quinta-feira, 1 de novembro de 2012

FAO: 25% das raças bovinas estão em risco de extinção

Cenário Agrícola Agricultura e Pecuária

Publicado Quarta-Feira, 31 de Outubro de 2012, às 13:06 | CNA

Por volta de 25% das raças bovinas do mundo estão em risco de extinção
e isso tem preocupado a Organização das Nações Unidas para Agricultura
e Alimentação (FAO). Há cinco anos, a FAO classificou a taxa de
extinção destas raças como "alarmante", pois estes animais têm um
papel importante no combate à fome no mundo. E, quem possui estes
recursos genéticos, podem ajudar a mitigar os efeitos do aquecimento
global. A FAO pediu que a comunidade internacional adotasse um plano
de ação global para proteger a oferta de alimentos mundial.

Semana passada, a FAO cobrou progresso na campanha de redução da
diversidade genética. Representantes de 100 países em Roma
participaram do Grupo de Trabalho Técnico Intergovernamental em
Recursos Geneticos Animais para Alimentos e Agricultura, para revisar
a implementação do Plano de Ação Global para Recursos Genéticos
Animais, adotado em 2007.

Relatórios de 80 países sobre a implementação desse plano sugere que
muitos governos estão colocando programas em execução para reverter o
declínio nos números de raças bovinas naturais. Uma lacuna
substancial, entretanto, precisa ser resolvida, disseram os
representantes. "As boas notícias são que, em média, os países que
enviaram os relatórios implementaram por volta de 50% das ações
acordadas no Plano Global de Ação", disse a chefe do Braço de Recursos
Genéticos Animais da FAO, Irene Hoffman. Porém, de acordo com o
divulgado pela FAO, o progresso tem sido mais marcado nos países
desenvolvidos, com muitos países na África, Oriente, América Latina e
Caribe ainda ficando para trás.

O Oriente Méido e norte da África são considerados como berços da
diversidade pecuária, disse a FAO. Foi aí que várias espécies,
incluindo bovinos, ovinos, caprinos e dromedários, foram primeiramente
domesticados. A África, que seus ambientes diversos tropical e
subtropical, é outro importante hotspot de diversidade.

As raças nativas são importantes na agricultura, porque são adaptadas
para condições locais frequentemente desfavoráveis, contêm material
genético único importante para programas de cria e são frequentemente
meio de subsistência para as famílias pobres, porque são mais fáceis
de manter do que as raças exóticas. Em um mundo ameaçado pela mudança
climática, as raças que são resistentes à seca, calor extremo e
doenças tropicais estão entre as de maior potencial.

De acordo com os últimos dados disponíveis, cerca de 22% das raças
bovinas do mundo são classificadas como estando sob risco de extinção.
"Existem cerca de 45 países que estão preparando, ou já prepararam,
estratégias nacionais e planos de ação para seus recursos genéticos
animais e cerca da metade deles são países em desenvolvimento", disse
Hoffman.

Os Governo da Alemanha, Noruega e Suíça contribuem com mais de US$ 1
milhão para uma Conta Fiduciária da FAO para apoiar a implementação do
Plano Global de Ação. A FAO anunciou os primeiros oito projetos
envolvendo 22 países para melhorar o manejo dos recursos genéticos
animais.

http://www.cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=245886&codDep=6

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