Abril 09
09:49
2015
Os Açores têm uma raça de gado autóctone denominada "ramo grande", que é destinada à produção de carne.
Esta raça foi preferida, durante anos, para a produção de carne de bovino, de preferência ao cruzamento com as raças limousine e charolês.
Há alguns anos a esta parte, alguns criadores têm tentado ressuscitar esta raça, a qual, não sendo tão produtiva como as acima referidas, oferece uma excepcional qualidade de carne.
Neste momento, é o especialista em genética animal, Luís Telo da Gama, pós doutorado na Universidade de Guelph, no Canadá, que vem a terreno defender o seu desenvolvimento nos Açores.
Segundo este especialista, o número de animais começa a ser muito reduzido, pelo que é fundamental que se invista no seu desenvolvimento, uma vez que esta carne pode vir a ser uma grande mais-valia para a região.
Estes animais foram trazidos para os Açores no século XV, aquando do seu povoamento e as características específicas das ilhas deram origem a uma raça autóctone, a que foi dada a designação de "ramo grande".
Inicialmente, estes animais eram utilizados no trabalho agrícola, devido à sua agilidade e por serem muito dóceis, situação hoje abandonada, mas produzem uma carne de excelente qualidade.
O número de animais existentes, apesar de reduzido, ainda permite o desenvolvimento da raça sem grandes problemas de consanguinidade, pelo que é urgente que algo seja feito rapidamente.
Com o fim das quotas leiteiras, esta pode ser uma boa oportunidade alternativa para a lavoura açoriana.
Imagem -casadavilas.com
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