sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Agro-alimentar vale 14 mil milhões em volume de negócios

Sexta-Feira, 08 Fevereiro de 2013

A Indústria Agro-alimentar portuguesa será um dos pilares de
crescimento da economia nacional. É a indústria transformadora com
maior volume de negócios (14 mil milhões de euros) e uma das que mais
gera empregos: estima-se que seja responsável por 16 por cento do
emprego nacional, directa e indirectamente. São conclusões de um
estudo da Deloitte sobre um sector que já vale 4,5 por cento do PIB
nacional.

O estudo da Deloitte sobre o enquadramento macroeconómico da indústria
agro-alimentar em Portugal demonstra que o sector que assegura a
transformação de alimentos e bebidas gera cerca de 21 por cento do VAB
(Valor Acrescentado Bruto ou seja, o resultado final da actividade
produtiva) da cadeia de valor alimentar. Este documento, que tem como
fontes o INE, a Comissão Europeia, o Banco Mundial e a análise desta
consultora, salienta que a Indústria Agro-alimentar, responsável pela
transformação de alimentos e bebidas, tem um VAB de 3 mil milhões de
euros e representa 110 mil postos de trabalho em Portugal.
Em relação a outros sectores ligados directamente à indústria
agro-alimentar, o estudo da Deloitte estima que o Sector Primário
(produção agrícola, pecuária e pescas) resulta num VAB de pouco mais
de 2.500 mil milhões de euros e 415 mil empregos. Já o Sector da
Distribuição (distribuição e comercialização de produtos alimentares /
bebidas) representa pouco mais de 8 mil milhões de euros e 450 mil
postos de trabalho.

Indústria transformadora líder

De acordo com a análise da Deloitte, a Indústria Agro-alimentar em
Portugal assume uma relevância estratégica no contexto nacional, pela
essencialidade dos bens que produz e pelo valor e emprego que gera.
Relativamente à contribuição económica, e no que diz respeito às
indústrias transformadoras em Portugal, a Indústria Agro-alimentar é a
que mais contribui para a economia nacional em Volume de Negócios (14
mil milhões de euros) e VAB (3 mil milhões de euros).
Numa altura em que tão procurada a fórmula "mágica" para a geração de
emprego, esta indústria transformadora contribui directa e
indirectamente para um total de 16 por cento do emprego nacional
correspondente a 110 mil empregos directos e 500 mil empregos
indirectos. No que concerne ao equilíbrio da balança comercial, a
Indústria Agro-alimentar tem contribuído para este equilíbrio,
registando desde 2006 um crescimento das exportações cerca de duas
vezes superior ao das importações.

Agro-alimentar vale 4,5% do PIB

Com 14 mil milhões de euros de Volume de Negócios e 3 mil milhões de
VAB (Valor Acrescentado Bruto), a Indústria Agro-alimentar em Portugal
é de longe a indústria transformadora com maior contribuição para a
economia nacional. Esta contribui de forma directa para 4,2 por cento
do Volume de Negócios e 3,5 por cento do VAB do país, estimando-se que
contribua directa e indirectamente para cerca de 4,5 por cento do PIB
nacional.
As conclusões deste estudo da Deloitte tiveram como base os números do
INE (referentes a 2009) e em termos de volume de negócios, a
Metalurgia é a segunda indústria transformadora que mais se aproxima
da Indústria Agro-alimentar com 7,6 mil milhões de euros, Têxteis (7,2
mil milhões de euros), Equipamentos Electrónicos (7,1 mil milhões de
euros), Químicos e plásticos (6 mil milhões de euros), Madeira e papel
(5,3 mil milhões de euros), Equipamento de transporte (5,2 mil milhões
de euros), Minerais não metálicos), Outras (2,8 mil milhões de euros),
Mobiliário e colchões (1,4 mil milhões de euros) e Suportes gravados
(1,3 mil milhões de euros).

Indústria que mais investe

Tal como consta deste estudo da Deloitte, a Indústria Agro-alimentar
tem conseguido manter a sustentabilidade da sua produção num contexto
económico adverso, sendo a indústria transformadora que mais investe
em Portugal. Entre 2006 e 2011, a produção da indústria transformadora
contraiu cerca de 15 por cento sendo que a Indústria Agro-alimentar
assegurou a sustentabilidade da sua produção, registando um
crescimento médio de cerca de 1 por cento. O estudo citado confirma
que a Indústria Agro-alimentar é a indústria transformadora que mais
investe em Portugal, registando em 2009 cerca de 660 milhões de euros
na Formação Bruta de Capital Fixo, de acordo com dados do INE.

16% do emprego nacional

No que diz respeito à criação de emprego, a Indústria Agro-alimentar é
a segunda indústria transformadora que mais emprega em Portugal com
110 mil empregos contabilizados em 2009, sendo apenas suplantado pela
indústria têxtil que continua a ser a que mais recruta no nosso país
com 191 mil postos de trabalho activos. A Indústria Agro-alimentar é
assim responsável pela criação directa de 110 mil postos de trabalho,
representando cerca de 2,9 por cento do emprego nacional. Esta
indústria transformadora é composta por mais de 10 mil empresas, sendo
a terceira indústria transformadora com maior tecido empresarial. No
'Top 3' das indústrias transformadoras portuguesas surge a Metalurgia
com perto de 99 mil empregos gerados.
A Indústria Agro-alimentar assume relevância no desenvolvimento do
tecido empresarial e geração de emprego em zonas menos desenvolvidas
do país.
De acordo com este estudo da Deloitte, esta indústria transformadora
gera directa e indirectamente cerca de 16 por cento do emprego total
do país e estima-se que seja responsável, indirectamente, por 500 mil
empregos, fundamentalmente no sector primário na distribuição
alimentar e em outros sectores de serviços. Desta forma, a Indústria
Agro-alimentar alavanca o emprego regional, promovendo o
desenvolvimento da respectiva indústria primária.

Aumento das exportações

A Indústria Agro-alimentar tem contribuído para o equilíbrio da
balança comercial, registando desde 2006 um crescimento das
exportações superior ao das importações. As exportações desta
indústria transformadora registaram um crescimento médio percentual
duas vezes superior ao das importações. As exportações da Indústria
Agro-alimentar aumentaram 16 por cento desde 2008, face ao aumento de
4 por cento das importações. O estudo da Deloitte estima que 2.500
empresas desta indústria portuguesa estão presentes em mercados
externos.
Comparada com congéneres europeias, a Indústria Agro-alimentar
nacional revela um potencial de crescimento dos seus níveis de
produção e volume de negócios. A produção per capita desta indústria
transformadora portuguesa está cerca de 43 por cento abaixo da média
das realidades congéneres.
Portugal importa cerca de 31 por cento do seu consumo de produtos
alimentares transformados e a Indústria Agro-alimentar nacional
exporta cerca de 18 por cento da sua produção. Países como Irlanda e
Alemanha exportam 46 por cento e 25 por cento respectivamente.
De acordo com dados da Eurostat, citados neste estudo da Deloitte, o
Volume de Negócios da Indústria Agro-alimentar portuguesa representa
1.429 euros por habitante; na Irlanda o mesmo valor chega aos 5.375
euros e na Holanda perto de 3.700 euros.

http://www.mundoportugues.org/content/1/11088/agroalimentar-vale-mil-milhoes-volume-negocios/

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