domingo, 11 de março de 2012

Governo diz que agiu cedo em comparação com PS em 2005

SECA EXTREMA

Ontem


Fotografia © Gonçalo Villaverde/Global Imagens
O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, disse
hoje que o Governo agiu "bastante cedo" em relação à seca que se
verifica no país, em comparação com a atuação do Executivo do PS em
2005.

"Estamos ainda [a atuar] bastante cedo. Muitas das medidas que se
tomaram" na seca de 2005 foram no "fim de abril" ou mesmo "mais
tarde", comparou.
Por isso, para o governante, a atuação do Executivo de maioria
PSD/CDS-PP não tem sido lenta, ao contrário de críticas já feitas, no
mês passado, por agricultores e ambientalistas.
"Nós já estamos a atuar no terreno, portanto, não me parece de todo
que estejamos a atuar tarde. Aliás, com Bruxelas começámos bastante
cedo", frisou.
José Diogo Albuquerque falava aos jornalistas durante uma visita a uma
exploração agrícola alentejana, o Monte do Tojal (Évora), onde reuniu
com produtores pecuários e agricultores da Associação Nacional dos
Produtores de Cereais (ANPOC).
Na herdade, o secretário de Estado observou uma seara de aveia, cujas
plantas deviam estar com "três palmos de altura", mas apenas cresceram
"dois dedos", uma barragem da exploração, que só tem "um terço" da sua
disponibilidade de água, e bovinos alimentados artificialmente, porque
não há pasto.
Lembrando que a seca é um fenómeno "gradual", que vai "aumentando ou
diminuindo com o tempo", ao contrário de situações imediatas "como um
tufão ou uma chuva persistente de dois dias", o governante insistiu
que o Governo "não" está "a atuar lentamente".
"Pusemos logo um grupo de trabalho muito cedo a monitorizar a situação
da seca e eu próprio tive reuniões em Bruxelas logo a 10 de
fevereiro", para informar sobre a situação de Portugal, argumentou.
Questionado sobre o apelo feito, na quinta-feira, pelo deputado
socialista Miguel Freitas, para que o Governo declare formalmente o
estado de seca em Portugal, José Diogo Albuquerque voltou a traçar
comparações com a seca de 2005.
"O PS falou em decretar o estado de calamidade e, nisso, pode ter
alguma experiência" porque, na seca de 2005, em que também "havia seca
hídrica" e, nesta altura do ano, "50 por cento" do país já estava "em
seca extrema", enquanto agora atinge os "30 por cento" do território,
"não o decretou".
Portanto, o PS "pode explicar porque não o fez nessa altura", disse,
afiançando que essa medida não se coloca agora, porque tem de envolver
"mais do que um impacto num setor económico", abrangendo também o
abastecimento de água à população: "E, como eu disse, seca hídrica não
temos".

http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2353921&page=-1

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