sábado, 24 de janeiro de 2015

Açores: Confirmado surto de doença hemorrágica viral em coelhos-bravos


O Governo dos Açores revelou hoje que análises laboratoriais confirmaram que há um surto de doença hemorrágica viral entre os coelhos-bravos das ilhas Terceira, São Jorge e Flores, onde já foram recolhidos mais de quatro mil animais mortos.
O surto desta doença nos Açores foi detetado em dezembro na Graciosa, confirmando-se agora a sua presença em mais três ilhas do arquipélago.
As análises foram realizadas pelo Laboratório Regional de Veterinária e pelo CIBIO/Universidade do Porto a amostras de coelhos-bravos mortos recolhidos nas Flores, São Jorge e Terceira, tendo-se confirmado "a presença da nova estirpe da doença hemorrágica viral (DHV) nas populações de coelho-bravo" daquelas três ilhas, segundo um comunicado do executivo regional.
O Governo Regional decidiu, por outro lado, proibir a caça na ilha Terceira, interdição que havia já sido decidida no início do ano para São Jorge e Flores, por causa do número "significativo" de coelhos-bravos encontrados mortos, e na Graciosa, ainda em dezembro.
Entre 02 e 19 de janeiro foram recolhidos 2.780 coelhos mortos na ilha das Flores, 1.333 em São Jorge e 80 na Terceira, revela o Governo Regional.
"Os serviços das direções regionais dos Recursos Florestais e da Agricultura mantêm em curso iniciativas destinadas a informar a população sobre os comportamentos a adotar para impedir a disseminação do vírus, nomeadamente avisar de imediato os Serviços Florestais dos locais da presença de coelhos mortos, prevenir a disseminação para os coelhos domésticos e promover a desinfeção de calçado, vestuário, ferramentas e interior das viaturas, no caso de contacto com coelhos infetados", diz o governo açoriano.
Segundo a mesma nota, "a implementação destas iniciativas tem permitido uma evolução positiva na contenção dos efeitos do surto da virose hemorrágica detetado em dezembro de 2014 na ilha Graciosa".
O Governo Regional reitera ainda que esta doença, "apesar de muito contagiosa para os coelhos", não se transmite aos seres humanos ou outras espécies animais. No entanto, a carne dos coelhos afetados não deve ser consumida.
Diário Digital com Lusa

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