sábado, 10 de novembro de 2012

Países mediterrânicos devem ter acção integrada na prevenção de incêndios florestais

Por Agência Lusa, publicado em 8 Nov 2012 - 10:42 | Actualizado há 2
dias 7 horas

A organização internacional WWF defende uma ação integrada dos
governos mediterrânicos para prevenir incêndios florestais,
ultrapassando as ameaças representadas pela falta de gestão
sustentável, negligência humana, alterações climáticas e crise
económica.

Em comunicado hoje divulgado, a organização internacional de
conservação da natureza WWF salienta que mais de 370 mil hectares de
florestas e terrenos agrícolas com elevado valor económico e ambiental
em Portugal, Itália, Grécia, Espanha e Turquia foram "severamente
atingidos por incontroláveis incêndios florestais no verão".

Grandes áreas de ecossistemas e terrenos produtivos foram "gravemente
afetadas" pelos fogos, refere a informação, divulgada simultaneamente
em Lisboa, Atenas, Madrid e Roma e que aponta os exemplos dos parques
nacionais de Garajonay, nas Ilhas Canárias, e de Teide e Cabañeros, no
centro de Espanha, do sítio Natura Serra do Caldeirão, no Algarve, e
de áreas rurais na ilha grega de Chios.

"Apesar da natureza inflamável da floresta mediterrânica, as
alterações climáticas, a negligência humana e, sobretudo, a falta de
uma adequada gestão florestal que atue na prevenção dos incêndios
formam uma combinação letal que ameaça as florestas e meios de
subsistência das populações", alerta a WWF.

A estas condições acrescem atualmente as dificuldades económicas, que
levam ao corte de verbas destinadas aos sistemas primários de proteção
e combate a incêndios, como aconteceu na Grécia, salienta.

A WWF apela aos governos do mediterrâneo e à União Europeia que
concretizem ações urgentes integradas para a conservação da floresta
focadas na prevenção dos incêndios florestais, principalmente através
da "efetiva implementação da gestão florestal responsável a longo
prazo".

A gestão florestal responsável é "mais eficaz e financeiramente mais
eficiente do que o financiamento de gigantescos mecanismos de combate
a incêndios usados todos os anos. Os incêndios florestais previnem-se,
não se combatem", defende a organização.

Além da gestão florestal sustentável, é apontada como essencial a
coordenação entre as diferentes entidades nacionais e regionais
ligadas à floresta e a sensibilização e educação das sociedades sobre
os valores dos ecossistemas florestais do Mediterrâneo.

http://www.ionline.pt/mundo/paises-mediterranicos-devem-ter-accao-integrada-na-prevencao-incendios-florestais

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