sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Florestas artificiais: uma possibilidade de adaptação ambiental

Criação de florestas artificiais que absorvam dióxido de carbono é uma
possibilidade que pode estar cada vez mais próxima.
Ana C. Oliveira (www.expresso.pt)
9:00 Sexta feira, 26 de agosto de 2011
De acordo com o estudo, as árvores artificiais têm a capacidade de
absorver cerca de mil vezes mais CO2 que as árvores comuns
www.imeche.org

O Instituto de Engenheiros Mecânicos do Reino Unido divulgou esta
semana as primeiras imagens nas quais se pode ver qual o possível
aspeto das florestas artificiais. Este é um projeto desenvolvido pelo
instituto para reduzir o impacto ambiental através da utilização da
geo-engenharia.
As florestas compostas por árvores artificiais, que absorvem o dióxido
de carbono (CO2), são apenas uma das propostas do programa "Arrefecer
o Planeta", desenvolvido pelo Instituto de Engenheiros Mecânicos.
Edifícios refletores para reduzir a radiação solar absorvida pelo
planeta é outra das propostas do programa, assim como edifícios
revestidos por algas, organismos que transformam CO2 em oxigénio
através do processo de fotossíntese. As algas seriam recolhidas
periodicamente e transformadas em biocombustíveis.
Como funcionam as árvores artificiais?
Comparativamente com as árvores comuns, as árvores artificiais têm a
capacidade de absorver cerca de mil vezes mais CO2 da atmosfera,
refere o relatório publicado pelo instituto.
Klaus Lackner, professor na Universidade de Columbia e responsável
pelo estudo, estima que uma árvore com a dimensão de um contentor
marítimo, a funcionar 24h por dia, possa capturar cerca de uma
tonelada de CO2 por dia.
O CO2 seria capturado através de um filtro e posteriormente removido
através de vapor de água, sendo então armazenado pelo processo
convencional de armazenamento de carbono, refere o relatório.
Cada árvore custará 20 mil dólares (cerca de 14 mil euros).
Programa "Arrefecer o Planeta" aposta na adaptação
O objetivo do Instituto de Engenheiros Mecânicos do Reino Unido passa
essencialmente por adaptar o planeta, através da geo-engenharia, às
mudanças climatéricas provocadas pela emissão de gases para a
atmosfera e pelo aquecimento global.
"Duas décadas de tentativas falhadas para diminuir os impactos
ambientais deveriam ser uma chamada de atenção" refere o relatório do
estudo, onde se acrescenta que os governos estão ainda muito focados
em reduzir as emissões de CO2, quando deveriam estar já a pensar em
soluções de adaptação ambiental.
O programa "Arrefecer o Planeta", proposto pelo instituto, centra-se
assim na questão da adaptação às mudanças que já ocorreram e na
prevenção de mudanças futuras, através de medidas como a implementação
das florestas artificiais para a absorção de CO2 da atmosfera.
http://aeiou.expresso.pt/florestas-artificiais-uma-possibilidade-de-adaptacao-ambiental=f669897#ixzz1WA3aOcAn

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