quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Autarcas do PSD e do CDS nomeados para a Águas de Portugal

Ministério de Assunção Cristas confirma
10.01.2012 - 21:01 Por Ricardo Garcia, João d´Espiney
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Manuel Frexes, presidente da Câmara do Fundão, é um dos nomes
escolhidos para a AdP (Manuel Roberto)
O presidente da autarquia do Fundão, Manuel Frexes (PSD), e o
vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, Álvaro Castello-Branco
(CDS-PP), foram designados para a administração da Águas de Portugal,
confirmou ao PÚBLICO o gabinete de imprensa do Ministério da
Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território
(MAMAOT).

O gabinete de imprensa não teceu qualquer comentário ao facto de as
nomeações poderem ser encaradas como políticas, preferindo destacar
que Manuel Frexes "tem experiência governativa" e "trará a
sensibilidade das autarquias, nomeadamente as do interior (com dívidas
acumuladas à AdP)". Até ao final do primeiro semestre de 2011, o
município do Fundão devia 8,3 milhões de euros à AdP, segundo dados da
empresa.
Manuel Frexes confirmou à Lusa ter aceite o convite e disse que
aguarda a formalização do processo "na próxima assembleia-geral da
AdP, que ainda não tem data marcada".
Em relação a Álvaro Castello-Branco, que já era presidente da empresa
municipal Águas do Porto, o gabinete da ministra defende que "trará a
visão de um grande município do litoral". "Os dois autarcas vão dar um
forte contributo no novo ciclo que agora se inicia, na medida em que o
relacionamento com os municípios será determinante para o bom sucesso
da reestruturação" do sector das águas. O Governo pretende fazer uma
reorganização de todo o sector, abrindo espaço a mais concessões a
privados, na esperança de captar recursos para os investimentos
necessários.
Além dos dois autarcas e de Afonso Lobato Faria, que substitui Pedro
Serra na presidência da empresa, o ministério anunciou ainda a
nomeação de Manuel Fernandes Thomaz para a administração, actual
presidente executivo da Águas da Região de Aveiro. Manuel Thomaz foi
ainda, durante três anos, administrador executivo das Águas de
Moçambique, cargo que deixou em 2010.
Para o cargo de administrador financeiro da AdP, o MAMAOT escolheu
ainda Gonçalo Martins Barata, vindo do Citigroup.
Além dos cargos de topo da AdP, são esperadas mexidas também nas
empresas que o grupo detém ou possui participação. É o caso da EGF - a
entidade-chapéu da área dos resíduos na AdP -, para onde poderá
retornar Domingos Saraiva, ex-vogal da administração da empresa e
presidente da alguns sistemas de gestão de resíduos entre 2002 e 2005,
durante os Governos de Durão Barroso e Santana Lopes.
Ainda nesta área, o nome de Orlando Borges tem vindo a ser veiculado
como uma hipótese para a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e
Resíduos (ERSAR), em substituição a Jaime Melo Baptista. Orlando
Borges preside actualmente o Instituto da Água (Inag), que será
extinto e incorporado na reforçada Agência Portuguesa do Ambiente,
para onde irá possivelmente Nuno Lacasta, coordernador do Comité
Executivo para as Alterações Climáticas.
As nomeações para os serviços tutelados por Assunção Cristas dependem,
porém, da publicação das respectivas leis orgânicas. A própria lei
orgânica do MAMAOT, aprovada em 27 de Outubro, ainda não está
publicada.
http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/autarcas-do-psd-e-do-cds-nomeados-para-a-aguas-de-portugal-1528479

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