quarta-feira, 12 de novembro de 2014

China e EUA anunciam acordo histórico contra o aquecimento global


Os dois maiores emissores de gases que provocam o efeito de gás de estufa no planeta, China e EUA, anunciaram esta quarta-feira um acordo «histórico», recebido com alívio pelos cientistas, mas com cepticismo pelos republicanos americanos, que o consideram uma ameaça à criação de empregos.
O presidente americano, Barack Obama, e o chinês, Xi Jinping, comprometeram-se em Pequim a dar um alívio ao planeta, um ano antes da conferência do clima de Paris, onde se espera um acordo global.
Para Obama este é um «acordo histórico» e o «maior marco nas relações» entre os dois países.
«Concordamos em assegurar que as negociações sobre as alterações climáticas alcançarão um acordo em Paris», afirmou Xi.
As tentativas de alcançar um acordo contra o aquecimento global, sobre o qual os cientistas alertam que o planeta está próximo de um ponto catastrófico sem retorno, foram bloqueadas até agora pela falta de vontade da China e dos EUA de trabalharem juntos no problema.
Esta é a primeira vez que a China estabelece como objectivo alcançar o tecto nas emissões «por volta de 2030», com a intenção de «tentar atingi-lo um pouco antes». Até agora, o país mencionava sempre «o mais rápido possível».
Obama, que enfrenta uma reacção que vai do cepticismo à negação total do aquecimento global no Congresso americano, comprometeu-se a reduzir entre 26% e 28% as emissões até 2025, em comparação com os níveis de 2005.
«Temos uma responsabilidade especial para liderar o esforço mundial contra as alterações climáticas», disse Obama numa conferência colectiva com Xi.
«Esperamos estimular todas as economias para que sejam mais ambiciosas», disse.

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