Preços elevados neste ano se devem à baixa produtividade em produtores
como China, Estados Unidos e Austrália
AE | 15/09/2011 16:39
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A unidade farmacêutica e química da alemã Bayer, Bayer CropScience,
prevê que os preços dos produtos agrícolas permanecerão elevados pelo
menos até o primeiro semestre de 2012, de acordo com o membro do
conselho de administração da companhia Ruediger Scheitza.
Os preços elevados de produtos como trigo, milho, soja e colza estão
sustentando as vendas da Bayer CropScience, segundo Scheitza.
"Enquanto os produtores puderem obter bons preços, a demanda por
nossos produtos será forte", disse.
Em alguns países importantes, a demanda está superando a produção, o
que quer dizer que as reservas globais estão diminuindo e os preços
estão subindo, acrescentou. Os preços elevados neste ano se devem à
baixa produtividade em grandes produtores como China, Estados Unidos e
Austrália. Na Europa, o rendimento das lavouras de grãos caiu de 8% a
10% no ano.
"Esperamos que esses preços elevados continuem até o segundo trimestre
(de 2012)" e, então, eles dependerão das colheitas de países do
Hemisfério Sul, como Brasil e Argentina, por exemplo. A participação
de mercado da Bayer CropScience no Brasil e na Argentina é de cerca de
15%, segundo o executivo, embora a demanda esteja crescendo em ritmo
mais forte nesses países do que no Hemisfério Norte.
Scheitza declarou que as vendas da Bayer CropScience estão bem neste
segundo semestre de 2011 e que a companhia não está sentindo os
efeitos das preocupações com a dívida na zona do euro e da
volatilidade nos mercados de ações.
No entanto, uma verdadeira crise econômica da magnitude da de 2008
atingiria os negócios, acrescentou. Nesta quinta-feira, a Bayer
reiterou os planos de dobrar o investimento anual em pesquisa e
desenvolvimento nas operações com sementes e transgênicos da Bayer
CropScience, a BioScience, para cerca de 400 milhões de euros até
2015.
A Bayer CropScience também está interessada na aquisição de companhias
de sementes, especialmente em vegetais, colza, algodão, arroz e soja,
de acordo com Scheitza. Essa indústria provavelmente se expandirá de
4% a 5% no ano que vem, mais do que o dobro do esperado para produtos
convencionais de proteção de safra, completou o executivo. As
informações são da Dow Jones.
http://economia.ig.com.br/precos+agricolas+seguirao+altos+ate+2012+cre+bayer/n1597212065188.html
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