terça-feira, 12 de novembro de 2013

Golegã luta por apostas de cavalos

Feira: cavalos atraíram centenas de milhares de visitantes



Câmara introduziu nova modalidade na feira, as corridas de cavalos,
para combater a sazonalidade da atividade equestre e apela à Santa
Casa que crie sistema de apostas

11 de Novembro 2013, 20h35
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Por:Helena Silva



As corridas de cavalos integradas num novo tipo de jogo que permita um
sistema de apostas a dinheiro são, para o presidente da Câmara
Municipal da Golegã, uma nova modalidade que terá de ser incrementada,
a breve prazo, como forma de desenvolver a economia da região e até do
País. Rui Medinas não tem dúvidas: "Este novo modelo de negócio traz
enormes oportunidades e arrasta público".

Ontem, no penúltimo dia da Feira do Cavalo, o Centro Nacional de Alto
Rendimento das Modalidades Equestres recebeu as primeiras corridas,
que atraíram centenas de visitantes. "Agora é preciso que o poder
político perceba que esta pode ser uma atividade económica de
interesse e que crie legislação adequada", defendeu o autarca,
frisando ainda ser necessário que a Santa Casa da Misericórdia surja
como parceira. "Quando alguém vai apostar no euromilhões ou no
totoloto, pode também apostar nas corridas de cavalos", considera.

E ainda que não avance, para já, esse sistema de apostas, Rui Medinas
explica que as corridas de cavalos, na Golegã, são para manter, quer
como complemento da Feira do Cavalo, quer como "forma de combater a
sazonalidade da atividade equestre".

A Feira, que tem este ano a 38ª edição, encerra hoje, com o cortejo
equestre de S. Martinho. Um percurso protagonizado por cavalos e
cavaleiros trajados a rigor que, ano após ano, faz as delícias dos
visitantes.

Os 11 dias de certame atraem pessoas de vários pontos do País e até do
estrangeiro. Esta edição, segundo os habitantes da vila ribatejana,
teve "uma afluência extraordinária". Centenas de milhares de
visitantes passaram por esta feira, atraídos pelos cavalos e
legitimados pelo outono ameno, e dinamizaram o comércio local e também
o regional.

"Esta feira é um exemplo de que é possível fazer algo positivo, mesmo
em tempo de crise e criar oportunidades", explica o autarca da vila
ribatejana, sublinhando que, em alguns casos, os bons resultados dos
negócios deram lugar a um pequeno acréscimo no número de empregos no
concelho em questão.

Há três anos que Henrique do Vale não registava resultados tão
positivos na Feira do Cavalo. Este ano, o empresário de Vila Franca de
Xira, do ramo dos equipamentos para cavalos, teve um número "razoável"
de vendas, o que o leva a olhar o futuro com "mais otimismo". "Senti
que, ao fim de três anos, a classe média-alta voltou a esta feira",
contou ao CM.

Porém, os clientes não foram apenas portugueses. Foram também
estrangeiros, sobretudo belgas e espanhóis. Há 24 anos que Henrique
vende, anualmente, na Feira da Golegã. E recorda o tempo em que os
seus produtos eram disputados por portugueses e espanhóis. "Veio a
crise e, nos últimos três anos, só participámos para não se esquecerem
de nós. Não ganhámos nada", assegura.

O otimismo do comerciante era, ontem, partilhado por outros. Os donos
de alguns restaurantes garantiram ter visto, pela primeira vez em
muito tempo, famílias inteiras a voltar a fazer as refeições nos seus
estabelecimentos. A hotelaria também melhorou. O alojamento na vila e
em redor esgotou semanas antes do início do certame. "Já não havia
resultados assim há muito tempo", frisou Rui Medinas, presidente da
câmara.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/sociedade/golega-luta-por-apostas-de-cavalos

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