sábado, 6 de outubro de 2012

Crise leva a cada vez mais abandono de animais

DIA MUNDIAL DO ANIMAL



As dificuldades económicas das famílias atingem cada vez mais os seus
animais de estimação e fazem aumentar o número de cães e gatos
abandonados ou deixados nas instituições que, sobrelotadas, apelam à
adoção de um "amigo de quatro patas".

Estas situações de animais sem casa distribui-se por todo o país,
embora seja mais acentuada, segundo a Liga, nas grandes cidades, como
Coimbra, Porto ou Lisboa.
Imagem: LUSA/José Sena Goulão
O Dia Mundial do Animal, que hoje se assinala, é aproveitado para
chamar a atenção para os efeitos da crise: "o número de pessoas a
pedir para [alguém] ficar com o seu animal tem crescido imenso", assim
como o número de pessoas a abandonar, "num ato de desespero", relatou
hoje a presidente da Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais.

As associações "já não comportam mais animais, estão sobrelotadas",
assim como os serviços das câmaras municipais dedicados a esta área,
igualmente muito requisitados, acrescentou à agência Lusa Maria do Céu
Sampaio.

A Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais organiza no próximo fim de
semana, como todos os anos, um encontro em Belém, em Lisboa, visando o
convívio entre donos e amigos dos animais, mas também a adoção
fomentada por mais de 20 associações.

"Cada animal adotado é espaço que é criado para recolher os que
necessitam", disse a presidente da Liga.

O Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território
(MAMAOT) divulgou a realização de uma iniciativa visando a prevenção
de mordeduras de cães, igualmente em Lisboa.

Maria do Céu Sampaio salientou que, "principalmente desde o meio do
ano passado, tem aumentado o número de animais abandonados" e a Liga é
todos os dias contactada por pessoas que têm de deixar os seus
animais.

Alguns "não têm condições para os ter, mas uma maioria muito
significativa [transmite] desgosto de ter de separar-se do seu
animal", relatou.

Entre os casos em que os donos dos animais ficam sem alternativa estão
aqueles que perderam a sua habitação e vão para casa de familiares que
não podem receber o animal, ou outros que apresentam questões "da
vida", como divórcios.

Estas situações de animais sem casa distribui-se por todo o país,
embora seja mais acentuada, segundo a Liga, nas grandes cidades, como
Coimbra, Porto ou Lisboa.

http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/crise-leva-a-cada-vez-mais-aband_4957.html

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