Matérias-primas
Margarida Vaqueiro Lopes
18/05/11 16:20
O mau tempo está a provocar estragos significativos nas colheitas de
café, trigo e milho, um pouco por todo o mundo.
O tempo seco no Reino Unido, em França e na Alemanha está a
condicionar as colheitas de trigo naqueles que são os principais
produtores de cereais do 'Velho Continente'. Segundo os dados
compilados pela Bloomberg, os países estão a atravessar a pior seca
dos últimos 35 anos.
Em França, as previsões apontam para uma quebra na produção de trigo
de cerca de 12%, o que já contribuiu para que os preços do cereal
disparassem 2,8% durante a sessão de hoje, em Paris. As colheitas mais
reduzidas do que o previsto deverão continuar a fazer subir o preço
desta matéria-prima, que nos últimos doze meses já valorizou 57%.
Os contratos de trigo para entrega em Julho apreciavam 4,38% para
cotar nos 7,98 dólares o alqueire.
No mesmo sentido, o preço do milho sobe pela quinta sessão
consecutiva, em Chicago, naquele que é o maior ciclo de ganhos desde
Dezembro. Os preços deste cereal estão também a ser motivados pelo mau
tempo, com as colheitas sequiosas de alguma chuva que alivie o período
de seca prolongada.
O milho valorizava 3,54%, e negociava nesta altura nos 7,47 dólares o
alqueire, considerando os contratos do cereal a dois meses.
Nota ainda para a valorização do café, com os lotes de café arábica a
acelerar 3,3% para negociar nos 2,7265 dólares a libra-peso, enquanto
os lotes de café robusta subiam 1,6% para 2.531 dólares a tonelada
métrica, em Londres.
Neste caso, a chuva em alguns países produtores da América do Sul, tem
sido a principal responsável pela quebra nas colheitas, com os
produtores a acreditar que o tempo chuvoso ainda vai durar o que deve
ter um impacto significativamente negativo na produção de café deste
ano.
O Vietname, um dos principais produtores desta matéria-prima, tem
tentado suprir a procura, mas as reservas limitadas prometem continuar
a incentivar a alta do preço do café.
http://economico.sapo.pt/noticias/precos-dos-cereais-e-do-cafe-disparam-nos-mercados_118394.html
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