terça-feira, 24 de junho de 2014

Governo quer aproveitar investigação da Herdade da Comporta sobre nemátodo do pinheiro



A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, quer aproveitar uma investigação da Herdade da Comporta que permitiu seleccionar árvores imunes ao nemátodo do pinheiro, um verme microscópico responsável pela destruição de muitos pinhais em todo o país.

«Há espécies resilientes na península de Setúbal e soube hoje que na Herdade da Comporta que a investigação realizada nos últimos anos está a produzir resultados», disse Assunção Cristas, que manifestou interesse em conhecer o trabalho realizado naquela herdade do litoral alentejano.

«Vou acompanhar o trabalho que fizeram para juntar com outros que foram feitos noutros locais, porque é importante que consigamos demonstrar capacidade de contenção da praga e, sobretudo, que não desistamos do pinheiro bravo, que tem muito para dar ao país. E como já aconteceu com o tomate e com o sobreiro, também vamos ter um centro de competência ligado ao pinheiro bravo», acrescentou.

Para a ministra da Agricultura, «conseguir fazer povoamentos de pinheiro bravo, aproveitando espécies mais resilientes ao nemátodo, é passar para um outro patamar e é extraordinariamente interessante, e positivo, para o país».

Assunção Cristas falava à Lusa no final de uma visita à PIMEL, Feira de Turismo e das Actividades Económicas de Alcácer do Sal, onde conversou com agricultores e com responsáveis de algumas das principais empresas da região, designadamente produtores de arroz, azeite, vinho, pinhão e mel.

«A imagem que levo é de uma região viva, dinâmica, a apostar na agricultura, a apostar na diversificação dentro da agricultura e a procurar mostrar tudo isso aos portugueses e aos estrangeiros que nos visitam. Estou certa de que vamos ter um bom desenvolvimento sustentado», disse.

Durante a visita, Assunção Cristas informou alguns empresários de que o novo modelo de ajudas comunitárias para a agricultura deverá estar definido dentro de alguns meses.

«O novo modelo plurifundos, como está previsto no acordo de parceria nos novos regulamentos europeus, para se poder conjugar os fundos da agricultura com os fundos do desenvolvimento regional e com os fundos do apoio social, deverá estar definido até final do ano», disse.

«Creio que no final do ano já teremos as novas regras transversais, pelo menos no respeita à área dos fundos para a agricultura», acrescentou Assunção Cristas.

Fonte:  Lusa

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