domingo, 28 de outubro de 2012

Castanha atraiu quatro milhões de euros de investimento e 50 empregos em Vinhais

A castanha atraiu para o pequeno município de Vinhais, no Nordeste
Transmontano, um investimento estrangeiro superior a quatro milhões de
euros e a criação de 50 postos de trabalho, num investimento francês,
anunciou esta sexta-feira o autarca local.
ECONOMIA
Castanha atraiu quatro milhões de euros de investimento e 50 empregos em Vinhais
Lusa
20:59 - 26 de Outubro de 2012 | Por Lusa
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"Um milagre", foi como Américo Pereira descreveu o investimento de
capitais franceses na fábrica que abrirá na próxima semana no concelho
transmontano, numa altura em que o país assiste ao encerramento de
empresas e "em que só se ouve falar de desemprego, despedimentos e
redução de postos de trabalho".

O milagre tem, todavia uma explicação económica, avançada pelo próprio
autarca: "Vinhais concentra metade da produção nacional de castanha,
que exporta para diversos países, nomeadamente para os franceses, que
decidiram transformar no local a castanha que há vários anos recebiam
desta zona portuguesa.

De acordo com o autarca, a fábrica prestes abrir em Vinhais "terá
capacidade para transformar a castanha produzida em todo o país".

Américo Pereira divulgou o novo investimento na abertura da Rural
Castenea, a feira anual de promoção deste produto agrícola que começa
a ombrear com o conhecido e tradicional fumeiro de Vinhais.

"O futuro está nestes produtos", vincou o autarca socialista,
apontando que a dedicação das gentes locais a estas actividades é a
razão de "a crise estar a ter reflexos menos negativos no mundo rural,
que tem sabido manter alguma forma de subsistência".

O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Daniel
Campelo, presente na abertura da feira, citou os dados provisórios do
inventário nacional florestal que apontam para um crescimento
"superior a 45%" dos soutos, nos últimos 15 anos, em Portugal.

O governante reiterou o propósito do Governo de dar "mais valor à
terra", embora as verbas do PRODER estejam esgotadas, à excepção das
medidas florestais, e um projecto, o REFCAST, para aumentar a área de
soutos em Trás-os-Montes esteja parado por falta de financiamento.

Daniel Campelo espera que no próximo quadro comunitário de apoio
"estas realidades tenham acolhimento, que seja mais ajustado às
realidades das regiões e dos produtos que podem fazer a diferença"

A amêndoa é outro dos produtos transmontanos com valor acrescentado
comprovado, segundo observou também o secretário de Estado, numa
passagem hoje por Torre de Moncorvo, a zona de maior produção no
Nordeste Transmontano.
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Daniel Capelo viu "uma pequena empresa que pegava na amêndoa com um
valor de aquisição de meio euro o quilo e transformava-a num produto
com valor final de venda de 50 euros o quilo".

O governante sublinhou a necessidade de "aproveitar estas mais-valias"
dos produtos de qualidade, porque "é importante para as regiões, para
as famílias e para o próprio país reduzir a dependência alimentar do
exterior", cuja balança apresenta "um desequilíbrio de mais de 3 mil
milhões de euros".

http://www.noticiasaominuto.com/economia/17162/castanha-atraiu-quatro-milhões-de-euros-de-investimento-e-50-empregos-em-vinhais

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