sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Europa dos territórios diz não à liberalização dos direitos de plantação de vinha e quer ser ouvida pela Comissão Europeia

250 representantes eleitos e profissionais reunidos pela AREV a 7 de
Novembro, em Bruxelas, para dizer não ao desmantelamento da
viticultura europeia

Jean-Paul Bachy, Presidente da Assembleia das Regiões da Europa do
Vinho (AREV), e Aly Leonardy, vice-presidente, estão felizes por terem
sido capazes de reunir a 7 de Novembro, em Bruxelas, 250 políticos e
profissionais da viticultura. 40 regiões de 13 países europeus foram
representadas pelo seu Presidente, Vice-Presidente ou Ministro da
Agricultura. A Europa dos territórios reuniu-se para demonstrar a sua
mobilização sobre a questão da manutenção dos direitos de plantação,
crucial para as economias regionais. Vinte deputados também vieram
para mostrar o seu apoio a esta causa que o Presidente do Intergrupo
Viticultura, Astrid Lulling, e o relator da OCM única, Michel Dantin,
qualificaram de vital para o futuro da viticultura da Europa. Eles
manifestaram a sua total solidariedade.

Desde 2005, a AREV defende, em diferentes instâncias, a manutenção dos
direitos de plantação.

O evento de ontem foi um passo na longa batalha com a Comissão
Europeia que, em 2008, tomou a decisão de retirar esses direitos a
partir de 2016, sob o pretexto da competitividade com as produções de
vinho de países industrializados do Novo Mundo.

Após as intervenções dos Presidentes das Regiões, foi aprovada por
unanimidade uma declaração elaborada em estreita colaboração com o
Conseil Européen Professionnel du Vin (CEPV). Por esta declaração, os
políticos locais e regionais reuniram-se na AREV e apoiados pela
esmagadora maioria das organizações regionais de profissionais,
nacionais e europeias, exortam a Comissão a apresentar uma nova
proposta para reintroduzir o enquadramento do potencial de produção
por o direitos de plantação para todas as categorias de vinho em todos
os Estados-Membros. Esta declaração vai ser amplamente divulgada junto
dos órgãos de decisão e das organizações políticas e profissionais.

Esperemos que depois desta reunião maciça de eleitos regionais,
nacionais e europeus e de profissionais da viticultura, e após a
declaração do Comissário Ciolos (que disse ser favorável à manutenção
dos direitos de plantação), os funcionários de Bruxelas tenham a
sabedoria de reconsiderar a sua proposta tendo também em conta os
resultados do estudo do Professor Montaigne que demonstra claramente
que o controle dos direitos de plantação não impede ajustamentos no
mercado.

O debate permanece aberto, e os participantes na mobilização de ontem
continuam muito atentos à reacção do Comissário e às propostas finais
do Grupo de Alto Nível que se reunirá em 14 de Dezembro.

A AREV está determinada a apoiar todas as manifestações para a
manutenção dos direitos de plantação que serão organizadas pelos seus
parceiros e que não exclui outras medidas se a Comissão Europeia
insiste em não querer ouvir os territórios directamente afectados.

Fonte: AREV

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/11/08f.htm

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