Mercados: Espanha, França e Itália pedem à CE um plano de emergência para o sector dos pêssegos e nectarinas

Numa nota divulgada ontem o Ministério do Meio Ambiente e Meio Rural e
Marinho de Espanha (MARM) dá conhecimento público de ter enviado uma
carta à Comissão Europeia, apelando para um plano de emergência,
limitado no tempo, para dar resposta adequada à situação que atravessa
o sector dos pêssegos e nectarinas.
Este pedido foi enviado a Bruxelas depois de uma reunião realizada
esta semana em Madrid, entre o MARM e representantes dos ministérios
da agricultura de França e Itália, juntamente com os sectores dos três
países.

Nesta reunião foi acordado que as três administrações agrícolas, de
forma conjunta, iam solicitar à Comissão as medidas que consideram
adequadas para normalizar o sector face à perturbação do mercado que
está a afectar negativamente as explorações destes países.
Neste sentido, foi pedido que a ajuda para a retirada de pêssegos e
nectarinas aumente para 0,30 euros por quilo e que o mecanismo de
retirada esteja aberto às organizações de produtores e aos
agricultores individuais.
Espanha, França e Itália também pedem que esta medida seja aplicada
com efeitos retroactivos a 19 de Julho e que dure até ao final da
campanha. Consideram fundamental a necessidade de adoptar um orçamento
especial da UE para este fim.
Finalmente, os três países esperam que as medidas de apoio ao sector
dos pêssegos e nectarinas sejam anunciadas especificamente no Comité
de Gestão que terá lugar hoje, para que possam ser aplicadas
imediatamente pelos sectores afectados.
Na carta, Espanha, França e Itália apreciam a revisão das ajudas de
retirada solicitada por estes Estados-Membros, e comprometida pelo
Comissário da Agricultura, Dacian Ciolos, no Conselho de Ministros da
Agricultura da UE do passado dia 19, embora receiem que seja
insuficiente no contexto actual.
Por esta razão, na carta são concretizadas as propostas que
permitiriam aos sectores implementar medidas complementares de
retirada a um preço mais elevado do que o actual, diminuindo
significativamente a oferta e destinando produto para distribuição
gratuita e biodegradação. Neste sentido, o MARM está a considerar a
possibilidade de aumentar a quantidade a conceder aos beneficiários da
distribuição gratuita.
Fonte: MARM
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2011/07/28.htm