terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

António Serrano: “De um ministro não se esperam banalidades mas acção”

Eudora Ribeiro
13/02/12 17:50

António Serrano, antigo ministro da Agricultura, critica a falta de
acção de Assunção Cristas em relação à seca que já se faz sentir.
Em declarações publicadas hoje no Facebook, António Serrano diz que o
governo já devia ter elaborado "um plano de intervenção para enfrentar
uma possível catástrofe".
"Espera que chova? Pois, mas isso é o que esperamos todos. De um
Ministro não se esperam ouvir banalidades, espera-se acção! Este
assunto já devia ter sido colocado no Conselho de Ministros de Janeiro
em Bruxelas", escreve o antigo ministro da Agricultura de José
Sócrates, considerando que tratar-se de "uma matéria que já assume
contornos de forte gravidade nos campos do Alentejo e de Trás os
Montes".

As declarações de Serrano surgem depois de a ministra da Agricultura,
Assunção Cristas, dizer hoje que tem esperança que possa chover em
breve, assegurando que se a seca continuar vai colocar a questão junto
das entidades europeias.
"Tenho a esperança de que entretanto possa chover e os problemas não
se adensem. No próximo conselho [europeu] se for caso disso, Portugal
sinalizará a questão da seca e acertaremos uma posição conjunta para
beneficiarmos de alguns mecanismos comunitários", afirmou a ministra,
citada pela TSF.
No Facebook, Serrano diz ainda que "o Grupo de Trabalho deve ter
comando político desde já, ao nível de Ministro, porque infelizmente
não controlamos a meteorologia mas temos obrigação de ter já elaborado
um plano de intervenção para enfrentar uma possível catástrofe".
Já na sexta-feira, Assunção Cristas tinha dito que ainda continuava "à
espera que São Pedro dê uma ajuda", mas vincou que o Governo terá "um
plano B, com o levantamento e identificação de soluções para,
nomeadamente accionar algumas ajudas comunitárias".
Na mesma ocasião, quando confrontada com as preocupações dos
agricultores devido à falta de chuva, a governante adiantou que têm
chegado ao ministério da Agricultura preocupações idênticas de todo o
país, "mas difusas".
A ministra garantiu estar a fazer um levantamento mais pormenorizado
destas "sinalizações vagas" e explicou que este pedido de ajuda a
Bruxelas poderá ser feito "uma vez verificadas, de facto, as
circunstâncias que essas ajudas exigem, que são circunstâncias
específicas de seca".
http://economico.sapo.pt/noticias/de-um-ministro-nao-se-esperam-banalidades-mas-accao_138140.html

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