sábado, 23 de novembro de 2013

Nova Política Agrícola Comum vai a votos

20-11-2013 10:49 por Daniel Rosário, em Bruxelas
Documento beneficia os agricultores portugueses que, ainda assim, vão
continuar a ganhar abaixo da média.



O Parlamento Europeu vota esta quarta-feira a reforma da Política
Agrícola Comum (PAC) que passa a pesar menos no total do orçamento
comunitário e que, pela primeira vez, tenta introduzir um elemento de
maior justiça na distribuição as verbas entre Estados-membros.

A votação em Estrasburgo assinala o fim de um processo em que a
definição da posição do Parlamento foi entregue ao socialista Capoulas
Santos. No final de uma longa negociação com outros parlamentares, com
a Comissão e com os governos da União, o ex-ministro da Agricultura
destaca o facto de, num contexto geral de contenção, os agricultores
nacionais verem aumentar a sua parcela de ajudas europeias. Em média,
a ajuda por hectare aumenta de 186 para 200 euros.

Capoulas Santos mostra-se satisfeito com o aumento, embora reconheça
que fica "aquém da média europeia".

A nova PAC estará em vigor entre 2014 e 2020 e nesse período a taxa de
co-financiamento europeu poderá atingir os 95%, aliviando a carga
sobre o orçamento nacional.

Em relação ao período financeiro ainda em curso, Capoulas avisa que
Portugal poderá ser obrigado a devolver milhões de euros devido à
falta de recursos do orçamento nacional para acompanhar as verbas
europeias e também devido à dificuldade dos agricultores acederem ao
crédito.

"No conjunto do período 2007-2013 Portugal vai devolver muito
dinheiro. Algumas centenas de milhões de euros, não tenho dúvidas
sobre isso", afirma.

Esta reforma fará com que a mais antiga e mais cara política
comunitária se torne um pouco mais verde e que culturas importantes
para Portugal passem a beneficiar das ajudas directas. Os jovens e os
novos agricultores receberão apoios especiais, tal como os pequenos
agricultores.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=129917

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