segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Copa-Cogeca prevê redução da colheita vitivinícola

17-10-2012




As novas estimativas sobre a colheita vitícola de 2012 na União
Europeia dos 27 mostram uma clara redução de 10 por cento da produção,
em relação ao ano passado.

Esta redução deve-se às más condições climáticas, como a seca e o frio
ou o excesso de precipitações. Uma situação que demonstra a
necessidade de dispor de um Observatório Europeu do Vinho que
proporcione uma informação actualizada sobre o mercado, assim como a
fixação de um quadro regulamentar sobre as plantações de vinha de todo
o tipo, para enfrentar a extrema volatilidade do sector vitícola.

Em declarações feitas durante a Conferência e imprensa celebrada no
Copa-Cogeca, Thierry Coste, o presidente do grupo de trabalho "Vinho",
da organização, insistiu que «a colheita deste ano se estima em 144
milhões de hectolitros, ou seja, menos 10 por cento comparativamente
ao ano anterior, com reduções significativas em todos os principais
países produtores».

Em Itália e França acerca de 40 a 50 anos que não se via uma colheita
tão reduzida. Esta quebra deve-se tanto á seca que afectou os países
do sul, como às geadas e chuvas abundantes, para além de uma
diminuição da produção a nível mundial.

Thierry Coste afirmou que «a escassa colheita provoca tensões no
mercado. Por si só, a produção de vinho é muito cíclica e esta
situação demonstra a necessidade de dispor de dados actualizados do
mercado que permitam aos produtores adaptar melhor a sua produção à
procura. Em particular, deve criar-se um Observatório Europeu sobre o
Mercado do Vinho, que proporcione uma informação completa e
actualizada sobre a posição dos mercados europeu e global»,
acrescentando que é também necessário na União Europeia um quadro
regulamentar sobre as plantações de vinhas para todo o tipo de vinhos,
de forma a manter um equilíbrio no sector vitivinícola para que os
agricultores possam criar valor adicional e manter o mesmo n seio das
explorações familiares. Caso contrário, permanece a ameaça da
industrialização sobre a riqueza de fornecimento do vinho europeu, e
esta não deixaria de interromper a longo prazo a cadeia do vinho, em
detrimento dos mais frágeis, os agricultores».

Em resumo, o secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, ,
destacou, por seu lado, a importância do sector vitivinícola,
insistindo que as explorações ascendem a oito milhões de euros em
2012, o qual representa cerca de uma quarta parte das explorações
europeias de produtos agrícolas. Onze Estados-membros também alertaram
o Grupo de Alto Nível, a favor da fixação de um novo quadro de
regulamento na União Europeia par ao sector vitícola».

Pesonen terminou referindo que estão a actuara favor de um resultado
positivo para o sector europeu em Novembro próximo, quando o Grupo de
Alto Nível terminar o seu trabalho, para que se possa manter na União
Europeia um sector rentável para os agricultores e que ajude a manter
o emprego nas zonas rurais comunitárias».

Fonte: Copa-Cogeca

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia44866.aspx

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