segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Agricultura no Centro do País é a atividade com o melhor salário

Trabalhadores por conta de outrem viram salário médio mensal líquido
subir para 808 euros no terceiro trimestre



Agricultura cria postos de trabalho
PEDRO ROSARIO
17/11/2013 | 00:00 | Dinheiro Vivo

A crise empurrou muitos portugueses para uma economia de subsistência.
Com inúmeras empresas a declarar falência e a fechar todos os dias, a
agricultura tornou-se num dos sectores que mais tem contribuído para a
criação de postos de trabalho e, no Centro do país, é já a atividade
com o melhor salário em Portugal. Contas feitas, no terceiro trimestre
deste ano, a remuneração média mensal líquida na agricultura feita no
Centro ascendia a 1035 euros.

Os dados recentemente publicados pelo INE (ver tabela) revelam que no
final de setembro os trabalhadores portugueses por conta de outrem em
três sectores de atividade receberam, em média, um salário de 808
euros, o que representa um ligeiro crescimento de 0,4%, face aos 805
euros médios pagos em igual período do ano passado. Na análise por
região, é em Lisboa que a média salarial é a mais alta em Portugal, de
945 euros. Em sentido inverso, é no Norte do país que se verifica o
salário médio mais baixo, 744 euros.

Apesar da agricultura feita no Centro do país ter o melhor salário, é
também neste ramo de atividade que se encontra a média salarial mais
baixa paga em Portugal. Mais concretamente, ser agricultor no Norte do
país significa levar para casa pouco mais de 526 euros. A somar a
isto, no conjunto, a agricultura regista o rendimento médio mais baixo
quando comparado com os outros dois sectores. Se a média salarial
auferida na agricultura não vai além dos 721 euros, na indústria o
montante médio pago aos trabalhadores ascende a 750 euros e, nos
serviços, o rendimento mensal líquido médio atinge os 833 euros.

A análise a estas duas atividades não deixa dúvidas, os trabalhadores
por conta de outrem em empresas ligadas à indústria e aos serviços
situadas em Lisboa são os que têm os salários mais elevados, com
remunerações médias mensais de 986 e 940 euros, respetivamente. Já a
indústria feita no Norte do país detém a remuneração mais baixa, de
684 euros, enquanto que os serviços situados no Centro são os que
apresentam os salários mais baixos, de 767 euros.

Os dados do INE revelam ainda que o número de trabalhadores por conta
de outrem caiu 2,5% no terceiro trimestre, face igual período de 2012,
para os 3,55 milhões, mas subiu 0,8% face ao trimestre anterior. A
maioria, pouco mais de um milhão, recebia em média de 310 a menos de
600 euros, enquanto que 151 mil auferiam menos de 310 euros líquidos
por mês. Ainda assim, existiam 30 mil trabalhadores por conta de
outrem a receber 3000 euros ou mais por mês.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO294572.html?page=0

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