quinta-feira, 18 de abril de 2013

Falência da cooperativa de Palmela deixa agricultores nas mãos das grandes superfícies

Com a falência da cooperativa de Palmela os pequenos e médios
produtores agrícolas de Setúbal podem ter quebras de rendimento
significativas


Agricultores podem abandonar atividade
Global Imagens
16/04/2013 | 19:21 | Dinheiro Vivo

Pequenos e médios produtores agrícolas da região de Setúbal poderão
ficar totalmente dependentes das grandes superfícies comerciais e ter
quebras de rendimento significativas, alertou hoje o PCP.

"Com a falência da cooperativa de Palmela, os pequenos e médios
produtores vão ter mais dificuldades de escoamento dos seus produtos,
vão ficar mais dependentes das grandes superfícies comerciais e vão
ter de vender os produtos a preços mais baixos", disse à agência Lusa
António Moura, da comissão local de agricultura do PCP.

Nesse sentido, acrescentou que alguns agricultores já estão a ponderar
o abandono da atividade.

De acordo com o responsável do PCP, a falência da cooperativa de
Palmela foi decretada no passado mês de março face à recusa de uma
instituição bancária em apoiar o projeto de recuperação da
cooperativa.

António Moura adiantou que a cooperativa de Palmela deve cerca de 300
mil euros à Caixa Geral de Depósitos, mas garantiu também que o
património da cooperativa tem um valor muito superior.

"O problema é que é apenas um valor indicativo, dado que neste momento
não há compradores", disse António Moura, insatisfeito com a recusa do
banco público em viabilizar a recuperação da cooperativa.

O responsável da comissão de agricultura do PCP de Setúbal, que também
é produtor agrícola na região, afirmou ainda que a falência da
cooperativa e a consequente perda de receitas dos agricultores é mais
um problema a juntar aos elevados custos de produção do setor
agrícola.

Em comunicado divulgado hoje, o PCP refere que o fim trágico da
cooperativa de Palmela é o resultado da má gestão de anteriores
direções e das sucessivas "políticas de direita levadas a cabo pelos
diversos governos em total desrespeito pela Constituição da República
Portuguesa".

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO141310.html

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