sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Plantam-se papoilas no Alentejo para fins medicinais

Água de Alqueva potencia novas culturas no Alentejo
Projecto pioneiro que está em fase experimental. A Fundação Eugénio de
Almeida está apostada em rentabilizar o seu vasto património agrícola
através de novas culturas. 13-12-2012 14:21 por Rosário Silva

A água de Alqueva potencia novas culturas no Alentejo. A Fundação
Eugénio de Almeida quer rentabilizar a sua capacidade produtiva com o
reforço da aposta no regadio. Entre as novas culturas, a instituição
está a trabalhar com uma empresa farmacêutica escocesa, num projecto
de plantação de papoila, para produção de morfina.

A Fundação Eugénio de Almeida está apostada em rentabilizar o seu
vasto património agrícola através de novas culturas. Rodeado de alguma
confidencialidade por motivos de segurança, há um projecto pioneiro
que está em fase experimental e que se prende com a plantação de
papoila para a produção de morfina.

"Estamos a fazer, já desde o ano passado, a produção de papoila para
fins farmacêuticos. É uma produção muito controlada, mas somos
inovadores. É uma área que vai aumentar no próximo ano", confirma à
Renascença pelo administrador delegado da instituição, Luis Rosado.

Não se conhecem os valores envolvidos no projecto, mas a Fundação
estima que, em termos globais, o investimento no próximo ano, na área
agrícola, em várias culturas, possa chegar aos dois milhões de euros.

"Entre vinhas, novas áreas de regadio e equipamentos na adega, será à
volta de dois milhões de euros. Posso dizer, ainda, que nos últimos
seis anos, a fundação, tem uma média de investimento anual de três
milhões e meio de euros", contabilizou.

Face às dificuldades do país, a internacionalização é um caminho que
está a ser trilhado. Os vinhos e os azeites são os produtos
tradicionais com marca própria, que fizeram crescer as
exportações."Crescemos em valor, 60% para o exterior e 40% no mercado
nacional. O investimento que fizemos há longos anos, em mercados como
o brasileiro, o norte-americana, e mais recentemente em Angola,
permitiu-nos dar um salto muito grande nos últimos dois anos."

O administrador delegado da Fundação Eugénio de Almeida, instituição
que "alimenta" muitos projectos de solidariedade e que acaba de dar
início a um novo ciclo na sua história, com uma nova identidade
corporativa no começo das celebrações dos 50 anos de actividade ao
serviço da comunidade.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=88953

Sem comentários:

Enviar um comentário