sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dona do queijo Limiano estuda exportar para PALOP e Europa

Multinacional
Dírcia Lopes
04/08/11 12:16
As marcas do grupo Bel são líderes do mercado português de queijos.
O grupo Bel, multinacional francesa que detém em Portugal o queijo
Limiano e Terra Nostra, está a realizar estudos preliminares para
avançar com a exportação de produtos para os Países Africanos de
Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Europa.
A directora-geral da Bel Portugal, Ana Cláudia Sá, revela ao Diário
Económico que a empresa está "a fazer alguns estudos na área da
exportação". "Ainda estamos numa fase exploratória, focada nos países
de língua portuguesa e alguns países da Europa." Sobre quais os
produtos alvo da exportação, a mesma responsável prefere não
especificar por ainda se tratarem de estudos preliminares.

De acordo com a directora-geral da Bel Portugal - que detém o também
conhecido queijo "A Vaca que ri" -, as marcas Limiano e Terra Nostra
lideram no segmento de queijo flamengo (o mais consumido com uma quota
de 42%) em Portugal. Cada uma tem 16% deste mercado. Já na categoria
de queijo fundido (que corresponde a 4% do mercado), Ana Cláudia Sá
afirma que "a marca líder é a Vaca que ri, a marca ícone do grupo Bel,
com 26% de quota de mercado".
O grupo de origem francesa tem três fábricas nos País - Vale de
Cambra, Ribeira Grande e Covoada (Açores) - que são responsáveis pela
produção de 20 mil toneladas por ano distribuídas por queijo, leite
UHT e manteiga.
A aposta na inovação é um dos pilares estratégicos da Bel Portugal,
sendo que as marcas produzidas em território nacional são 100%
desenvolvidas no País. Neste âmbito, a empresa lançou no ano passado
as fatias "Terra Nostra 'gourmet'" e este ano já está no mercado desde
Abril o 'Limiano Amanteigado'. "Todos estes projectos foram
desenvolvidos, desde a ideia à produção, pelas equipas locais",
garante a gestora. A empresa tem outros projectos em curso, mas não
divulga.
Sobre a actual conjuntura económica nacional, Ana Cláudia Sá sublinha
que "em contextos económicos difíceis o consumidor privilegia as
marcas nacionais e, nesse contexto, as nossas marcas estarão
certamente em casa do consumidor, para continuarmos a proteger os 600
postos de trabalho em Portugal". A directora-geral da Bel Portugal
lembra que, este ano, a principal dificuldade "tem sido o impacto do
aumento dos custos, nomeadamente da principal matéria-prima: o leite".
O ano passado foi considerado bom para a Bel, que aumentou a
facturação para 109 milhões de euros apesar das dificuldades trazidas
pelo agravamento da conjuntura económica nacional.
A expectativa da empresa para 2011 é manter o crescimento, suportado
"na força e propostas de valor das nossas marcas", conclui Ana Cláudia
Sá.
http://economico.sapo.pt/noticias/dona-do-queijo-limiano-estuda-exportar-para-palop-e-europa_124043.html

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