segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

FAO, FIDA e PMA chegam a 22 milhões de pessoas através de investimentos da UE na agricultura

05-12-2011

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, o
Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola e o Programa Mundial
de Alimentos apoiou, em apenas dois anos, 22 milhões de pessoas entre
as mais afectadas pela crise mundial dos preços alimentares.
O financiamento através do Mecanismo alimentar da União Europeia
(EUFF, sigla em inglês), é uma evidência tangível de que os
investimentos na agricultura e nutrição melhoram a segurança alimentar
mundial, segundo os três organismos da Organização das Nações Unidas
(ONU)

O efeito dos preços altos dos alimentos em 2007-2088 em conjunto com a
crise financeira e económica mundial, levaram milhões de pessoas para
um cenário de fome e pobreza, Em finais de 2008, quando o número de
pessoas desnutridas aproximava-se dos mil milhões, a União Europeia
(UE) lançou este mecanismo, com um orçamento de mil milhões de euros
(ME).
Estabelecido mediante uma estreita colaboração com o Grupo de Alto
Nível de especialistas da ONU para a crise mundial da segurança
alimentar, o Mecanismo canalizou cerca de 368 ME através da
Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO);
Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa
Mundial de Alimentos (PMA) para fechar a lacuna existente entre as
necessidades a curto prazo e o desenvolvimento a longo prazo,
impulsionando a produção e produtividade nos países mais afectados
pela crise.
Com o fornecimento de sementes e fertilizantes de qualidade, a
melhoria e construção de infra-estruturas e redução do impacto dos
fenómenos naturais, os três organismos ajudaram a melhorar a segurança
alimentar e a nutrição de mais de 22 milhões de pessoas em 35 países
de África, Ásia e América Latina.
Ao vincular os agricultores com os mercados e os serviços financeiros,
facilitar práticas agrícolas sustentáveis, rentáveis e a criação de
novas fontes de rendimentos, os efeitos do Mecanismo Alimentar vão
influenciar o futuro.
Para a FAO, o financiamento de 232 ME do mesmo representou a maior
doação individual procedente da UE, permitindo à organização levar a
cabo 31 operações em 28 países, alcançando cerca de 15 milhões de
pessoas em áreas rurais de África, Ásia e América Latina.«Com o
estabelecimento do Mecanismo, a UE enviou uma mensagem clara tanto aos
países desenvolvidos como em desenvolvimento, de que chegou a hora de
unir forças para colocar o sector agrícola, que já sofreu décadas de
escassos investimentos, de novo no lugar certo em relação ao combate
contra a forme e a pobreza», assegurou o director-geral da FAO,
Jacques Diouf.
Ore seu lado, o vice-presidente da FIDA, Kevin Cleaver, indicou que o
Mecanismo foi importante para responder á volatilidade dos preços dos
alimentos e crise económica», sublinhando que «com os parceiros
regionais», têm apoiado os pequenos agricultores, fortalecendo o seu
acesso aos serviços financeiros e mercados nacionais e locais.
Entre 2009 e 2011, cerca de cinco milhões de pessoas em 10 países
melhoraram a sua segurança alimentar graças aos programas
implementados pelo PMA e seus parceiros, com o apoio de perto de 84 ME
dirigidos ao mesmo.
O subdirector executivo do PMA, Amir Abdulla, declarou que o «programa
alimentar já supôs um enorme êxito. Prova que vincular a ajuda, a
reabilitação e o desenvolvimento pode ter um impacto concreto na
segurança alimentar das pessoas», acrescentando que estão preparados
para continuar «o trabalho com a UE em actividades sustentáveis a
longo prazo para ajudar os agricultores mais pobres a comercializar os
seus produtos e melhorar a situação nutricional das suas famílias».
As estimativas apontam que os preços dos alimentos permaneçam altos e
voláteis nos próximos anos, pelo que é essencial manter o impulso
criado pelo Mecanismo para promover a agricultura como ma forma mais
eficaz para reduzir a fome e a pobreza a nível mundial.
As lições tiradas da iniciativa valorizam a importância de centrar-se
nos agricultores marginalizados com um elevado potencial de produção,
combinando a distribuição de factores agrícolas com os serviços de
extensão, criando capacidade para que estes e suas comunidades,
reabilitando as infra-estruturas rurais e envolvendo todos os actores
da cadeia de valor na produção local.
Por último, a FAO assinala que é crucial aproveitar estas lições e
ampliar os esforços para permitir às pessoas mais vulneráveis do mundo
resistir a crises futuras e produzir os alimentos que necessitam para
manter vidas activas e saudáveis.
Fonte: Agrodigital
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia42591.aspx

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