terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Biocombustíveis à base de culturas são vitais para a alimentação animal, ambiente e energia

20-01-2015 
  
O secretário-geral do Copa-Cogeca alertou para o facto dos biocombustíveis à base de culturas serem vitais para a alimentação animal, o meio ambiente, emprego e combustível, considerando ser inaceitável limitar a sua utilização e virar as costas à ciência e inovação.

Numa Conferência Internacional sobre "Combustíveis do Futuro 2015", em Berlim, Pekka Pesonen declarou que se tem feito grandes investimentos no sector depois da União Europeia ter-se comprometido em 2009 em aumentar a utilização de biocombustíveis à base de culturas e assegurar que pelo menos 10 por cento dos combustíveis para transportes sejam de fontes de energia renováveis até 2020, o que tem enormes benefícios para o crescimento de emprego nas zonas rurais.

No entanto, refere Pesonen, a Comissão Europeia voltou as costas a este compromisso e propôs reduzir para metade esse limite, sem qualquer parecer científico, pelo que o Copa-Cogeca rejeita os relatórios utilizados como base na realização de outros para os Estados-membros.

Segundo Pekka Pesonen, «o modelo utilizado para a elaboração do relatório não é transparente nem adequado para estimar com precisão a extensão da mudança do uso da terra em países não membros da União Europeia e as emissões de gases com efeito de estufa, devido a erros críticos de dados».

Como resultado, actualmente não há «nenhum compromisso claro para o sector até 2020, o que ameaça a manutenção de empregos, fontes de alimentação animal e combustível, originando ainda insegurança nos investimentos existentes no mercado comum».

Por seu lado, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva afirmou que «se desenvolvida de forma responsável, a produção de biocombustíveis pode ser um elemento-chave de uma necessária» mudança de paradigma «na produção mundial de alimentos», pelo que incentiva os deputados e ministros a União Europeia a optarem por um limite superior de pelo menos oito e dois por cento para biocombustíveis até 2020, referindo ainda que a integração do sector dos transportes no âmbito do Sistema Europeu de Comércio (ETS) prejudicaria também completamente os critérios de sustentabilidade para os biocombustíveis e biolíquidos e do mercado único dos combustíveis», concluiu.

Fonte: Copa-Cogeca

Sem comentários:

Enviar um comentário