sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ministra da Agricultura condena alegado tráfico de seres humanos no Alentejo

20 de Novembro, 2013
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, condenou hoje o alegado
tráfico de seres humanos para trabalhos agrícolas no Alentejo,
frisando que os casos identificados revelam que o Estado português
"está atento e a fiscalizar como é devido".

"Obviamente, é uma situação condenável", disse a ministra, aos
jornalistas, em Beja, referindo que o facto de se estar, actualmente,
"no encalce dessas situações significa que o Estado, através dos seus
mecanismos de controlo, está atento e a fiscalizar como é devido".

Segundo a ministra, que falava à margem da inauguração da exposição
"Arte numa perspectiva diferente", na galeria de arte da empresa do
Alqueva, actualmente, "assistimos, de facto, a uma fiscalização que
está a dar o seu resultado".

"É bom que [a fiscalização] exista, que sirva como exemplo daquilo que
não se pode fazer", frisou, referindo que "também é bom que possamos
mostrar os exemplos, que há muitos e são a maioria, daquilo que se
está a fazer na criação de bom emprego" no sector agrícola no
Alentejo.

Segundo Assunção Cristas, "o que queremos para a agricultura é a
criação de bom emprego, com boa remuneração e com um sempre acrescento
de valor para todas as pessoas envolvidas", ou seja, os trabalhadores
e os empresários, e "para o país".

No passado dia 13, numa herdade perto de Beja, o Serviço de
Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deteve quatro estrangeiros, entre os
23 e os 51 anos, por suspeita de tráfico de seres humanos.

Durante a operação, o SEF resgatou 28 pessoas que estavam na situação
de exploração e de tráfico, alegadamente para trabalharem na apanha da
azeitona.

No dia anterior, a Polícia Judiciária (PJ) anunciou que, na sequência
de uma queixa formulada por um grupo de estrangeiros, deteve, no
concelho de Serpa, três homens, entre os 22 e os 33 anos, por suspeita
da prática de um crime de tráfico de seres humanos para apanha de
azeitona no Alentejo.

Segundo a PJ, os detidos terão contratado no país de origem e
transportado para Portugal trabalhadores estrangeiros, que alojaram
"em condições precárias e retendo-lhes os documentos de identificação
como garantia de pagamento das despesas de transporte e estadia".

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=92959

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