terça-feira, 2 de outubro de 2012

Copa-Cogeca reforça importância do financiamento da PAC

01-10-2012



A poucos dias do Congresso de 2012 sobre o futuro da política agrícola
comum, o Copa-Cogeca reafirmou a importância do financiamento da mesma
e publicou uma nova posição detalhada sobre o crescimento "verde".

O Congresso espera a participação de numerosos oradores de primeiro
plano, incluindo o comissário europeu da Agricultura, Dacian Ciolos, e
os eurodeputados Paolo de Castro e Michel Dantin, assim como os
ministros da Agricultura húngaro e cipriota, para garantir aos
agricultores e cooperativas agrícolas, um futuro viável.

Em intervenções anteriores ao Congresso, o secretário-geral do
Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, declarou que «o Congresso chega num
momento importante. Os debates entre especialistas de relevância em
torno da questão de como podem os agricultores garantir a segurança de
abastecimento alimentar de forma sustentável e rentável».

Pesonen declarou que «tendo em vista os crescentes desafios, como o
aumento da procura de alimentos», estão duplamente preocupados com o
desejo de alguns governos em transferir fundos do primeiro pilar da
política agrícola comum (PAC) para o segundo, considerando que «o
primeiro mais importante para garantir a segurança alimentar, a
estabilidade e a sustentabilidade para os cidadãos.

O responsável considera que se as propostas da Comissão manterem-se no
estado actual, os agricultores da União Europeia devem cumprir também
disposições que os obriguem a tomar mais medidas com menos dinheiro, o
qual reduziria a sua capacidade de competir num mercado mais aberto.
Por conseguinte, não devia ser permitido a transferência de fundos do
primeiro pilar par ao segundo», sublinhando que «também é importante
assegurar apoios consistentes através de co-financiamento desde o
âmbito regional e nacional para o desenvolvimento rural».

O Copa-Cogeca publicou outras propostas sobre o crescimento "verde",
como por exemplo, aceitar a introdução das medidas no primeiro pilar,
mas na condição de que sejam as apropriadas. Tendo em vista os riscos
que ameaçam a futura segurança alimentar, as medidas não devem ter um
impacto negativo na capacidade produtiva dos agricultores nem aumentar
os custos.

Os agricultores também devem poder escolher as medidas que aplicam.
Impor as mesmas três medidas a 13 milhões de explorações agrícolas não
é prático, nem a melhor forma de conseguir as vantagens desejadas para
o meio ambiente. As propostas da Comissão devem ser revistas neste
sentido.

O Copa-Cogeca propôs que os agricultores possam eleger as medidas de
uma lista válida para toda a União Europeia de seis possíveis, embora
estejam dispostos a discutir eventuais alternativas, mas com a
condição de que se respeitem determinados princípios.

O secretário-geral afirma que também pensam que «há uma forma mais
imaginativa e inovadora para enfrentar os desafios relativos ao meio
ambiente e alterações climáticas através do crescimento "verde"»,
acrescentando que são soluções «favoráveis para todos, tanto para os
agricultores como para o ambiente».

A organização solícita a introdução de uma medida específica no quadro
do Desenvolvimento Rural, que «incentive a utilização de água da
chuva, a melhoria dos métodos de regadio, o uso directo de energia
geotérmica, a agricultura de precisão, uma melhor gestão dos solos e
das pastagens, os sistemas agro-florestais ou o uso de resíduos, tanto
na exploração como fora da mesma, para a bioenergia ou industria,
declarou Pesonen.

O congresso do Copa-Cogeca decorre em Budapeste, de 01 a 03 de
Outubro, para debater o futuro da PAC, dos agricultores e cooperativas
agro-alimentares da Europa.

Fonte: Copa-Cogeca

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia44756.aspx

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