domingo, 14 de abril de 2013

Algarve com falta de corticeiros aposta na formação de desempregados

Iniciativa Algarve com falta de corticeiros aposta na formação de desempregados
A falta de corticeiros qualificados no Algarve foi o mote para a
criação de um novo curso que está a formar 23 desempregados para que
em 2014 possam ganhar a vida a partir da casca do sobreiro.
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ECONOMIA
18:49 - 10 de Abril de 2013 | Por Lusa
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"Pela primeira vez no Algarve, e em colaboração com o Instituto de
Emprego e Formação Profissional, o curso técnico de gestão da produção
da indústria de cortiça está a ser desenvolvido para desempregados",
anunciou esta quarta-feira Sandra Correia, a presidente executiva da
empresa algarvia de cortiça Pelcor, na sua página da rede social
Facebook.

A empresária portuguesa, que venceu o Troféu de Melhor Empresária da
Europa 2011, atribuído pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho Europeu
das Mulheres Empresárias, reconhece que este curso de formação
pioneiro, cuja parte prática decorre dentro da fábrica de cortiça,
servirá para "dar continuidade ao sector corticeiro" na região
algarvia.

Os formandos, homens e mulheres, entre os 25 e 50 anos, estavam todos
desempregados. Uns eram cabeleiros, outros empresários, outros
vendedores.

Todos estão a aprender a conhecer a cortiça, contou à Lusa António
Correia, accionista da empresa de cortiça Pelcor, um negócio familiar
que em 2007 aumentou o volume de negócios e facturou meio milhão de
euros.

Aprender a conhecer a casca do sobreiro, uma matéria natural e que só
a "experiência de anos" permite desvendar o calibre, defeitos,
processos de cozedura e preparação, repouso ou o fabrico de discos, é
o objectivo do curso pioneiro, adiantou António Correia, arquiteto de
formação.

O curso, que vai ser leccionado até Março de 2014 e que inclui um
estágio prático de 210 horas, tem vários módulos, designadamente o
"controle do empilhamento da cozedura e da estabilização da cortiça",
contou à Lusa um dos formadores, António Spínola, de 39 anos e há 15 a
trabalhar no sector corticeiro no Algarve.

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Com os novos corticeiros a surgir no Algarve, o processo de
transformação da cortiça parece ficar assegurado no futuro,
designadamente para continuar a fabricar rolhas para vinhos e
champanhes exclusivos e para manter a confecção de artigos de moda em
pele de cortiça que desfilam nas passerelles de Paris.

Carteiras de negócios, mochilas em pvc com pedaços de casca de
sobreiro injectado, chapéus-de-chuva resistentes à água e luxuosos
pufes para tornar a sala mais acolhedora ou sandálias em cortiça
desenhadas pela consagrada estilista portuguesa Ana Salazar são apenas
alguns dos artigos inovadores que os futuros corticeiros podem ajudar
a fabricar.

O toque aveludado, a impermeabilidade e o facto de ser um produto
ecológico são as principais características das peças feitas em pele
de cortiça, que até já viajaram para casa da cantora norte-americana
Madona ou do presidente norte-americano Barack Obama.

http://www.noticiasaominuto.com/economia/61696/algarve-com-falta-de-corticeiros-aposta-na-forma%C3%A7%C3%A3o-de-desempregados

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