terça-feira, 13 de novembro de 2012

Investimento de 21 milhões de euros faz nascer Parque Tecnológico do Alentejo

Publicado por Casa dos Bits há 22 horas e 43 minutos | 2 comentários
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O projeto do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA) foi
aprovado na segunda-feira depois de a Autoridade de Gestão do
InAlentejo ter assinado 26 contratos de financiamento no âmbito do
Sistema Científico e Tecnológico Nacional.

Os contratos assinados pelo inAlentejo estão avaliados em 21 milhões
de euros, 15 dos quais serão financiados pelo FEDER, o fundo europeu
para o desenvolvimento regional. O PCTA quer tornar-se no rosto do
Alentejo e projetar uma imagem, nacional e internacional, da região e
das suas capacidades. Para isso o parque tecnológico alentejano terá
no início uma "estrutura leve, uma estrutura de interface",
funcionando como fonte de soluções para os problemas empresariais da
região, como referiu em conversa com o TeK, João Carlos Mateus,
diretor geral do parque tecnológico alentejano.

As infraestruturas não vão suportar investigação e desenvolvimento de
tecnologia propriamente dita, mas servirão como centro de apoio a
todos os contactos necessários, em Portugal e no estrangeiro, para
descobrir quais as medidas ideais para resolver um problema de uma
empresa. O PCTA vai funcionar ainda como "um elemento chave" na gestão
da Rede de Ciência e Tecnologia do Alentejo (RCTA).

João Carlos Mateus deu o exemplo da Embraer, "que se encontra a 600
metros do parque", e que precisava de uma solução inovadora para
interiores de aviões. Foram feitos contactos com o grupo Amorim e
outras entidades, e o interior do avião acabou por ser feito em
cortiça, um produto que é responsável por parte do volume de negócios
do Alentejo.

O Parque de Ciência e Tecnologia pretende transferir conhecimentos e
competências entre diferentes entidades, mais especificamente o
"conhecimento aprofundado" das instituições de ensino superior
alentejanas e "o conhecimento do que o mercado precisa" detido pelas
empresas. A universidade de Évora e as restantes instituições de
ensino superior regionais são os polos universitários com uma relação
mais privilegiada, mas o diretor do parque não põe de parte o recurso
ao conhecimento de outras universidades e escolas, "dentro e fora do
país".

O parque tecnológico tem como áreas de especialização a "energia e a
mobilidade, o setor automóvel e o aeronáutico, as tecnologias
agroalimentares e as biotecnologias". Na opinião de João Carlos Mateus
estas áreas tornam a região competitiva, acrescentando uma maior
"atração" à localização estratégica do Alentejo. "Estamos a pouco mais
de uma hora de Lisboa e Espanha".

O Alentejo continua ainda a fazer parte dos quadros de investimento
comunitário europeu de 2014-2020, pelo que continuará a ser uma
"localização interessante" para investimento empresarial e de
investigação.

Em termos de postos de trabalho, apenas quatro foram criados
diretamente pela fundação do parque tecnológico. Mas o objetivo passa
por criar "muitos mais de maneira indireta" com o estímulo à "criação
de start ups", contou João Carlos Mateus.

Com o tempo o PCTA, que tem sede provisória em Évora, vai expandir-se
para as sub-regiões do Alentejo onde marcará presença com pequenos
espaços físicos que farão a ponte com mais empresas e mais soluções. O
projeto envolve ainda a construções de infraestruturas, através de
diferentes fases, no centro do distrito alentejano.

http://tek.sapo.pt/noticias/negocios/investimento_de_21_milhoes_de_euros_faz_nasce_1281365.html

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