terça-feira, 23 de outubro de 2012

Produtos portugueses reforçam presença na China

Azeite, cortiça e calçado

Associação de Jovens Empresários Portugal-China (AJEPC) assinou acordo
de cooperação em Macau com um grupo de empresários chineses para a
abertura de duas lojas de produtos portugueses na província de
Liaoning até Outubro de 2013
22 Outubro 2012Nº de votos (0) Comentários (1)



"Há seis meses que discutíamos esta possibilidade e agora assinámos
este acordo com um grupo de empresários da província de Liaoning que
prevê a abertura de duas lojas, nas cidades de Shenyang e Dalian, até
outubro de 2013", disse esta segunda-feira à agência Lusa o presidente
da AJEPC, Alberto Carvalho Neto.
A AJEPC, criada há cerca de dois meses e que representa já cerca de 70
empresários portugueses e chineses, pretende criar uma marca de
'franchising' para a abertura de lojas de produtos portugueses, do
vinho ao azeite, cortiça e calçado, em várias províncias chinesas, que
serão geridas por empresários locais.
"Além de estimularem a exportação de produtos portugueses, estas lojas
funcionarão como os primeiros pontos de venda de produtos tipicamente
portugueses e de promoção da cultura portuguesa", explicou Alberto
Carvalho Neto, adiantando que, além de Liaoning, a AJEPC também "já
está a trabalhar com outras províncias da China no mesmo sentido".
O acordo relativo à abertura de lojas portuguesas na China continental
foi um dos cinco protocolos assinados no fim de semana, durante a
Feira Internacional de Macau, em que a AJEPC participou pela primeira
vez e esteve envolvida na organização do pavilhão português em
parceria com a Associação Empresarial de Portugal (AEP).
"Foram assinados cinco acordos no sector agroalimentar, essencialmente
com as províncias de chinesas de Liaoning e Guangdong, o que vai
facilitar bastante a entrada de produtos portugueses na China
continental", disse.
Agora, acrescentou, está prevista a ida de empresários chineses a
Portugal no próximo ano para participarem em feiras, como o Salão
Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), em Lisboa.
Alberto Carvalho Neto faz um balanço "extremamente positivo" da
participação portuguesa no certame, durante o fim-de-semana, que foi a
maior de sempre, com 63 empresas e um pavilhão de 500 metros
quadrados, considerando que esta situação surge como "alternativa à
crise" e que o mercado chinês poderá ser "uma solução viável a médio e
longo prazo".
Na abertura da feira, na quinta-feira, marcou presença o Secretário de
Estado da Economia e Desenvolvimento Regional português, António
Almeida Henriques, que salientou, em declarações aos jornalistas, que
as "exportações são uma vitamina contra a crise".
"Felizmente os empresários portugueses, em sintonia com o Governo
português, têm vindo a perceber que esse é o caminho. Exportarmos mais
do que importamos, esse é que é o caminho para a saída da crise",
sublinhou.
Durante a 17.ª Feira Internacional de Macau, que se realizou entre
quinta-feira e domingo, foram assinados 88 protocolos, mais 8,64% face
ao ano passado, dos quais dez envolveram países lusófonos. O certame,
que contou com 700 expositores e a representação de mais de 50 países
e regiões, recebeu cerca de 103 mil visitantes, o que representa um
aumento de 9,23% face à edição de 2011.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/produtos-portugueses-reforcam-presenca-na-china

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