terça-feira, 16 de abril de 2013

Royal College of Art cria módulo dedicado à cortiça

Quinta-feira, 04 de Abril de 2013



Os alunos do Mestrado em Design do Royal College of Art, em
Inglaterra, podem, a partir de agora, frequentar um módulo dedicado à
cortiça. O estudo e utilização deste material, tradicionalmente
português, no desenvolvimento de projetos de design e arquitetura
tornou-se possível graças a uma parceria estabelecida entre aquela
prestigiada instituição de ensino e a Corticeira Amorim.

Em comunicado, a empresa nacional explica que esta parceria é "a mais
recente de uma série de associações com instituições de referência
internacional", parte de uma "estratégia concertada" que pretende
tornar a cortiça um material privilegiado entre as escolhas de
designers e arquitetos a nível internacional.

Para Carlos de Jesus, diretor de comunicação e marketing da Corticeira
Amorim, visto que "o Royal College of Art leciona um curso de design
altamente reconhecido" em todo o mundo, "esta colaboração é uma
oportunidade de colocar uma comunidade de estudantes tão competente e
promissora em contacto com a cortiça, descobrindo as suas propriedades
e virtualidades técnicas".

No âmbito do Mestrado em Design da escola britânica, os estudantes
poderão saber mais sobre a temática da cortiça e do Montado, sendo
incentivados a explorar os materiais através dos processos e a
desenvolver conceitos com um objetivo claro de produção.

"A parceria com a Corticeira Amorim possibilitou que embarcássemos num
desafiante e estimulante período de investigação, que culminou na
utilização de um material fantástico para o design de produto",
consideram Harry Richardson e Max Lamb, docentes do Royal College of
Art que coordenam este módulo.

"Em muitos sentidos, a cortiça é o ponto de partida perfeito para
pensar os produtos do futuro. Carateriza-a um tão vasto leque de
propriedades que, sendo desejáveis, permitem infindáveis soluções
criativas", acrescentam.

Os professores congratulam-se ainda com o facto de "a maioria das
ideias e produtos resultantes desta investigação" não serem "apenas
inovadores e integradores das propriedades singulares da cortiça na
sua funcionalidade", testemunhando "também uma visão de produção
sustentável". "E isso é realmente entusiasmante", garantem.

Alunos estão já a conceber produtos em cortiça

Sob o mote "I am 7 billion", os alunos deste módulo estão a ser
"desafiados a conceber um produto ou aplicação com cortiça que seja
útil, relevante, de estética apurada, passível de se produzir em massa
e de ser comercializado em qualquer parte do mundo".

A inclusão do módulo dedicado à cortiça representa a primeira etapa do
projeto desenvolvido com o Royal College of Art. Dois meses depois do
início do projeto, foram já apresentados os primeiros protótipos, que,
segundo a Corticeira Amorim, "evidenciam o elevado nível teórico e
técnico dos alunos e o seu entusiasmo relativamente à cortiça".

A propósito dos primeiros resultados, Carlos de Jesus destaca "uma
abordagem diferenciadora da utilização da cortiça, que apresentou
soluções interessantes para indústrias tão variadas como a automóvel e
a aquacultura, a construção e o design de interiores".

Paralelamente ao trabalho desenvolvido com o Royal College of Art, a
Corticeira Amorim tem vindo a desenvolver uma série de parcerias e
iniciativas para elevar o perfil da cortiça no mundo, como o
envolvimento com o Serpentine Gallery Pavilion, liderado por Herzog &
de Meuron e Ai Weiwei, e com instituições como o Domaine de Boisbuchet
(França), a Middlesex University (Reino Unido) e a Rhode Island School
of Design (EUA).

http://boasnoticias.sapo.pt/noticias_Royal-College-of-Art-cria-m%C3%B3dulo-dedicado-%C3%A0-corti%C3%A7a_15172.html

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