quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Helicópteros inoperacionais durante mais de 2000 horas

COMBATE A INCÊNDIOS



por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca19 novembro 20136 comentários

Fotografia © Pedro Correia/Global Imagens

Os helicópteros Kamov de combate a incêndios florestais estiveram
inoperacionais durante 2.318 horas, no verão, o que causou
"constrangimentos significativos", disse hoje o comandante do Comando
Nacional de Operações de Socorro (CNOS).

Este número foi avançado por José Manuel Moura, comandante do CNOS,
durante a avaliação da última época de incêndios, realizada hoje pela
Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

As 2.318 horas de inoperacionalidade dizem respeito aos cinco
helicópteros Kamov do Estado, existindo ainda um sexto aparelho pesado
que está sem funcionar desde o verão de 2012, devido a um acidente
durante o combate a um incêndio.

No final da cerimónia, o ministro da Administração Interna, Miguel
Macedo, disse aos jornalistas que ficou surpreendido com o elevado
número de horas de inoperacionalidade registado este ano, tendo já
sido dadas instruções para que o Estado seja ressarcido, nos termos do
contrato.

"A operação e manutenção estão atribuídas, há vários anos, a entidades
privadas, aquilo que fizemos foi dar instruções no sentido de o Estado
ser ressarcido pela não realização de um serviço que estava contratado
nas margens da tolerância, que está também prevista contratualmente",
afirmou.

Miguel Macedo disse ainda que a situação do helicóptero Kamov que teve
um acidente no verão de 2012 ainda não está resolvida.

A ANPC fez hoje uma avaliação do Dispositivo Especial de Combate a
Incêndios Florestais (DECIF) de 2013, que este ano ficou marcada pela
morte de nove pessoas e a maior área ardida dos últimos oito anos,
totalizando 145 mil hectares.

O mês de agosto, particularmente a última quinzena, foi o mais
devastador, tendo as chamas consumido 89.834 hectares de floresta e
provocado a morte a oito bombeiros e a um autarca.

"A avaliação do DECIF 2013, qualquer que seja a sua perspetiva, ficará
dramaticamente marcada pela morte dos oito bombeiros", disse o comando
do CNOS, na cerimónia.

José Manuel Moura adiantou que 90 por cento da área ardida se
concentrou nos distritos de Viana do Castelo, Viseu, Vila Real,
Guarda, Braga, Porto e Bragança.

O maior incêndio do ano ocorreu no concelho de Alfândega da Fé, no
distrito de Bragança, em julho, e consumiu uma área de 14.136
hectares, dos quais cerca de 13.706 eram espaços florestais, indica o
mesmo documento.

Além do fogo no distrito de Bragança, registaram-se este ano mais 194
grandes incêndios.

Da lista dos grandes incêndios fazem também parte os fogos que
deflagraram na serra do Caramulo que, na zona de Tondela, consumiram
6.841 hectares e, no concelho de Tarouca, uma área de 6.026 hectares.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3541589&page=-1

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