terça-feira, 12 de novembro de 2013

Póvoa do Varzim: "O melhor seguro é a prevenção”, advertiu Aires Pereira pelo sucesso do setor agrícola

NOV 11
NORTE, PORTUGAL
PÓVOA DE VARZIM
PUBLICADO POR GERSON INGRÊS+
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PÓVOA DE VARZIM – Diogo Albuquerque, Secretário de Estado da
Agricultura, referiu no passado sábado, em Aguçadoura, no âmbito das
6as Jornadas Técnicas da Horpozim, que a Associação de Horticultores
da Póvoa de Varzim tem uma importância estratégica no futuro da nossa
agricultura e do nosso país, contribuindo para "a nossa balança
comercial".

O Secretário de Estado enumerou os objetivos do Governo para a nossa
agricultura: "conseguir, em 2020, uma balança comercial mais
positiva"; "termos os agricultores a trabalhar mais em conjunto e irem
em conjunto para o Mercado" e "termos uma cadeia alimentar entre os
produtores, transformadores e distribuição mais transparente e mais
equilibrada". Para o efeito, considera que é necessário "melhorar e
regularizar os nossos apoios, melhorar candidaturas, aprovações e
pagamentos no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural e melhorar o
futuro".

Neste sentido, Diogo Albuquerque apresentou algumas medidas que
entrarão em vigor no próximo Programa de Desenvolvimento Rural
(2014-2020) que incidirá numa discriminação positiva nos apoios e num
sistema mais universal.

Aires Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim,
realçou a importância do setor hortícola no concelho revelando que a
Horpozim, que conta com mais de 700 associados, tem uma abrangência a
mais de 2000 famílias, vendeu e produziu, o ano passado, 120 mil
toneladas de hortícolas, com uma faturação que rondou os 50 milhões de
euros e emprega, no nosso concelho, 8000 pessoas. É, sem sombra de
dúvida, a atividade que mais gente emprega no concelho da Póvoa de
Varzim.

O autarca aproveitou a ocasião para transmitir que faz questão de
cumprir os seus compromissos eleitorais sendo que, para o efeito, já
foi aprovada a política fiscal para o próximo ano, dando continuidade
à política de amenização fiscal e mantendo os impostos no mais baixo
que a lei permite.

Referindo-se aos danos causados pelos altos níveis de pluviosidade na
vila de Aguçadoura, Aires Pereira contou que toda a zona foi inundada
e grande parte das proteções às linhas de água foram destruídas por
força da própria intempérie e do volume do caudal das águas.

Perante esta situação, "foi preciso intervir e desde esse dia estamos
no terreno e o Município já gastou mais de 50 mil euros a repôs todas
as situações que foram afetadas", revelou o edil.

O Presidente da autarquia poveira constatou e afirmou que "grande
parte do que aconteceu também se deve, e muito, à falta de manutenção
e conservação da rede primária de escoamento das nossas águas". Neste
sentido, esclareceu que já havia contactado a Agência Portuguesa do
Ambiente, no sentido de virem fiscais para o terreno e sensibilizarem
as pessoas para a limpeza das linhas de água e consequente reposição
dos leitos. Esta é uma obrigação dos confrontantes que não têm
cumprido com essa responsabilidade e mesmo com a intervenção do
Serviço de Proteção Civil da Câmara Municipal não tem sido possível
repor os limites às linhas de água, nem mantê-las limpas. "É preciso
que cada um assuma as suas responsabilidades e colabore com aquilo que
tem a ver com todos", advertiu, acrescentando que "ninguém tem o
direito de prejudicar o seu vizinho". Por isso, "vamos, de uma vez por
todas, retomar e criar as condições de segurança que sempre existiram
nesta zona no que diz respeito ao escoamento das águas e à proteção
dos vossos bens. O melhor seguro é a prevenção", concluiu.

Aires Pereira falou ainda sobre a existência de uma "linha verde" no
Município para as questões da agricultura, criando-se para o efeito
uma secção na Junta de Freguesia para que os aguçadourenses não tenham
que se deslocar até à cidade para tratar dos seus assuntos.

Em relação ao futuro, o edil chamou a atenção dos horticultores para a
relação com o mercado, realçando a necessidade de se organizarem e
apoiarem na Associação que representa uma das mais emblemáticas marcas
da Póvoa de Varzim, reunindo estratégia comercial, esforço e trabalho.
Terminou, reiterando: "Criemos as condições de segurança necessárias
para que as vossas culturas não sejam desfeitas".

Lucinda Delgado, Vereadora do Desenvolvimento Local da Câmara
Municipal, constatou que, "num tempo em que tudo é incerto e volátil,
é cada vez maior o número daqueles, sobretudo jovens, que veem na
terra um recurso firme, um recurso de futuro. O regresso à terra, de
que muito se fala sobretudo como alternativa à atual escassez de
emprego no reino da nova economia, tem sido obra de jovens, muitos
deles saídos dos bancos das universidades, que contribuem para a
revitalização do mundo rural, para o aproveitamento de terras
abandonadas, para a recuperação de saberes tradicionais e sua
conversão em novos produtos gastronómicos – enfim, para a criação de
uma nova imagem social da atividade agrícola. Hoje, trabalhar a terra
é sinal de modernidade".

Carlos Alberto Lino, presidente da Horpozim, enalteceu o trabalho
"produtivo" da entidade que lidera junto da Câmara da Póvoa e do
Governo e destacou a importância de todos os horticultores estarem
juntos para "melhorarem a comercialização". Sobre estas 6as Jornadas,
considera que foram relevantes nomeadamente para ajudar os associados
a encontrarem nos parceiros dos Seguros e da Banca, entidades que
podem auxiliar ao desenvolvimento da horticultura da região.

O encontro de horticultores serviu ainda para a assinatura do
protocolo da Horpozim com o BPI, além de no Multiusos da freguesia de
Aguçadoura estarem presentes entidades comercias que apoiam a
agricultura.

http://local.pt/povoa-de-varzim-o-melhor-seguro-e-a-prevencao%E2%80%8B-advertiu-aires-pereira-pelo-sucesso-do-setor-agricola/

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