Afonso de Paulo considerou que dificilmente será alcançado um acordo
Por: tvi24 | 6- 12- 2011 22: 4
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Conferência da ONU sobre clima arranca hoje
O secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território disse
esta terça-feira em Durban que dificilmente será alcançado um acordo
global na cimeira mundial sobre alterações climáticas.
Citado pela Lusa, Pedro Afonso de Paulo disse que já seria bom que os
negociadores chegassem a acordo sobre um roteiro para um futuro
compromisso.
Este pessimismo do secretário de Estado português, partilhado por
muitos delegados e ambientalistas presentes na Conferência das Partes
(COP17) de Durban dedicada às alterações climáticas, revela a grande
complexidade em torno das questões do ambiente e a multiplicidade de
interesses, muitas vezes antagónicos, de nações desenvolvidas e em
desenvolvimento, que ameaçam uma rotura total das negociações de alto
nível que decorrem até sexta-feira.
Questionado sobre se a reunião de Durban será capaz de manter vivo o
Protocolo de Quioto para além de Dezembro de 2012, Pedro Afonso de
Paulo afirmou que o mais importante neste momento é aproximar os
países em torno da necessidade urgente de se chegar a um acordo global
e sobre as múltiplas questões técnicas em debate do que propriamente
fechar um acordo neste encontro.
«Quando falamos de emissões falamos de muitas questões técnicas, por
exemplo como fazemos um inventário, como o medimos, como é
certificado, e todas estas questões que para o público em geral às
vezes são difíceis, são questões muito técnicas e em que cada palavra
tenha o mesmo significado, não é possível que cada país tenha o seu
entendimento desse significado», salientou.
Para Pedro Afonso de Paulo, o COP17 poderá, previsivelmente, dar
origem a «um entendimento em torno de um caminho crítico (ou roteiro),
de acções intermédias e de uma data em que os Estados se comprometam a
por em acção esse compromisso global».
Portugal, em sintonia com a União Europeia, defende em Durban uma
posição política para um acordo climático que seja vinculativo nos
próximos anos, refere o governante português, mas salvaguarda que nem
Lisboa nem Bruxelas desejam apenas uma «versão europeia».
«É importante que seja um compromisso global e é isso que estamos a
tentar atingir. Existem vários caminhos - e é isso que temos estado a
debater - e seria óptimo que se atingisse nesta COP um compromisso
escrito, embora isso seja muito difícil», concluiu Pedro Afonso de
Paulo.
Esta tarde, acompanhado do deputado António Leitão Amaro, do
embaixador de Portugal na África do Sul, João Ramos Pinto, e do cônsul
honorário de Portugal em Durban, Elias de Sousa, o secretário de
Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território falou sobre questões
ambientais e sobre a conferência COP17 com alunos e professores de
Português residentes em Durban nas instalações do consulado de
Portugal.
«Este contacto é a nossa forma de partilhar convosco, comunidade, e em
particular com os jovens, o que estamos aqui a fazer em Durban, uma
vez que os grandes desafios para as próximas décadas são quase todos
ambientais», disse Pedro Afonso de Paulo, dissecando alguns desses
desafios que se prendem com o estado do planeta e as suas repercussões
na qualidade de vida das futuras gerações.
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/ambiente-durban-tvi24-clima/1305940-4071.html
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