quarta-feira, 14 de março de 2012

Agricultores do Sul reclamam “coordenação política ao mais alto nível”

Uma delegação da ACOS – Agricultores do Sul reuniu-se esta semana com
a Ministra da Agricultura, Assunção Cristas e com o Secretário de
Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Carlos Moedas. No encontro foram
apresentadas as preocupações em torno da conclusão do Empreendimento
de Fins Múltiplos de Alqueva, as consequências da seca e os atrasos
nos financiamentos dos sistemas de recolha de cadáveres animais.

No que diz respeito a Alqueva, os agricultores revelam que
"demonstraram junto do Secretário de Estado Adjunto do
Primeiro-Ministro, Carlos Moedas, que dos actuais 52 mil hectares
equipados, foram regados, em 2011, cerca de 25 mil, o que representa
aproximadamente 50 por cento".

Sobre a estratégia apresentada pelo Ministério da Agricultura, de
afectação ao QREN dos investimentos da rede de rega (primária e
secundária) de Alqueva, a delegação de agricultores solicitou \\um
envolvimento e uma coordenação política ao mais alto nível, pois
considera que "sendo possível em teoria, esta transferência carece da
aceitação da Comissão Europeia".

No encontro com a Ministra da Agricultura a delegação de agricultores
apresentou um conjunto de propostas que podem minimizar os efeitos da
seca como: "o pagamento imediato dos saldos das ajudas referentes a
2011; a antecipação do pagamento das ajudas referentes a 2012; a
intermediação do Ministério na renegociação de créditos bancários
assumidos pelos lesados e a criação de uma linha de crédito de longo
prazo que permita o financiamento das necessidades acrescidas das
explorações".

João Madeira, consultor da direcção da ACOS, refere que Assunção
Cristas transmitiu aos "homens da terra" as acções que o Governo
pretende realizar, nomeadamente a prorrogação da legislação que
existe, o aumento do plafond das ajudas de Estado (ajuda de mínimos) e
ainda a atribuição de uma nova linha de crédito.

Quanto a Alqueva, a Ministra da Agricultura clarificou que o Governo
tenciona "acabar a obra de rega". Para a ACOS, no que toca ao
financiamento da obra, existe uma estratégica com "muitos riscos e com
um grande potencial de correr mal", já que o Governo quer transferir a
despesa remanescente para o QREN. Para os agricultores "a passagem da
obra de rega para fora de um fundo agrícola é tudo menos pacifica".

http://www.radiopax.com/noticias.php?d=noticias&id=14673&c=1

Sem comentários:

Enviar um comentário