terça-feira, 20 de janeiro de 2015

UC quer colocar merujes nas mesas dos portugueses


por Ana Rita Costa
19 de Janeiro - 2015
O Laboratório de Biotecnologia Vegetal do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra e a InProPlant estão a desenvolver o projeto "Merujes no Prato", iniciativa que quer colocar esta planta semelhante aos agriões, não só nos pratos dos portugueses, mas também na gastronomia gourmet internacional.

 
Liderada por dois jovens investigadores da Universidade de Coimbra, a investigação é financiada pela Fundação Vox Populi e pela Câmara de Almeida, no valor de 16 mil euros (8 mil euros cada) no âmbito da 5ª edição do Prémio Ribacôa, e consiste em estabelecer as condições para a multiplicação eficaz desta espécie com vista à sua comercialização durante todo o ano.

As merujes nascem livremente em nascentes ou ribeiras onde há água corrente e são uma fonte de ómega 3 e de antioxidantes, sendo também ricas em fibras e vitamina C. A planta tem um ciclo curto (2/3 meses), sendo colhida apenas entre janeiro e março, sem qualquer tipo de certificação ou controlo fitossanitário.

Reconhecido o interesse gastronómico da meruje, importa agora "transformá-la num recurso agrícola viável e numa alternativa saudável e complementar aos vegetais mais vulgarmente utilizados em saladas. Com elevado valor nutricional, esta planta silvestre é, desde há muito, colhida e usada na alimentação por populações rurais. Na zona da Guarda, p. ex., é habitual colher e degustar a meruje", explicam David Reis e Rui Pereira, Mestres em Biodiversidade e Biotecnologia Vegetal responsáveis pelo projeto.

Os investigadores já efetuaram clonagem da planta e vários ensaios de cultura in vitro, em laboratório, permitindo caracterizar melhor a planta e estudar a sua fenologia, bem como a seleção dos genótipos mais interessantes para o cultivo. 

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