sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Furto de cobre custou à EDP mais de 24 milhões de euros

CRIME
por LusaHoje

Os custos referentes a furtos de cobre registados pela EDP, nos
últimos três anos e meio, ascendem a mais de 24,4 milhões de euros com
tendência de forte crescimento, disse hoje à agência Lusa fonte da
empresa.
"Desde 2008 que se regista uma tendência de forte crescimento, quer na
quantidade de furtos quer na dimensão dos danos provocados", referiu à
Lusa fonte próxima da administração da EDP.

A empresa registou este ano, até 15 de julho, 2.457 ocorrências de
furto de cobre, num custo superior a 7,97 milhões de euros, contra
2.889 furtos no valor de 9,08 milhões de euros em 2010.
A EDP, em 2009, assistiu 1.315 ocorrência de furto no valor de 4,5
milhões de euros, e em 2008 registou 1.009 furtos no valor de 2,85
milhões de euros em prejuízos com esta atividade criminosa, conforme
os dados entregues à agência Lusa.
Os furtos "têm maior incidência nos distritos situados na parte
litoral do território", tendo a empresa "reunido várias vezes com a
proteção civil e a Guarda Nacional Republicana" na tentativa de
"travar este tipo de crime", disse a mesma fonte.
Desde 2008 e até julho de 2011, data a que o estudo se refere,
inscrevem como distritos mais afetados pelos furtos Santarém (22%),
Leiria (14%), Lisboa (12%) e Porto (12%), que registaram mais de 60
por cento dos furtos.
Em termos de concelhos, Montijo, Coruche, Sintra, Pombal, Ourém,
Figueira da Foz, Silves, Coruche, Chamusca e Abrantes são os maiores
alvos deste crime.
Durante os primeiros sete meses deste ano, os meses de março, abril e
maio foram os que mais ocorrências registaram.
"Mais de 400 em março, quase 500 em abril e quase 600 em maio, sendo o
mês de março o que custou mais à EDP, com mais de dois milhões de
euros em prejuízo", de acordo com os dados.
A Lusa contactou dois "sucateiros", que anunciam compra de cobre na
internet, um em Alcobaça e outro em Sacavém, que sem se identificarem,
disseram comprar "cobre limpo [sem borracha ou plástico a envolver o
metal] a 4,5 euros o quilo", no caso de Alcobaça e "3,8 euros" para o
sucateiro em Sacavém.
Um deles, explicou à Lusa que não pede qualquer informação sobre a
origem do metal.
"Basta trazer o cobre, pesa e leva o dinheiro", disse, adiantando que
ultimamente tem recebido muito metal e agora não precisa.
Em termos de cotação internacional, no mercado "London Metal
Exchange", esta manhã e para entrega do metal em dezembro, a cotação
do cobre atingia 6,33 euros o quilo (8.730 dólares a tonelada).
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1999327&page=-1

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