sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Pânico chega ao mercado das matérias-primas

Crise
Margarida Vaqueiro Lopes
05/08/11 13:54

Os receios em torno da crise mundial já 'apagaram' os ganhos
conseguidos pelas 'commodities' desde o início do ano.
O índice norte-americano que acompanha 24 matérias-primas escorrega
pelo oitavo dia consecutivo, a viver o maior ciclo de perdas desde
Dezembro de 2008. Com este desempenho o Standard&Poor's GSCI Spot
Index já perdeu a valorização que tinha garantido desde o início do
ano. O índice deverá registar perdas semanais na ordem dos 6,6%,
segundo os dados compilados pela Bloomberg, o pior desempenho desde
Maio.

O zinco está a liderar as perdas, com desvalorizações superiores a 4%,
enquanto o petróleo continua também a deslizar nos mercados
internacionais, a caminho da terceira maior semana de perdas dos
últimos três meses. A pressionar as 'commodities' estão os receios em
torno da actual crise de dívida e da consequente redução da procura
por matérias-primas. "Os mercados estão nervosos, as pessoas estão a
entrar em pânico", justificou à Bloomberg Jonathan Barrat, da
Commodity Broking Services.
Também os cereais contribuem para este desempenho negativo do índice,
com o trigo a resvalar pelo terceiro dia, para negociar nos 7,145
dólares o alqueire (-1,5%) acompanhado pelo milho e pela soja, que
perdem 1,8% e 1,2%, respectivamente.
Ouro reafirma-se como 'activo de refúgio'
Tradicionalmente considerado um activo de refúgio, o desempenho do
metal amarelo nos mercados mostra exactamente isso: o ouro continua a
bater recordes consecutivos, estando a escalar para os 1.664,77
dólares, depois de ontem ter reforçado novos máximos, ao atingir os
1.681,72 dólares a onça. Os investidores preferem a segurança do metal
precioso ao invés de arriscarem nos mercados accionistas ou de
matérias-primas, numa altura e que as principais praças mundiais vivem
um verdadeiro 'sell-off'.
Na sessão de ontem os índices norte-americanos fecharam com perdas
superiores a 4%, e já durante o dia de hoje as principais praças
europeias arrancaram com perdas entre os 3% e os 4%.
http://economico.sapo.pt/noticias/panico-chega-as-materiasprimas_124127.html

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