terça-feira, 17 de Maio de 2011 | 11:15
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Portugal registou um decréscimo de 27% no número de explorações
agrícolas no período compreendido entre 1999 e 2009, segundo dados
definitivos do «Recenseamento Agrícola 2009» publicados esta
terça-feira pelo INE.
Em 2009 foram recenseadas 305 mil explorações agrícolas, menos 111 mil
do que em 1999, o que significa que «em dez anos uma em cada quatro
explorações cessou a sua actividade», segundo o Instituto Nacional de
Estatística (INE). Em termos da distribuição territorial, os maiores
decréscimos - em número de explorações desaparecidas – verificaram-se
em Lisboa, Região Centro, Algarve e Açores, com quedas entre 30 e 38%.
A análise da evolução do número de explorações por classes de dimensão
da Superfície Agrícola Utilizada (SAU), revela que o desaparecimento
das pequenas explorações com menos de 1 hectare de SAU atingiu os 41%,
baixando para os 24% nas unidades produtivas entre 1 a 5 hectares de
SAU. Em contrapartida, «o número de explorações com mais de 100
hectares de SAU registou um aumento na ordem de 6%», nota a fonte.
O desaparecimento significativo das pequenas explorações, explicado em
parte pela absorção das respectivas superfícies pelas explorações de
maior dimensão, traduziu-se assim num aumento da SAU média por
exploração em mais de 2,5 hectares, passando de 9,3 hectares em 1999
para cerca de 12 hectares.
Ainda, de acordo com o relatório do INE, a dimensão média das
explorações apresenta uma grande variabilidade regional, ultrapassando
os 51 hectares de SAU no Alentejo, cerca de quatro vezes superior à
média nacional. Por oposição no Norte e Centro as explorações não
ultrapassam em média os seis hectares de SAU e na Região Autónoma da
Madeira atinge o valor mínimo de 0,4 hectares.
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=2&id_news=158720&page=0
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