domingo, 20 de janeiro de 2013

Avaliada a segurança do pão consumido em Portugal

19/01/2013, 02:44

Uma equipa de 4 investigadores da Faculdade de Farmácia da
Universidade de Coimbra (FFUC) concluiu um estudo sobre a presença de
micotoxinas (substâncias tóxicas produzidas por fungos), nomeadamente
a ocratoxina A, no pão consumido em Portugal.

À exceção de algumas amostras da broa de Avintes, a análise das
amostras recolhidas em todo o país, de Bragança ao Algarve (foram
avaliadas 838 amostras de pão e 572 amostras de urina das respetivas
populações - a urina é um excelente biomarcador), revelou a presença
da referida micotoxina, mas em níveis inferiores aos limites máximos
estabelecidos pela Comissão Europeia.

No entanto, garante a coordenadora do estudo financiado pela Fundação
para a Ciência e Tecnologia (FCT) e desenvolvido ao longo de três
anos, Celeste Lino, «é seguro o consumo da broa de Avintes porque,
apesar de um número muito reduzido de amostras ultrapassar os limites
máximos estabelecidos para a ocratoxina A, aquele não constitui um
risco para a saúde pública, uma vez que a ingestão diária estimada é
muito inferior à ingestão diária tolerável, estabelecida quer pela
autoridade europeia de segurança alimentar quer por entidades
internacionais.

«Não há motivos para alarme», prossegue a investigadora, que explica
os níveis de micotoxinas presentes na broa de Avintes «devido à sua
composição complexa». Analisando globalmente os resultados do estudo
agora concluído, a investigadora e docente da Faculdade de Farmácia
considera que «sendo o pão um dos bens essenciais, deve-se
intensificar o controlo das matérias-primas utilizadas na sua confeção
(os cereais) para minimizar a entrada das micotoxinas na cadeia
alimentar e, consequentemente, evitar o surgimento de patologias
associadas. A abordagem preventiva é essencial».



As condições climatéricas e de armazenamento são cruciais para o
desenvolvimento de fungos produtores de ocratoxina A, uma micotoxina
nefrotóxica, hepatotóxica, e possivelmente carcinogénica.







Cristina Pinto - Assessoria de Imprensa - Universidade de Coimbra



Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

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