do mundo e uma parte insubstituível do património da humanidade", garante.

O novo modelo de vinha pode mesmo ser utilizado como base tanto para a viticultura sustentável como apenas para a produção biológica pelo que este exemplo se pode agora expandir para outros locais.


COPA-COGECA defende os biocombustíveis

Outubro 30
13:39
2014

As organizações agrícolas e cooperativas europeias, reunidas num seminário organizado pelo COPA-COGECA sob o tema dos biocombustíveis, pedem à Comissão, aos eurodeputados, aos ministros e aos chefes de estado e de governo, para continuarem a apoiar o desenvolvimento dos biocombustíveis obtidos a partir de culturas aráveis.

O Conselho Europeu tem um proposta de limitação de biocombustíveis obtidos de culturas aráveis de 7%, enquanto o Parlamento Europeu defende um limite de 6%.

Para o COPA-COGECA, estas propostas são um travão ao desenvolvimento rural.

Para esta organização, os biocombustíveis não são uma fonte de conflito no mundo e contribuem para uma estabilização dos preços, proporcionando um desenvolvimento sustentável.

Russos afirmam que a política de sanções europeias só está a punir os agricultores europeus

Novembro 03
14:40
2014

Os responsáveis pela Federal Service for Veterinary and Phytosanitary Surveillance, Rosselkhoznadzor e Sergey Dankvert, afirmaram, em conferência de imprensa, que o resultado das sanções europeias impostas à Rússia teve como maior resultado o prejuízo dos produtores europeus.

O encerramento das fronteiras russas aos produtos europeus levou a que este país procurasse mercados alternativos para se abastecer, o que está a acontecer. Mesmo que, neste momento, as sanções fossem levantadas, grande parte da posição que os produtos europeus tinham na Rússia já está ocupada por outros fornecedores, que se vão manter.

Foi dado como exemplo os produtos lácteos, com a Índia a aparecer como fornecedora, o que é um facto inédito.

O maior problema para colmatar a não-entrada de produtos europeus é o queijo, pois a indústria russa de lacticínios nunca conseguiu produzir um produto de qualidade.

Segundo este responsável, esta situação permitiu abrir o mercado russo ao mundo, conseguindo muitas outras alternativas com mais trinta países a enviarem delegações para negociar a venda dos seus produtos.

Espanha: Entidade Reguladora da IGP 'Cordeiro da Extremadura' exporta para França, Itália e Portugal, 56% das carcaças que certifica

O Conselho Regulador da Indicação Geográfica Protegida Cordeiro da Extremadura (Corderex) atingiu as 31.588 carcaças de cordeiro exportadas para outros mercados europeus no primeiro semestre de 2014, o que representa 56 por cento do total de cordeiros certificados com o selo de qualidade.

 Graças ao trabalho comercial e às campanhas de promoção da Oviso, entidade cooperativa que vende o produto Corderex dentro e fora de Espanha, a IGP extremanha exportou 674.710 quilos de carne de cordeiro e cadeias de distribuição e grossistas em França, Itália e Portugal.

"O crescimento da certificação da Corderex nos últimos anos deve-se principalmente à conquista de outros mercados europeus, que compensaram o declínio gradual no consumo de cordeiro em Espanha. O Europeu aprecia particularmente o rótulo IGP, porque ele considera que é uma garantia da qualidade dos produtos e esta é uma das razões que torna mais fácil entrar nestes mercados", diz Raul Muniz, director técnico da Corderex.

No final do ano de 2013, a Corderex tinha exportado 59.568 carcaças de cordeiro (735 665 kg), o que representou 38 por cento do total da certificação 'Cordero de Estremadura' no ano passado e as expectativas para 2014 ainda apontam para melhores resultados.

Em vésperas do Natal, a Corderex também espera um aumento nas vendas nestes países, onde, como na Espanha, o cordeiro está associado às celebrações e feriados religiosos e sempre se verifica um aumento neste período, embora o consumo ocorra durante todo o ano.

Além disso, Raul Muniz afirmou que "os objectivos do mercado para 2015 estão focados em manter e consolidar as linhas de exportação que a Oviso alcançou" e "procurar e explorar novos nichos de mercado onde o produto Corderex poderia ser bem aceite.

Fonte:  Agrodigital

Festa do Vinho e da Vinha começa no sábado em Borba

03-11-2014 
 

 
A Festa da Vinha e do Vinho começa no sábado na cidade alentejana de Borba com a participação de cerca de 80 expositores, com destaque para os produtores do Alentejo, divulgou o município.

A 23.ª edição do certame dedicado ao vinho e à vinha, que recebe todos os anos milhares de visitantes, vai decorrer até ao dia 16 deste mês, no pavilhão de eventos, com entrada livre, para promover, sobretudo, os vinhos do Alentejo, com a participação de vários produtores que apresentam as suas marcas para degustação e venda.

O presidente do município de Borba, António Anselmo, disse à agência Lusa que o certame pretende «promover Borba e todo o Alentejo, sobretudo o seu vinho de qualidade e tudo o que a região tem de bom, como a gastronomia, os produtos regionais e o artesanato».

O autarca referiu ainda que o município pretende levar a animação até às freguesias rurais, Rio de Moinhos e Orada, para que «a festa não fique apenas em Borba», assim como colocar transporte à disposição das populações destas freguesias para visitarem a festa, em pelo menos dois dias, em articulação com as juntas de freguesia.

A festa inclui um conjunto de eventos temáticos dedicados aos vinhos e enoturismo, gastronomia, produtos e doçaria regionais, artesanato e equipamentos e serviços vitivinícolas.

O certame, que serve de apresentação do vinho novo dos produtores locais pelo São Martinho, pretende ainda promover os produtos regionais, dando especial realce à produção vinícola regional e aos queijos, enchidos, pão, azeite, mel, frutos secos e doçaria regional.

O artesanato conta com expositores oriundos de várias localidades do país, nas mais diversas expressões, como o barro, tapeçaria, madeira e cortiça.

Com palco numa das mais importantes regiões vitivinícolas do Alentejo, o certame está a cargo do município, Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA), Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) e Turismo do Alentejo.

O programa inclui um circuito das tascas no dia inaugural e, ao longo dos nove dias, engloba, entre outras iniciativas, provas de vinhos, animação musical, atuação de grupos de danças, de corais alentejanos, colóquios, actividades desportivas e um cortejo etnográfico, no dia do encerramento. Para o dia de São Martinho, está previsto um arraial com oferta de castanhas e vinho de talha.

Fonte: Lusa

Chuva e queda de neve nos próximos dias

Sociedade
     
03/11/2014 08:24:02 10354 Visitas   
O primeiro nevão do ano está prestes a chegar

Chuva e queda de neve nos próximos dias
A chuva e a descida das temperaturas mínimas e máximas vão marcar o início da semana em Portugal continental, com a primeira queda de neve nas terra altas a ser esperada terça-feira, de acordo com o IPMA.

Segundo disse à agência Lusa a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Maria João Frada, a partir de hoje vamos assistir a um agravamento do estado do tempo, com a passagem de um sistema frontal de forte actividade um pouco por todo o território nacional.

"Prevê-se um agravamento do estado do tempo, gradualmente a partir da manhã o céu vai tornar-se muito nublado ou encoberto, gradualmente de norte para sul, com a aproximação de um sistema frontal de forte actividade, com precipitação que começa pelo  Minho e Douro litoral, estendendo-se às outras regiões e tornando-se persistente e forte por todo o território", explicou.

De acordo com a meteorologista, associado à chuva forte vem também o vento forte, com rajadas na ordem dos 70 km/hora no litoral, enquanto nas terras altas rondará os 90/95 km hora.

Prevê-se ainda um "aumento da agitação marítima para hoje no litoral e Cabo Raso, com ondas de 4/5 metros e 4 a 4,5 metros a sul do Cabo Raso", que irá permanecer até quarta-feira de madrugada, adiantou.

Segundo Maria João Frada, a região sul será mais afectada durante a madrugada e dia de terça-feira com a previsão de chuva persistente, acompanhada de vento forte.,

Para terça-feira há melhorias no estado do tempo, com a chuva a dar tréguas, mas prevê-se uma descida significativa das temperaturas mínimas e máximas, que podem dar origem ao primeiro nevão do ano, já que podem chegar a um grau nas Penhas Douradas (Serra da Estrela) e quatro e cinco graus nas regiões do interior norte e centro, as máximas andarão nos 10 graus.

"A situação de aguaceiros pode dar origem às primeiras neves da época, já que estamos a prever queda de neve na terça-feira até meio da manhã nas terras altas, acima dos 1.200/1.400 metros no norte e centro uma vez que vem frio", vincou a responsável do IPMA.

A meio da semana, as temperaturas mínimas ainda vão estar em descida, mas há uma ligeira recuperação das máximas e com "a chuva a dar tréguas", segundo Maria João Frada.

No entanto, na quinta-feira regressa uma ondulação frontal ao continente e com esta a chuva persistente: "tudo indica que mudámos de cenário para uma situação outonal com passagens sucessivas de ondulações frontais com vento associado, precipitação e agitação marítima forte".

Na sua página na Internet, o IPMA prevê para hoje céu geralmente muito nublado, tornando-se muito nublado ou encoberto a partir da manhã e com abertas para o final do dia.

Períodos de chuva no Minho e Douro Litoral, estendendo-se gradualmente às regiões do interior, que será persistente e por vezes forte a partir da tarde, passando a regime de aguaceiros a partir do final do dia.

Quanto às temperaturas, são esperadas mínimas de 13 graus Celsius em Lisboa e Porto, máximas de 19 e 17, respectivamente, enquanto que em Faro são esperados 22º de máxima e 14º de mínimas. A cidade da Guarda será a mais fria do país, com máximas esperadas de 10 graus.

No Funchal, apesar da chuva, são esperados 24 graus de máxima, enquanto Angra do Heroísmo terá 22 de máxima e Santa Cruz, 21. 

Lusa/SOL

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

IFAP lança nova página sobre PAC 2014-2020


por Ana Rita Costa
3 de Novembro - 2014
No âmbito da reforma da Política Agrícola Comum (PAC), que abarcará o período de 2014-2020, foram sendo publicados durante 2013 e 2014 os regulamentos do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelecem o quadro normativo que vigorará nesse período. Nesse sentido, o IFAP lançou agora uma nova página que relativa à PAC 2014-2020.

 
Esta página contém informação atualizada sobre a última reforma da PAC com interesse para os beneficiários, nomeadamente a legislação e documentação aplicável, bem como um conjunto de Perguntas Frequentes.


Católica do Porto apresenta estudo sobre as culturas de inhame e mandioca


por Ana Rita Costa
3 de Novembro - 2014


A Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica do Porto vai apresentar os resultados do projeto europeu "Gratitude (Gains from Losses of Root and Tuber Crops)". A investigação, que se centra na valorização dos subprodutos de culturas de raízes e tubérculos, permitiu encontrar soluções que melhoram os produtos atualmente obtidos de mandioca e inhame.

 
De acordo com a Universidade Católica do Porto, este projeto "distingue-se pela redução das perdas pós-colheita destas culturas, através da transformação desses resíduos (em particular cascas e talos) em valor acrescentado, por exemplo em novos alimentos como aperitivos, substratos para crescimentos de cogumelos ou mesmo para utilização em formulações para alimentação animal."

Segundo a organização, "a mandioca e o inhame representam importantes culturas de segurança e sustentabilidade alimentar para cerca de 700 milhões de pessoas. No entanto, as perdas após a colheita e durante o processamento são bastante elevadas, situando-se, no caso do inhame, nos 60%, e, da mandioca, nos 30%."

O projeto "Gratitude" é liderado pelo Instituto de Recursos Naturais (NRI) da Universidade de Greenwich, em colaboração com outras 15 organizações de sete países e é cofinanciado pela Comissão Europeia através do 7º Programa Quadro para a Investigação e Desenvolvimento Tecnológico.

Transmontanas Associações reclamam regulamentação para apanha de cogumelos


Associações Micológicas transmontanas reclamam há cerca de uma década legislação que regulamente a apanha de cogumelos silvestres, tendo mesmo sido apresentada ao Governo uma proposta de Lei que acabe com a apanha "indiscriminada" deste tipo de fungos.

PAÍS Associações reclamam regulamentação para apanha de cogumelos Lusa
10:33 - 03 de Novembro de 2014 | Por Lusa
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"Não temos qualquer tipo de informação por parte das entidades competentes sobre a proposta de Lei que foi apresentada para todo o território nacional, o que leva a concluir que poderá haver outros interesses que não permitam que a legislação seja publicada", disse à Lusa o presidente da Associação Micológica " A Pantorra", Manuel Moredo.

Várias entidades, como associações micológicas, universidades, administração central e investigadores na área da micologia já elaboram propostas de legislação tendo em vista a criação de uma Lei que regulamente a apanha de cogumelos, para a acabar de vez com a "anarquia existente no setor".

O projeto de diploma foi iniciado por uma equipa que juntou sócios da Associação Micológica "A Pantorra" e pessoas ligadas à então Direção Regional de Agricultura do Norte ou Direção de Geral dos Recursos Florestais.

A proposta de regulamentação começou a ser elaborada em 1998 e terminou em 2006, ano em que foi apresentada o Ministério da Agricultura.

"O objetivo é proteger os cogumelos, uma importante fonte de rendimento para os proprietários dos terrenos. Com a anarquia que existe no setor, há pessoas [não proprietárias de terras] que delapidam parcelas privadas de floresta ou soutos, chegando a obter valores superior 20 mil euros de lucro por época", observou o responsável.

Segundo Manuel Moredo, para já onde há um controlo de apanha de cogumelos é no Parque Natural de Montesinho, que abrange os concelho de Bragança e Vinhais.

De qualquer forma, "ainda não é controlo eficaz", disse.

Fonte do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) disse que "não há ainda um documento legal que regule o setor micológico".

O que há, explicou a fonte, "são formas que podem ajudar a gestão dos territórios e aproveitamento deste recurso e que vão para além do Código Civil - outros instrumentos como os Planos de Gestão Florestal, onde um proprietário, para além das questões do ordenamento e planificação dos recursos silvícolas, poderá ter regra para a exploração de outros recursos a apicultura, a silvo pastorícia e os cogumelos".

Assim, os Planos de Gestão Florestal ou Zonas de Intervenção Florestal (para áreas privadas) podem incorporar "regulamentos próprios" para a recolha de um importante recurso como são os cogumelos silvestres.

A Lusa contactou, por escrito, o Ministério da Agricultura e do Mar para obter um esclarecimento sobre o assunto, mas até agora sem sucesso.

Associação Colher para Semear propõe cinema sobre agricultura e ruralidade


Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico
16:20 Segunda feira, 3 de Novembro de 2014 |

Lisboa, 03 nov (Lusa) - Sete documentários sobre ruralidade e práticas agrícolas serão exibidos, entre sexta-feira e domingo, em Idanha-a-Nova no ciclo "Cinema com Terra", organizado pela Associação Colher Para Semear, foi hoje anunciado.

A associação propõe sete filmes que "debatem diversos e importantes aspectos da agricultura e da ruralidade no mundo contemporâneo", como "Abelhas e homens", do realizador suíço Markus Inhoof, sobre o desaparecimento de colónias de abelhas ao longo da última década e meia, e "Pierre Rabhi, em nome da terra", de Marie-Monique Dhelsing, sobre aquele agricultor e escritor francês, considerado pioneiro da agroecologia.

O ciclo incluirá ainda "O pão", curta-metragem de Luís Vintém sobre Manuel Maneira, um homem que trocou a enfermagem pela agricultura e pela arte de preparar e cozer o pão, e "Dióspiros vermelhos", de Shinsuke Ogawa, sobre a colheita, descasque, secagem e venda de uma variedade de dióspiros numa aldeia do norte rural do Japão.

Míscaros 2014 - Festival do Cogumelo



Com intuito de explorar o forte património fúngico do país com mais de 300 espécies, entre as quais se destacam os míscaros que nascem nas encostas da Serra da Gardunha, surgiu a primeira edição do Míscaros – Festival do Cogumelo, num evento cuja organização é da Liga dos Amigos do Alcaide, da Câmara Municipal do Fundão e da Junta de Freguesia do Alcaide.

Entre os dias 14 e 16 de Novembro, na aldeia do Alcaide, no concelho do Fundão, os visitantes poderão aproveitar os passeios micológicos e maravilhar-se com a natureza envolvente da encosta da Gardunha, degustar diferentes formas da confecção de cogumelos e outras especialidades da região nas tasquinhas típicas especialmente preparadas na aldeia.

Para acompanhar estes sabores e aromas de Outono, será apresentado um conjunto de acções compostas por exposições, workshops, mostras de cogumelos e animação.

A segurança será um ponto primordial no Festival Míscaros, existindo neste festival um controlo de qualidade e segurança alimentar realizada por uma entidade externa certificada, dando garantias da qualidade dos produtos servidos a todos os visitantes deste certame.

Este é um evento único, pois sob o pretexto do lazer e animação, na sua verdadeira essência procura evidenciar o património paisagístico, cultural e ambiental do Alcaide e de toda a Serra da Gardunha.

Fonte:  Chefs Agency

Douro em destaque na maior feira de gastronomia de França

A Região Demarcada do Douro (RDD) é o centro das atenções no maior certame de gastronomia que decorre naquele que é o principal mercado de vinho do Porto. Este ano, na sua 84ª edição, a Feira Internacional e Gastronómica de Dijon, França, escolheu Portugal como país de honra e, para a segunda edição do salão de vinhos Vinividio, localizado mesmo no coração da feira, selecionou a RDD. O presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP), Manuel de Novaes Cabral, é o padrinho da Vinidivio 2014, onde estão presentes mais de duas dezenas de empresas desta Região, estando em prova mais de uma centena de vinhos. O salão Vinidivio decorre de 31 de outubro a 4 de novembro em Dijon, cidade localizada numa das regiões vitivinícolas mais emblemáticas do mundo: Borgonha.

Para o presidente do IVDP "a escolha da RDD como região de vinho de honra desta feira representa o reconhecimento internacional da importância da RDD, dando seguimento e reafirmando a estratégia do IVDP de consolidação dos mercados tradicionais de vinho do Porto". "É fruto da qualidade dos vinhos, do trabalho das empresas e do IVDP na promoção e valorização do Vinho do Porto e do Douro".

O IVDP, em parceria com o Ministério da Educação Francês, desenvolve em contínuo um trabalho junto das escolas de hotelaria que apresenta o vinho do Porto como um produto cultural, associado a uma região, a um território, a um património, a uma cultura. No programa "Les vins portugais: connaissance des produits européennes et interculturalité", o vinho do Porto é harmonizado com produtos DOP franceses. Ainda em França decorre o concurso «Master of Port» no qual participam os mais prestigiados escanções.

Para além das provas de vinho, a Vinidivio inclui ainda um concurso internacional de vinhos com um painel de 12 especialistas e várias conferências temáticas sobre Vinho do Porto e a RDD. O presidente do IVDP será orador na conferência de 3 de Novembro, às 17h00. "Vinho do Porto: um território, um vinho" é o tema da sua apresentação.

Para o planeta não aquecer de mais, é preciso parar já as emissões de CO2

CLARA BARATA 02/11/2014 - 17:09
Novo relatório do IPCC lança o alerta mais dramático de sempre.

 
Nos próximos 30 anos devemos atingir o limite de dióxido de carbono que podemos lançar para a atmosfera se queremos evitar uma subida de temperatura superior a 2 graus REUTERS

Ainda é possível atingir o objectivo de a temperatura média do planeta em 2100 ser apenas 2 graus Celsius mais elevada do que antes da Revolução Industrial, quando as fábricas não atiravam para a atmosfera enormes quantidades de gases com efeito de estufa. Mas, para isso, é imprescindível que nesse ano as emissões de dióxido de carbono, o principal gás de estufa, se tenham reduzido a zero.

A previsão é feita no mais recente relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) das Nações Unidas, que reúne milhares de cientistas para produzir documentos de consenso com o que de mais actualizado se sabe sobre as alterações climáticas. Em Copenhaga, neste domingo, foi divulgado um relatório longo e uma síntese de 40 páginas para os decisores políticos, que fazem um sumário do trabalho produzido por 800 cientistas desde Setembro de 2013.

A diferença deste relatório é ser o primeiro a dizer que as emissões de gases com efeito de estufa têm de ser reduzidas a zero para que a Terra, considerada como um todo, não aqueça mais do que 2 graus Celsius – o que foi estabelecido como o limite para que o aquecimento global não produza fenómenos irreversíveis e potencialmente perigosos.

O documento afirma, aliás, que estamos já a sentir os efeitos na produção global de alimentos, nos fenómenos meteorológicos extremos, com cheias cada vez mais frequentes nas zonas costeiras. O aumento do aquecimento global, alerta o IPCC, afecta o progresso da humanidade, pois todos estas consequências impedem avanços na luta contra a pobreza.

"Ainda há tempo, mas muito pouco tempo" para agir com custos razoáveis, declarou Rajendra Pachauri, secretário do IPCC, citado pela Reuters.

Vejam-se os números: para atingir essa meta, não poderá haver mais do que um bilião (milhão de milhões) de toneladas de dióxido de carbono (CO2) provenientes da queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão, gás natural) lançadas para a atmosfera até 2100. Mas é provável que atinjamos esse limite durante os próximos 30 anos – e as empresas energéticas já fizeram encomendas de petróleo e carvão que representam várias vezes essa quantidade, e gastam-se cerca de 600 mil milhões de dólares por ano para encontrar mais reservas de hidrocarbonetos, explica o New York Times.

Em contrapartida, adianta o relatório do IPCC, gasta-se menos de 400 mil milhões de dólares por ano para reduzir as emissões de CO2 que fazem subir a temperatura do planeta e provocam mudanças no clima – menos do que os lucros de apenas uma petrolífera americana, a ExxonMobil.

Este tema do "orçamento de carbono" é fundamental, mas não tem estado na vanguarda das negociações para encontrar um sucessor para o Protocolo de Quioto – que culminará numa conferência em Paris, no ano que vem. O que parece ser o desfecho mais provável será um acordo em que cada país decidirá por si quanto se esforçará para reduzir as suas próprias emissões de CO2. 

2007 é ano de Reserva Ferreirinha


por Ana Rita Costa
29 de Outubro - 2014
A Casa Ferreirinha anunciou o lançamento de uma nova colheita de Reserva Especial. Nascido e vinificado na Quinta da Leda, em pleno Douro Superior, chega agora ao mercado o Reserva Especial 2007.

 
Esta é já a 16ª edição do Reserva Especial, um vinho criado por Fernando Nicolau de Almeida, em 1960, e agora sob a responsabilidade direta do enólogo Luís Sottomayor.

"Por toda a emoção que este vinho e ano encerram, arrisco dizer que a minha decisão foi ainda mais ponderada", comenta o enólogo a propósito deste lançamento. Casa Ferreirinha Reserva Especial 2007 é o primeiro vinho desta categoria que o enólogo assina. "Desde que assumi as funções de direção de enologia para a Casa Ferreirinha já ponderei sobre o lançamento de duas colheitas de Barca Velha e três de Reserva Especial, mas este vinho é o primeiro a nascer e ser anunciado sobre a minha supervisão", explica Luís Sottomayor.

O Reserva Especial 2007 apresenta-se ao mercado numa nova garrafa produzida exclusivamente para a Casa Ferreirinha, com o Brasão da marca em relevo e com uma "picadura" (concavidade no fundo da garrafa) de maiores dimensões, o que segundo a marca, "facilita o serviço deste vinho nas melhores condições".

No total, foram produzidas cerca de 33 000 garrafas que, à semelhança de edições anteriores, serão primeiro disponibilizadas aos sócios do Clube Reserva 1500 para a partir de novembro serem comercializadas em garrafeiras e lojas da especialidade. 

Europa perdeu 421 milhões de aves em três décadas


por Filomena NavesHoje1 comentário

Europa perdeu 421 milhões de aves em três décadas
Fotografia © Wikimedia Commons
Estudo alerta que as mudanças agrícolas estão a afetar os pássaros e a diminuir as suas populações.
As populações de aves estão a diminuir por toda a Europa, incluindo algumas bem comuns, como os pardais, os estorninhos ou as perdizes-cinzentas. Estimativas de um estudo publicado na revista Ecology Letters apontam para que nos últimos 30 anos o continente europeu perdeu 421 milhões de aves e pássaros.
Em Portugal, onde os censos anuais só têm uma década, essa tendência não é clara, a não ser para três espécies bem identificadas: a rola-brava, e dois picanços, o real e o barreteiro. A perda de habitat, devido a mudanças profundas nas práticas agrícolas e na paisagem florestal, é a principal causa do problema.
Para os autores da investigação, no entanto, o saldo negativo global de 421 milhões de aves no continente europeu, em relação há três décadas, é um mau indicador. "É muito preocupante que as espécies mais comuns estejam em declínio rápido porque estas são, justamente, as aves com maiores benefícios para as populações humanas", adverte Richard Inger, biólogo da Universidade de Exeter e um dos autores do estudo.

domingo, 2 de novembro de 2014

Douro aposta na biodiversidade funcional para reduzir pesticidas nas vinhas


A ADVID é uma associação privada, sem fins lucrativos, criada pelas principais empresas de vinho do Porto com o objetivo de contribuir para a modernização da viticultura do Douro e melhoria da qualidade dos vinhos
A Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID), sediada na Régua, está a promover a biodiversidade funcional nas vinhas do Douro, com vista à limitação natural de pragas e à redução do uso de pesticidas.

Para atingir este propósito, a ADVID apostou na concretização de três projetos: o Ecovitis, o Biodivine e o Floresta Comum.

Os objetivos são, segundo afirmou hoje à agência Lusa a diretora técnica da ADVID, Cristina Carlos, "fomentar a biodiversidade funcional em viticultura" e "obter um vinho mais sustentável de todos os pontos de vista, desde o ambiental ao económico".

A ideia é conjugar a atividade produtiva do Douro, a viticultura, com a preservação do património natural.

Com o Ecovitis - Maximização dos Serviços do Ecossistema Vinha, projeto lançado em 2011 e que termina em dezembro de 2014, foi possível "tirar uma fotografia" de tudo que existe na vinha, todos os organismos que vivem neste ecossistema para além das videiras.

Cristina Carlos referiu ainda que se está a implementar uma rede de infraestruturas ecológicas, como sebes, bosquetes e charcos que funcionam como habitats e abrigos para os inimigos naturais das pragas que afetam as videiras e as uvas.

Ao se criarem as condições para estes inimigos das pragas da vinha se desenvolverem está-se, de acordo com a responsável, a reduzir também a utilização de pesticidas, bem como os custos de produção, e ainda a travar a erosão dos solos.

Está também a ser implementada uma "técnica inovadora" de controlo da traça-da-uva, a confusão sexual, que é considerada "completamente amiga do ambiente" e "que não deixa resíduos nas uvas".

Este modelo de combate à pior praga que afeta as vinhas do Douro implica a colocação de difusores (pequenos filamentos) nas cepas que lançam a "confusão sexual" e iludem o macho, pois estão impregnados com feromona (hormona sexual das fêmeas da traça da uva) e vão criar uma nuvem de hormona artificial que atrai e baralha os machos, impedindo o acasalamento.

Este projeto tem como entidade promotora a Real Companhia Velha e envolve ainda a Sogevinus e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O Biodivine é um projeto internacional, que está a ser implementado em França e Espanha e Portugal, e, no fundo, complementa o Ecovitis, já que visa a promoção de ações de conservação como o enrelvamento da entrelinha ou a plantação de sebes em zonas não produtivas, e ainda contribuir para o conhecimento das relações existentes entre elementos da paisagem (vinha, olivais, matos) e determinados grupos biológicos (aves, mamíferos).

O projeto, que termina também em dezembro, implicou a colocação de 25 postos de monitorização biológica pelo território.

O Floresta Comum, promovido pela Quercus, levou à plantação de 1.500 plantas nas explorações vitícolas.

No âmbito dos três projetos, os associados da ADVID submeteram mais de 200 hectares de vinha à técnica da confusão sexual, promoveram o revestimento natural ou semeado de entrelinha em 90 hectares de vinha e implementaram 3.600 metros de sebes com espécies autóctones (rosmaninho, esteva, bela-luz, madressilva e medronheiro).

A ADVID é uma associação privada, sem fins lucrativos, criada pelas principais empresas de vinho do Porto com o objetivo de contribuir para a modernização da viticultura do Douro e melhoria da qualidade dos vinhos.

A organização possui 180 associados que trabalham 6.000 hectares de vinha (12% da Região Demarcada do Douro).

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

Os preços e os subsídios agrícolas

 Armando Sevinate Pinto 02/11/2014 - 10:58 

A viabilidade da actividade agrícola e a subsistência das famílias que trabalham no campo dependem de forma muito significativa dos preços e dos subsídios.


Os preços e os subsídios agrícolas sempre estiveram, e continuarão a estar, no centro das preocupações dos agricultores. É natural que assim seja. Deles depende a viabilidade das suas actividades e, quase sempre, os seus meios de subsistência e das suas famílias.

 Como deles também depende a base do custo da alimentação e, por isso, o rendimento dos consumidores, é fácil depreender-se que se trata de um tema sob discussão pública permanente, com base em interesses antagónicos e em teorias divididas.

O caso português, antes e depois da adesão à CEE, é dos mais singulares dentro da União.

Quando Portugal pediu a adesão à CEE, em 1977, a maioria dos nossos preços agrícolas eram inferiores aos preços médios na Comunidade e os subsídios existentes eram, com algumas excepções, maioritariamente dirigidos aos consumidores, através do chamado "cabaz de compras"*.

Nove anos depois, quando aderimos, em 1986, os preços agrícolas em Portugal eram, quase todos, superiores, às vezes até muito superiores, aos da Comunidade. Não só porque se desmobilizaram alguns subsídios, mas também, a meu ver, principalmente, porque nessa altura a inflação interna subiu a níveis hoje impensáveis, superiores a 27%.

A entrada na CEE foi muito dolorosa para alguns sectores agrícolas, não só porque os seus preços foram progressivamente harmonizados com os preços europeus (reduzidos por tranches em função dos diferentes sistemas de transição), mas também porque a nossa entrada praticamente coincidiu com o início da descida dos preços europeus, visando a sua harmonização com os preços mundiais.

Os preços agrícolas em Portugal reduziram-se brutalmente em alguns sectores mais envolvidos com o sistema de preços da PAC (cereais, oleaginosas, carne de bovino e ovino…), o mesmo não tendo acontecido em outros sectores em que os apoios sempre foram menos dependentes do sistema de preços (frutas e legumes, por exemplo).

De facto, quando aderimos, todo o sistema de apoio ao rendimento da Politica Agrícola Comum (PAC) consistia numa protecção aduaneira do mercado interno, relativamente ao mercado mundial, através de taxas variáveis, que tinham por efeito a formação de preços bastante elevados aos agricultores comunitários. Dizia-se então que os subsídios estavam implícitos nos preços.

Este sistema durou ainda aproximadamente cinco anos, uma vez que, só em 1992, se deu a primeira reforma da PAC. Com essa reforma, os preços europeus iriam progressivamente reduzir-se, ainda que de forma significativa.

Em compensação, apenas parcial, foi instituído um sistema de ajudas directas aos agricultores, calculadas com base nas perdas teóricas de cada um em função das suas produtividades e da queda dos respectivos preços.

Durante cerca de uma década, os preços europeus aproximaram-se, ou igualaram, os do mercado mundial e as ajudas aos agricultores mantiveram-se "ligadas" à produção, isto é, eram pagas em função da quantidade produzida, dos hectares utilizados, ou do número de animais em produção.

Até que, em 2003, com o apoio da esquerda europeia, de uma larga parte da opinião pública e de muitos académicos europeus de renome, a maioria das ajudas ao rendimento foram "desligadas" da produção, apesar de serem calculadas com base em registos históricos, de cada país e de cada agricultor.

Finalmente, uma década depois, em 2014, com a presente reforma da PAC, já aprovada mas ainda dependente de algumas decisões internas, manteve-se e acentuou-se o sistema da reforma de 2003, agora submetido a um processo progressivo de harmonização dos montantes das ajudas (actualmente diferentes para cada sector, agricultor e Estado-membro), que será total no plano nacional mas ainda parcial no plano comunitário.

Entretanto, os preços agrícolas já se formam livremente no mercado interno, com fortíssima influência dos preços mundiais (conceito, a meu ver, significativamente subjectivo, quanto à sua formação e significado) e associados às suas flutuações.

O mesmo acontece com os preços/custos dos factores de produção agrícola, ainda que, por variadíssimas razões, também nem sempre lógicas e justificadas, se mantenham diferenças muito importantes, dentro e fora da União Europeia, tal como também se verifica com os custos do trabalho.

O que penso eu de toda esta evolução? Penso que o resultado está à vista e não é muito animador, uma vez que os preços agrícolas nunca foram tão incertos (voláteis, como agora se diz).

Nunca escondi o meu apego ao regime europeu original e inúmeras vezes o tornei público, ainda que sem a mínima esperança de que este fosse recuperado. Era notável o seu efeito estabilizador, retirando aos agricultores algum risco da sua actividade que, pela sua própria natureza, já tem riscos que chegam e sobram.

Fui contra a linha de reformas iniciada em 1992, sendo nessa altura director na Comissão Europeia, quer pela perda de estabilidade do sistema de preços europeu, quer porque me pareceu que, essa reforma, seria a preparação da supressão total dos subsídios à agricultura.

Fui contra o "desligamento" das ajudas na reforma de 2003, exactamente quando era ministro da Agricultura. Bati-me contra essa solução e votei contra a reforma por falta de contrapartidas, mas estive sempre pouco acompanhado. Agora já não seria assim porque as evidências têm muita força.

Na minha opinião, o passo final, o da supressão das ajudas, só não foi ainda dado porque a crise alimentar de 2008/9, veio alterar muitos dos argumentos usados para a justificar essa opção. As opiniões públicas, e os políticos que as interpretam, deram conta do enorme risco que isso acarretaria.

Finalmente, embora subsistam alguns importantíssimos apoios aos agricultores, o mercado liberalizado está aí e, com ele, a volatilidade dos preços. Os preços flutuam como nunca antes tinha acontecido e o mercado mundial exibe as suas imperfeições. O nível de risco é cada vez maior, numa actividade, que pela sua própria natureza, já está rodeada de riscos.

A PAC continua a ser indispensável. Tem defeitos, mas muito menores do que os seus detractores querem fazer crer. O grande problema não é da PAC, mas da falta dela em matéria de preços e da sua substituição pelo mercado mundial de cujo bom funcionamento sempre duvidei. De facto, as suas variações não param de nos surpreender. Nas últimas duas campanhas, por exemplo, o preço do milho reduziu-se quase para metade

Finalmente, para que se perceba melhor a necessidade dos subsídios, de que tanta gente discorda, dou apenas mais um exemplo que deixo à reflexão dos leitores. Há 28 anos, quando entrámos na CEE, o preço do trigo aos produtores portugueses era de 55 Escudos por kg. Actualmente, o preço pago aos produtores anda em torno de 15 cêntimos por kg (30 escudos)! Se em vez de preços correntes, comparássemos preços reais, então teríamos que multiplicar os 55 Esc. por 3,86 (tendo em conta a evolução do Índice de Preços Implícito no PIB, desde 1986), o que daria mais de 212 Esc., isto é, sete vezes mais do que o preço actual!

Percebe-se agora melhor a justificação dos subsídios? Espero sinceramente que sim.

 

*Sistema de fixação administrativa dos preços do pão, do leite e de muitos outros produtos e factores de produção, subsidiados através do "Fundo de Abastecimento"

Engenheiro agrónomo (ISA)

Algarve perde a marca do licor Brandymel, um dos ícones da região


IDÁLIO REVEZ 02/11/2014 - 07:27
Os netos do homem que descobriu a fórmula da bebida espirituosa, criada há 62 anos, vão lançar o Dom Cristina, à imagem e semelhança do brandy original


O Algarve deixou cair um dos seus ícones no sector das bebidas espirituosas – o Brandymel, produzido por uma família de Portimão há mais de meio século. A marca foi, há 14 anos, agarrada por um indivíduo que a averbou em seu nome por ter caducado o registo original - os industriais que o produziam ignoraram a obrigação de renovar o pedido do registo. O Tribunal da Relação de Lisboa considerou que a "notoriedade e o comprovado uso [de marcas] de nada valem se a caducidade do registo já tiver sido declarada". Foi o que sucedeu com este licor, de raiz e tradição algarvia. Os netos do criador da bebida vão, a partir de uma unidade fabril sedeada em Castelo Branco, dar continuidade à industria. Para breve prometem um licor igual ao original (até a garrafa e o rótulo se mantêm), só muda o nome - vai chamar-se agora Dom Cristina.

Oliveiros Cristina, um comerciante algarvio, foi quem criou, há 62 anos, a fórmula e a marca Brandymel, numa altura em que havia muitos licores, mas de marca branca. O filho, David Cristina, engenheiro químico, comenta: "O meu pai tinha uma enorme vantagem sobre mim – o paladar muito apurado". A composição da bebida, à base de mel e aguardente, diz, é aromatizada com plantas silvestres que lhe dão o "toque" que faz a diferença. É na introdução das ervas, observa, que pode residir o que "vulgarmente se designa por segredo". Na verdade, comenta, "não existem segredos – com uma análise química completa descobre-se tudo, nesta como noutras bebidas" Desta forma, o industrial derruba alguns dos mitos que foram sendo criados pela força do marketing. No entanto, não deixa de sublinhar que há "conhecimentos familiares" que vão passando de geração em geração, e no seu caso o saber foi transferido para os filhos.

Apesar de ter perdido a batalha judicial pela posse da marca da bebida espirituosa, a família Cristina não se dá por vencida. Os três filhos de David Cristina estão a preparar o lançamento do licor Dom Cristina, que dizem ser em honra do avô Oliveiros Cristina. O formato da garrafa e o rótulo são semelhantes ao original Brandymel, agora fabricado numa unidade em Castelo Branco. O regresso da produção ao Algarve está a ser equacionado "quando existirem condições". Os armazéns que a empresa possui em Portimão não permitem uma produção em moldes modernos.

A empresa tem actualmente uma produção anual de cerca de 130 mil garrafas, dos quais 5% se destinam à exportação para os Estados Unidos da América. "Vendemos para o chamado mercado da saudade, onde há emigrantes – até na Austrália estamos presentes".

A marca foi registada em 1952, por Oliveiros Cristina, com o nome Brandemel, passando a ser comercializada com a marca Brandymel. Passados 48 anos, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial autorizou o registo do nome a favor de um indivíduo que descobriu que, formalmente, tinha caducado o registo há mais de uma dezena de anos embora a bebida continuasse (e ainda permanece) à venda, produzido pela empresa familiar original – Cristinalda.

Em 2002, o novo titular da marca - dois anos depois de ter efectuado o registo -, transaccionou-a para uma sociedade comercial que se dedica ao fabrico e engarrafamento de bebidas alcoólicas e comercialização e armazenamento de álcool etílico não vínico. "A pessoa que obteve o registo nem tentou falar connosco, é estranhíssimo", comentou David Cristina, justificando a caducidade do direito ao uso da marca com uma perda de correspondência após a morte do pai.

Adeus Tia Anica
A aguardente de medronho Tia Anica, fundada em 1962, é outra das marcas com história no Algarve mas já não se produz desde 1977, altura em que faleceu o criador da marca, Artur Marcos Guerreiro. "Com a sua bica, beba tia Anica" foi um dos slogans publicitários utilizados para promover o produto a nível nacional. Artur Mariano, um dos três filhos de Artur da "Cabaça", designação por que também era conhecido o produtor da aguardente, afirmou: "O meu sonho era voltar a engarrafar a Tia Anica, porque ainda tenho a marca registada". No entanto, já existe um licor de café, com a designação Tia Anica de Loulé.

O local onde se produzia a aguardente, o monte da "Cabaça", na freguesia de Salir – Loulé, perdeu o último morador em 1987, altura em que morreu a avó de Artur Mariano, agricultor, residente em Boliqueime. A produção de medronho, na serra do Caldeirão, tem vindo a aumentar, mas o fruto nas zonas mais agrestes não é aproveitado. O encerramento das velhas destilarias familiares - por não conseguiram cumprir a apertada malha legislativa - levou ao abandono da produção de aguardente e das terras do interior. No monte da Cabaça restam as paredes das casas, em ruínas.  

No Oeste usam-se gaiolas de aço para apanhar ladrões de cobre


por Rute CoelhoHoje27 comentários

No Oeste usam-se gaiolas de aço para apanhar ladrões de cobre
Fotografia © Filipe Amorim/Global Imagens
No Ribatejo há estradas rurais onde só se passa de carro, entre as 19.00 e as 7.00, tendo o dístico aprovado pela GNR.
Antes de entrar na ponte de ferro da vila ribatejana da Chamusca, os olhos pousam numa placa: "Atenção. Proibido virar para esta estrada das 19.00 às 7.00, exceto veículos autorizados". Note-se que é de noite e de madrugada que os ladrões de metais (cobre, alumínio e outros), abundantes por estas bandas, atuam. E por causa do pico de assaltos em propriedades agrícolas verificado há dois anos, a GNR criou este projeto pioneiro de controlo de tráfego. Existe, para já, apenas nas estradas municipais do concelho da Golegã, com extensão às da Chamusca, Torres Novas e Alpiarça.
Do outro lado da ponte da vila da Chamusca vamos ao encontro de dois agricultores com "veículos autorizados" a entrar nas estradas vedadas aos intrusos durante a noite. Ambos estão a investir em sistemas engenhosos, como gaiolas de aço e de betão para proteger motores de rega e outros equipamentos procurados pelos ladrões de metais.
José Luís Inverno, 52 anos, e José Rodrigues, 51, agricultores da região, já somaram prejuízos na ordem dos 50 mil euros, cada um, com estes roubos de cobre e alumínio nas suas propriedades. Torneiras de bronze dos motores de rega, fios de cobre dos aspersores e tubos de alumínio têm sido levados às dezenas por estes criminosos, que se aproveitam do bom preço do cobre, de cinco a seis euros o quilo.
Leia mais na edição impressa ou no e-paper do DN.

O rei das laranjas casou-se com a rainha das bananas

José Manuel Rocha 01/11/2014 - 09:34 

Os brasileiros prosseguem o ataque ao universo de marcas icónicas dos Estados Unidos. Esta semana, a Cutrale, uma das maiores produtoras mundiais de sumo de laranja, com vastos laranjais no estado de São Paulo, comprou a maior produtora de banana do planeta, a norte-americana Chiquita.
 
As bananas Chiquita têm um novo dono PAUL J. RICHARDS/AFP 


Foi o negócio da semana. A Cutrale, empresa brasileira que é um dos maiores produtores de laranja do mundo, aliou-se a um banco local (da família Safra) para comprar a norte-americana Chiquita, que todos conhecemos do rótulo das bananas que estão nas prateleiras da quase generalidade dos supermercados portugueses.

O valor do negócio não impressiona — ultrapassa pouco os 1200 milhões de dólares. O que fica para a história é a criação daquele que passará a ser, provavelmente, o maior conglomerado do mundo na área das frutas e o facto de ser mais um tiro brasileiro no porta-aviões das supermarcas dos Estados Unidos. No espaço de poucos anos, investidores do Brasil tomaram conta, entre outras, da cerveja Budweiser, do ketchup Heinz, da cadeia de restauração Burger King e, agora, da Chiquita. Mas há outras companhias brasileiras a meter o pé no acelerador da internacionalização. A Camargo Correa, que comprou a Cimpor, a mais importante multinacional portuguesa, é outro dos exemplos.

Com a economia interna a claudicar e a crise a posicionar-se como a principal dor de cabeça de Dilma Roussef para o segundo mandato que conquistou no domingo passado, a fome dos investidores pelo exterior parece não ter limites. Mas é também a necessidade de ganhar dimensão para actuar em mercados cada vez mais concorrenciais.

No caso da Cutrale, um conglomerado industrial cujas origens remontam ao início do século passado e ao sector do comércio, são também os sinais de algum declínio no consumo de sumos de laranja que leva a empresa a procurar outros domínios que lhe acrescentem oferta e margem de negociação com as grandes cadeias retalhistas.

A história da Cutrale remonta ao início do século passado, quando Giuseppe Cutrale deixou os laranjais da Sicília (Itália) e emigrou para o Brasil. Num quadro de grandes dificuldades, espreitou a oportunidade em São Paulo, onde montou uma banca de venda de laranjas no mercado municipal. Abastecia-se, então, nos subúrbios do Rio de Janeiro, onde as plantações do citrino abundavam. Alguns anos mais tarde, começou a exportar laranjas para a América do Norte e para alguns países europeus, mas a eclosão da II Guerra Mundial acabou por lhe furar os planos e o negócio da família começou a claudicar.

Foi então que um dos filhos de Giuseppe decidiu procurar outros caminhos e percebeu que o futuro passava pela área industrial. Assim nasceu a Sucocítrico Cutrale e a primeira fábrica a transformar a laranja em sumo, para um mercado que começava a ganhar dimensão.

Quem manda hoje na companhia familiar é José Luís Cutrale, que tem tanto de rico como de discreto. Diz-se dele que detém uma das maiores fortunas do Brasil, situando a revista Veja o valor real de activos em cerca de 5000 milhões de dólares. Raramente é visto em cerimónias públicas e a imprensa tem dificuldades em conseguir uma fotografia para ilustrar os seus trabalhos.

É também conhecido por ser um negociador implacável com os produtores de laranja, o que já lhe valeu vários processos, apesar de a companhia dispor de mais de 50 mil hectares de laranjais, especialmente no estado de São Paulo. Foi no meio de uma destas propriedades que Cutrale decidiu criar um condomínio fechado onde, para além da casa dele, a maior e com piscina, estão as moradias dos restantes administradores da Cutrale. Assim, qualquer dia da semana ou qualquer hora do dia é boa para acertar uma estratégia ou para montar um negócio.

O mais recente, a aquisição da norte-americana Chiquita, não foi fácil. A maior produtora de banana do mundo, muitas vezes acusada de manipular governos e de explorar os pequenos agricultores na América Latina dado o seu potencial de compra, foi alvo da cobiça da irlandesa Fyffes, também ela ligada à produção de frutas tropicais e dona de um excepcional know-how na área das saladas pré-lavadas e embaladas.

Mas Cutrale, na posse de indicadores que mostram algum abrandamento na procura de sumos (ele fornece a Coca-Cola e a Nestlé, por exemplo), não deixou fugir a oportunidade. Aliado ao Banco Safra, aumentou a base de oferta pela Chiquita e acabou por ganhar a parada.

Esta manobra não foi a primeira e, muito menos, a única na tendência dos brasileiros para comprarem activos de renome nos Estados Unidos — onde, aliás, os japoneses adquiriram recentemente outro ícone no mercado de consumo, o whisky Jim Beam. A companhia que era dona da cerveja Budweiser, fundada em meados do século XIX na cidade de St. Louis, nas margens do rio Mississipi, foi também alvo do apetite de investidores brasileiros e apesar das ondas de choque que a proposta de compra provocou nos EUA — uma espécie de comoção nacional em torno de uma marca era parte do orgulho nacional — a companhia acabou por mudar de mãos.

Neste caso, foi para a órbita de influência da Inbev, um conglomerado de dimensão mundial que começou com a aquisição, por parte de três investidores brasileiros, da empresa que fabricava a cerveja Brahma. Estabilizado este negócio, os três investidores (Jorge Paulo Lemman, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, todos eles no top-ten dos bilionários do país) avançaram para a compra da sua principal rival interna, responsável pela marca Antárctica.

Através de uma estratégia faseada, liderada por um gestor (Carlos Brito) que é um workaholic conhecido pelo rigor que põe nos negócios, foi criada uma forte base industrial e operacional que permitiu sonhar com outros voos. E, como se costuma dizer no Brasil, quando os três empresários sonham, a obra nasce. A etapa seguinte foi comprar a Inbev, que tinha no seu portfolio de produtos as cervejas Stella Artois e a Boehmia, duas das mais vendidas do mundo.

Ao assumirem uma operação que envolvia muitas dezenas de milhões de dólares, Lemman, Telles e Sicupira geraram uma onda de incrudelidade no mercado e foram muitas as vozes que vaticinaram que o negócio tinha tudo para correr mal, dada a montanha de dívida bancária que foi preciso subscrever.

A resposta veio pouco tempo mais tarde, quando a tripla de investidores se abalançou, e conseguiu, comprar a Anheuser-Busch (AB), dona da icónica Budweiser, que é presença frequente nos filmes de Hollywood e nas séries das dezenas de produtoras norte-americanas. Foram mais 52 mil milhões de dólares de investimento. Surgiu assim a AB Inveb.

Neste negócio, que mobilizou as atenções do mundo, Lemman arriscou até ao limite e pôs em prática algumas das ideias que mantém na mesa de cabeceira. "Tem gente que fala muito, fala bonito, mas que não faz, não acontece. Tem outros que nem falam tanto e fazem de uma maneira diferente, mas que de alguma maneira conseguem chegar lá", costuma defender nas suas raras aparições públicas.

Jorge Paulo Lemman, considerado o principal cérebro e o cofre-forte do trio de empresários, é, como José Luís Cutrale, um homem que cultiva a discrição e que sempre protegeu a família da curiosidade pública. Há uns anos, uma das suas filhas foi raptada, quando era conduzida para a escola. Em estado de choque, Lemman pagou o resgate e mudou o domicílio para a Suíça.

Foi de lá que lançou outro ataque ao porta-aviões yankee. Quando apontou para a compra da Burger King, uma das maiores cadeias mundiais de hambúrgueres e igualmente uma marca que se repete na paisagem portuguesa de consumo.

Aqui, Lemman e os seus pares não avançaram sozinhos. Num modesto escritório em Park Avenue, na zona de Manhattan onde os grandes grupos financeiros têm enormes instalações decoradas com Monets, Kandinskis e Picassos, equipas de assessores dos investidores brasileiros acertaram os detalhes da compra com estrategos do multimilionário Warren Buffett.

Recentemente, a Burger King anunciou a intenção de adquirir a canadiana Tim Hortons, que gere uma cadeia de cafés e bolos. O objectivo era transferir a sede da cadeia para norte, por razões de eficiência fiscal. As recentes medidas anunciadas pela administração Obama para dificultar estes movimentos poderão tornar a aquisição menos apetitosa.

Pouco depois, a mesma dupla avançou para a compra da Heinz, conhecida por ser uma das maiores produtoras mundiais de ketchup e outros produtos derivados de tomate, sopas, feijões e massas, produtos para bebés e muitos outros. A companhia foi fundada em 1869, no estado da Pensilvânia e, à data da venda, era controlada por Teresa Heinz, mulher do antigo herdeiro e presidente, que entretanto tinha falecido. Teresa é, actualmente, a esposa do secretário de Estado John Kerry.

Os Estados Unidos têm sido um dos principais alvos para as investidas financeiras dos brasileiros. Mas não só. Com um sistema bancário que não cessa de apoiar as jogadas, mesmo de risco, dos promotores locais, as oportunidades podem ser aproveitadas nos quatro cantos do mundo. Portugal não é excepção. E o sector dos cimentos foi um dos eleitos. Quando a santa aliança Teixeira Duarte

BCP começou a perder fulgor e o centro de decisão nacional na cimenteira entrou em declínio, o apetite brasileiro despertou e chegou a haver dois grupos (Camargo Correa e Votorantin)  interessados na empresa, que era e é a mais importante multinacional de raiz portuguesa.

Após um complexo processo de ofertas e contra-ofertas, a Camargo acabou por assumir o controlo de Cimpor, assegurando um crescimento orgânico assente no facto de a cimenteira possuir unidades de fabrico em três continentes — Portugal, Egipto, Moçambique, África do Sul, Angola, Cabo Verde, Brasil, Paraguai, México e Argentina.

Há muito que a Camargo sonhava com a empresa portuguesa, como reconheceu um dos seus gestores. No dia em que o negócio ficou concluído, José Édison Barros (líder da Intercement, a sociedade através da qual a Camargo formalizou a compra) revelou que "este controlo era parte determinante da estratégia definida pela companhia". E acrescentou que o ambiente económico em Portugal (2012) ajudou ao desfecho favorável "porque alguns accionistas precisavam de vender as suas participações". Para Portugal, foi mais um chamado centro de decisão nacional que se perdeu. 

SEPNA vence prémio Quercus 2014

Sociedade

     
SOL SOL | 31/10/2014 16:41:37 164 Visitas   
O SEPNA foi criado a 15 de Janeiro de 2001
Raquel Wise
SEPNA vence prémio Quercus 2014
O Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR é o vencedor do Prémio Quercus este ano. "Na comemoração dos seus 29 anos, a Quercus decidiu atribuir o Prémio Quercus 2014 ao SEPNA pelo trabalho meritório que tem realizado na área do ambiente e à defesa exemplar das múltiplas causas ambientais em que se tem envolvido", explica a associação ambientalista em comunicado.

O galardão será entregue hoje no restaurante Jardim dos Sentidos, em Lisboa, durante o jantar que assinala o 29º aniversário da Quercus, e onde estará presente o Secretário de Estado da Administração Interna, João Pinho de Almeida. 

O SEPNA foi criado a 15 de Janeiro de 2001, através de um protocolo interministerial entre o Ministério da Administração Interna e o Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território. 

Em 2006, foi reconhecido como polícia ambiental, competente para vigiar, fiscalizar, noticiar e investigar todas as infracções à legislação que visa proteger a Natureza, o ambiente e o património natural, em todo o território nacional. Tem como competências genéricas zelar pelo cumprimento da legislação referente às áreas da conservação e protecção da Natureza e do ambiente, dos recursos hídricos, dos solos, da caça, da pesca, da floresta, do montado, do património natural, do ordenamento do território e de âmbito sanitário e de protecção animal. 

Este é o 11.º ano em que o prémio Quercus, que distingue entidades, empresas ou cidadãos que se evidenciem na defesa do ambiente e na promoção do desenvolvimento sustentável, é atribuído. Em 2013, a ONG distinguiu o antigo presidente da Liga para a Protecção da Natureza Eugénio Sequeira, pela sua longa carreira como "professor e investigador, onde se destaca o trabalho no combate à desertificação e na gestão responsável da floresta e, no ano anterior, em ex-aequo, ao professor Raimundo Quintal pelos seus artigos nas áreas da ecologia, biogeografia e educação ambiental e por uma "intervenção cívica em prol das questões ambientais" e a à Herdade do Freixo do Meio, pelo "desenvolvimento centrado no desempenho de funções sociais de forma compatível com o funcionamento do nosso planeta", explicam os ambientalistas em comunicado. 

Começa hoje e termina domingo o evento que permite aos pequenos produtores

apresentarem os seus vinhos aos hotéis e restaurantes, mas há cada vez mais turistas a aproveitar a ocasião
Mercado de vinhos atrai mais turistas ao Campo Pequeno

Oportunidade para provar e comprar
Direitos reservados
31/10/2014 | 11:32 |  Dinheiro Vivo

Mais de uma centena de produtores nacionais de vinhos, na sua maioria da região Norte, participam, entre hoje e domingo, na terceira edição do Mercado de Vinhos, no Campo Pequeno, em Lisboa. Ali, responsáveis de compras de hotéis, restaurantes, cafés e de estabelecimentos grossistas, como a Recheio ou a Makro, poderão provar os vinhos e fazer aquisições. Mas também há cada vez mais turistas que, seduzidos pelas provas e pela variedade, visitam o mercado.
Entre hoje e domingo, no horário das 11,30 horas às 21,30 horas, os visitantes poderão conhecer onze produtores do Alentejo, 25 do Douro, 13 do Dão, cinco do Tejo, três da Bairrada, sete da Península de Setúbal, onze de Lisboa, quatro de Vinho Verde, dois das Beiras e um do Algarve.
Evento nascido com a intenção de mostrar aos compradores o que de melhor se produz no país, o certame acabou por transformar-se numa verdadeira festa do vinho e dos petiscos gourmet: este ano, além da presença dos gelados Santini, com três sabores dedicados ao vinho (Douro, Pão-de-ló com vinho de Carcavelos e Sorbet com Alambre Moscatel de Setúbal), estará presente o chocolatier Marcio Ricci e as suas iguarias feitas e pintadas à mão, com motivos e sabores ilustrativos das uvas ao vinho verde, bem como produtores nacionais de presuntos e enchidos de porco preto (Soledo, de Mértola) ou bombons de bolota, a inovação de um agricultor biológico alentejano, Joaquim Arnaud. Ao todo, são 20 expositores de produtos gourmet.
"O principal objetivo deste projecto é contribuir para a divulgação, estímulo e
sustentabilidade das produções tradicionais que, pela sua reduzida dimensão, têm maior dificuldade em penetrar no circuito comercial das grandes redes de
distribuição. Muitos destes vinhos são produzidos com admirável persistência,paixão, engenho e criatividade, representando verdadeiros exemplos de empreendedorismo", explica Filipe Frazão, responsável pela organização do evento.
A pensar nos turistas, também, este ano o mercado inclui a "Taberna do Mercado", um espaço onde poderá ser feita a degustação de vinhos e petiscos ao som de fado e de música tradicional portuguesa. Para todos, há também workshops de degustação com escanção, de abertura a fogo de garrafas, de como combinar comida e vinhos e de dicas rápidas para descobrir o vinho.
O bilhete de entrada custa 3euro, sendo que 2euro são reversíveis em compras de valor igual ou superior a 8euro.

Monção e Melgaço querem ser Cidade Europeia do Vinho 2015


Lusa
31 Out, 2014, 06:35

As câmaras municipais de Monção e de Melgaço, no Alto Minho, uniram-se em torno do vinho alvarinho e avançaram com uma candidatura conjunta ao título Cidade Europeia do Vinho de 2015
"Pretendemos reforçar a aposta na promoção deste produto endógeno, o conceito de qualidade de vida e desenvolvimento económico, social e cultural de forma sustentável, como pilares de futuro para a região", explicam os presidentes das duas autarquias, Augusto Domingues e Manoel Baptista, respetivamente.

O título Cidade do Europeia do Vinho é atribuído pela Rede Europeia de Cidades do Vinho (RECEVIN), uma organização com sede em Barcelona, Espanha, que reúne cidades europeias com fortes ligações ao vinho e viticultores.

A candidatura vencedora da edição 2015 será conhecida dia 24 de novembro, em Jerez de la Frontera, cidade do sul de Espanha a que foi atribuído o título deste ano.

Monção e Melgaço deixaram para trás velhas rivalidades e decidiram "fazer todos os esforços" com o objetivo de vencer esse título, disse à agência Lusa, Augusto Domingues. Pretendem assim o seguir o exemplo de Palmela, que foi designada Cidade Europeia do Vinho 2012.

O autarca acrescentou que "seria importantíssimo" alcançar o galardão para a região, "para promover a excelência" de um território "lindíssimo, com gente simpática" e múltiplas mais-valias como são "a gastronomia, a paisagem e sobretudo o vinho".

Augusto Domingues referiu que a atividade vitícola em Monção e em Melgaço, que são casa-mãe da casta alvarinho, gera uma receita aproximada de "25 milhões de euros", sendo crucial para a economia local.

A região tem "mais de 60 empresas produtoras" de vinho alvarinho, "mais de dois mil produtores-engarrafadores" e produz "mais de quatro milhões de litros", destacou também.

Manoel Baptista, por seu lado, considerou que esta candidatura, apoiada, nomeadamente pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Região do Norte (CCDRN), permitiu "pensar em estratégias para o futuro para a sub-região, no seu todo, alicerçando-a no vinho alvarinho".

A obtenção do título Cidade Europeia do Vinho 2015 "será claramente decisivo para a sub-região e para os dois concelhos", sustentou ainda o autarca de Melgaço.

"Será à forma de nós promovermos e afirmarmos o nosso território naquilo que ele tem de qualidades, como a paisagem, a gastronomia ou o património construído", continuou Manoel Baptista.

O autarca disse que o título seria "importantíssimo para afirmar mais ainda" os vinhos locais, que têm sido "premiados em todo o mundo" e que são "o fator económico mais relevante para os dois municípios".

Os dois autarcas falavam no âmbito de uma visita organizada hoje à sub-região vitícola de Monção e Melgaço para dar a conhecer à comunicação social a candidatura e os seus grandes objetivos. A visita começou pelo Palácio da Brejoeira e passou ainda pela Quinta da Pedra e pela Quinta de Soalheiro, todos produtores de vinho alvarinho.

A iniciativa surge num momento em que se mantém a polémica sobre o eventual alargamento da denominação de origem Alvarinho a toda a região dos Vinhos Verdes, qual se opõe a generalidade dos produtores de Monção e Melgaço.

Portugal tem mais duas candidaturas ao título Cidade Europeia do Vinho 2015: Cantanhede, em conjunto com Anadia, Mealhada, Águeda e Oliveira do Bairro, e Reguengos de Monsaraz, no Alentejo.

A candidatura de Monção e de Melgaço tem quatro embaixadores: o arquiteto Siza Vieira, a artista plástica Joana Vasconcelos, o maestro Rui Massena e o `chef` Vítor Matos.

Produção de azeite pode cair até 30%: a culpa é da mosca-da-azeitona


POR: ONDA LIVRE · 01/11/2014 · 

azeitona
A mosca-da-azeitona vai reduzir entre 20% e 30% a produção de azeite em Trás-os-Montes. Um verão ameno e um inverno pouco frio favoreceram a praga.

José Alberto Pereira, investigador do Instituto Politécnico de Bragança, explica porque é que os olivicultores estão este ano confrontados com um ataque tão grande de mosca-da-azeitona, que é considerada a maior praga do olival em todo o mundo.

Como se não bastasse, a ação das larvas na azeitona cria condições para o aparecimento da gafa, um fungo que não era nada habitual na região e que também compromete a qualidade do azeite, salienta José Alberto Pereira.

A próxima semana deve trazer tempo mais fresco, mas os ataques não vão parar de um momento para o outro. Colher mais cedo é a solução para atenuar problema.

sábado, 1 de novembro de 2014

As novas metas para a energia em 2030

Outubro 30
13:43
2014

Os estados membros da União Europeia têm de trabalhar afincadamente, para poderem cumprir as metas das energias renováveis a que se propuseram num horizonte 2030.

A European Environment Agency anunciou que o conjunto total das emissões gasosas foi reduzido 1,8% em 2013, face a 2012, por isso prevê que é possível atingir a primeira meta, que é de uma redução de 20% em 2020, face a 1990.

Apesar de em 2013 se ter registado esta descida, alguns cépticos afirmam que isso só foi obtido devido à crise económica, que desacelerou a indústria e não devido a medidas efectivas de controlo de produção.

No entanto, a Alemanha, por exemplo, aumentou 1,2% as emissões gasosas, devido ao maior uso de combustíveis fósseis para aquecimento. A Dinamarca também tem vindo a aumentar as emissões a uma média de 3,1% ao ano, devido ao maior uso do carvão como fonte de energia.

Para que os objectivos de 2030 sejam obtidos, ou seja, uma redução de 40% das emissões gasosas, tem de haver um aumento de 27% na utilização de energias renováveis e uma poupança de energia no seu total do mesmo nível.

Apesar de não ser mencionado especificamente o sector agropecuário, este vai ter que desempenhar um papel muito importante na obtenção desta meta.