segunda-feira, 6 de abril de 2015

Viseu: Escola Agrária ajuda produtores de queijo a vencer burocracia



 03 Abril 2015, sexta-feira  Agropecuária
A Escola Agrária de Viseu quer ajudar os produtores da Serra da Estrela a impedir a União Europeia de proibir a utilização do cardo, fonte de uma enzima natural usada no fabrico do queijo.
Investigadores e pastores reuniram-se recentemente para reafirmar a importância do cardo e têm dois anos para mostrar a sua utilidade depois de uma primeira proibição.
A ideia é que «a ciência vença a burocracia e que os queijeiros possam continuar a usar esta flor roxa, essencial para coalhar o leite», refere um dos investigadores da Escola.
O pedido foi feito depois das imposições comunitárias que visavam «banir a utilização do cardo na feitura do queijo serra da Estrela e os pastores vieram à Escola Superior Agrária pedir socorro», adianta Paulo Barracosa.
É nos 60 hectares da Quinta da Lagoa, na fronteira da região demarcada do queijo da Serra que trabalham os investigadores da Agrária. Aqui cuidam-se das flores roxas, que «já se plantam em vários campos. Cardos que agora vão ajudar à feitura do queijo».
Numa primeira fase serão distribuídas cinco mil plantas que são tão só «inovação da natureza», remata o especialista.
Seguem-se dois anos para demonstrar, cientificamente, a mais-valia do cardo.
Aferidos os pressupostos científicos pastores e queijeiros reclamarão, em seguida, a continuidade do cardo na coagulação do leite das ovelhas da serra da Estrela.
Afinal é a escolha do tipo de flor de cardo a usar que determina o sabor do autêntico queijo serra da Estrela.
Fonte: TSF

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