sábado, 23 de novembro de 2013

Ministra da Agricultura diz que nova Política Agrícola Comum é “muito positiva”

A nova PAC terá um orçamento de 362,8 mil milhões de euros para os
próximos sete anos

A ministra da Agricultura classificou hoje como "muito positiva" a
nova Política Agrícola Comum (PAC), para o período 2014-2020, frisando
que o corte de 500 milhões de euros que Portugal sofre é inferior aos
cortes dos outros países.

"A nova PAC é muito positiva", disse Assunção Cristas, aos
jornalistas, em Beja, referindo que "Portugal conseguiu ficar mais bem
posicionado, quer nas ajudas diretas do 1.º pilar, quer no
desenvolvimento rural no segundo pilar, relativamente aos outros
países".

Segundo a ministra, que falava à margem da inauguração da exposição
'Arte numa perspetiva diferente', na galeria de arte da empresa do
Alqueva, o corte de 500 milhões de euros que Portugal sofre no âmbito
da nova PAC "é inferior ao corte que outros países sofrem", o que "é
positivo".

Em contrapartida, Assunção Cristas lembrou o "envelope específico" de
500 milhões de euros que Portugal tem para ser usado até 2016, no
âmbito do próximo Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) e "sem
necessidade de cofinanciamento" nacional.

A nova PAC, aprovada hoje pelo Parlamento Europeu, terá um orçamento
de 362,8 mil milhões de euros para os próximos sete anos, dos quais
8,1 mil milhões de euros destinam-se a Portugal (4,5 mil milhões para
o 1.° pilar, pagamentos diretos e medidas de mercado, e os restantes
3,6 mil milhões para o 2.° pilar, desenvolvimento rural).

Segundo Assunção Cristas, a nova PAC vai permitir a Portugal
"continuar investimentos que estão a dar muito resultado" no setor
agrícola nacional e concluir o projeto Alqueva.

Questionada pelos jornalistas sobre a hipótese de Portugal ter de
devolver a Bruxelas "centenas de milhões de euros" não utilizados de
fundos relativos a 2007-2013, admitida hoje pelo eurodeputado Capoulas
Santos, a ministra disse: "Da PAC que está em vigor não vamos perder
nenhum milhão de euros".

Portugal está "com uma belíssima execução dos fundos do Proder",
frisou, lembrando que no início do programa, que começou em 2007,
houve momentos em que a taxa de execução estava 10 pontos percentuais
abaixo, mas, atualmente, está a dois pontos percentuais acima da média
europeia.

"Não sei se o deputado Capoulas Santos se estava a referir a um outro
problema, que é o das multas pelo parcelário [agrícola] que não foi
feito durante muitos anos de governação socialista", disse a ministra.

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/ministra-da-agricultura-diz-nova-politica-agricola-comum-muito-positiva

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